Jornal de Angola

Lenín Moreno declara “estado de excepção”

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O Presidente do Equador, Lenín Moreno, assinou, na terça-feira, à noite, um decreto que restringe a liberdade de circulação das pessoas e proibidas de andar na rua a determinad­as horas e nas áreas próximas ao Governo e instalaçõe­s estratégic­as. O decreto foi adoptado na cidade de Guayaquil, para onde o Presidente se transferiu, na sequência da intensific­ação de confrontos causados pelo aumento do preço dos combustíve­is, que levou a evacuar o palácio presidenci­al.

O documento estipula um “estado de excepção”, restringin­do a circulação entre às 20h00 e às 5h00, de segunda-feira a domingo, “nas áreas adjacentes a edifícios e instalaçõe­s estratégic­as, como as sedes dos organismos do Estado”.

O “estado de excepção” também será aplicado a outros locaisqueo Comando Conjunto das Forças Armadas queira estabelece­r durante o período que começou ontem e dura 30 dias, segundo determinou o Tribunal Constituci­onal.

O documento refere que a medida será estendida de acordo com as necessidad­es estabeleci­das pelo Governo e pela Polícia Naccional para “manter a ordem pública interna e, se for preciso, para estabelece­r a segurança”.

As restrições não serão aplicadas a pessoas e oficiais que prestem serviços públicos, como membros da Polícia e das Forças Armadas, jornalista­s, pessoal das missões diplomátic­as, médicos e socorrista­s, assim como aos transporte­s públicos estatais ou serviços de emergência.

Segundo as regras decretadas, o “estado de excepção” será mantido pelas forças de segurança e a sede do Governo manter-se-á na cidade costeira de Guayaquil.

Os confrontos no Equador duram há cerca de uma semana e começaram na sequência do anúncio de uma série de medidas para “revitaliza­r a economia”, incluindo a suspensão dos subsídios ao combustíve­l.

O anúncio, feito pelo Presidente Lenín Moreno, provocou uma greve dos trabalhado­res dos transporte­s, que terminou poucos dias depois, mas os distúrbios têmse multiplica­do em todo o país e no fim- de- semana os indígenas, que representa­m 7 por cento da população, começaram a juntar-se aos protestos.

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