Três milhões de famílias empregadas na agricultura
A mão de obra empregue ou detentora da produção agrícola no país envolve 2,8 milhões de famílias e oito mil empresas particulares, indicam os registos da base de dados do Ministério da Agricultura e Florestas.
O director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE) do Ministério da Agricultura e Florestas, Anderson Jerónimo, revelou estes dados ontem, em Caxito, na apresentação de um Recenseamento da Agropecuária e das Pescas (RAPP), onde também ficou formalizada a criação do Conselho Provincial e dos gabinetes municipais de recenseamento.
Trata-se de uma operação estatística de recolha, processamento e divulgação de dados sobre a estrutura da agricultura, pecuária e pescas, desenvolvida em todo o país.
O projecto é coordenado por uma comissão interministerial integrada por representantes do Instituto Nacional de Estatística (INE), ministérios da Administração do Território e Reforma do Estado, Finanças, Interior, Economia e Planeamento, Pescas e Agricultura e Florestas, sendo financiado pelo Banco Mundial, que disponibilizou 25 milhões de dólares.
Anderson Jerónimo, que é igualmente o coordenador do RAPP, disse que o processo de recenseamento vai permitir que os sectores da Agropecuária e Pescas apresentem bons resultados.
O responsável lembrou que o senso piloto foi realizado nas províncias do Cunene, Úige, Moxico, Benguela e Cuanza-Sul.
O vice-governador provincial do Bengo para Esfera Económica, Política e Social, António Martins, disse que o projecto visa produzir e difundir as estatísticas desses sectores, o que “vai facilitar a realização de estudos ou pesquisa por amostragem para a produção de um sistema integrado de estatística”, frisou.
O administrador-adjunto do Dande, Domingos João, afirmou que o município tem locais para a criação do gado, aves e grande actividade piscatória, mas só este projecto é que levará à “descoberta potenciais criadores de gado e agricultores” .