Grupo de Contacto está optimista na paz
O Grupo de Contacto nas negociações de Paz entre o Governo e a Renamo congratulou-se, quinta-feira, com os avanços no desarmamento do braço armado do principal partido da oposição em Moçambique, reiterando que não há espaço para a violência e ameaças no país.
“Dois meses após a assinatura do Acordo de Paz e Reconciliação em Maputo, congratulamo-nos com a notícia de que o registo de combatentes está em andamento em dois locais, Gorongosa e Dondo”, refere numa nota o Grupo de Contacto nas negociações entre o Governo e a Renamo, alusiva à celebração do Dia da Paz, que se assinala no fim- de- semana. Para o Grupo de Contacto, o registo de mais guerrilheiros a largarem as armas no processo de paz em Moçambique é um sinal positivo, além de um incentivo para as partes permanecerem no caminho do diálogo e reconciliação.
“Incentivamos todos os lados a continuarem o caminho que foi estabelecido e a não permitir que qualquer entidade inviabilize a paz em Moçambique”, lê-se na nota, acrescentando que “não há lugar para a violência ou ameaças no futuro do país”.
“Reiteramos o apoio da comunidade internacional a esse processo e enfatizamos a sua importância para o futuro desenvolvimento e prosperidade de Moçambique”, conclui a nota.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade, assinaram, a 6 de Agosto, o Acordo de Paz e Reconciliação.
Apesar de as hostilidades entre as partes terem cessado em Dezembro de 2016 e a paz ter sido formalmente subscrita através de acordos, um grupo da Renamo exige uma renegociação do acordo e ameaça fazer voltar a guerra caso o Governo se recuse.
O Governo e a Renamo já assinaram, em 1992, um Acordo Geral de Paz, que pôs termo a 16 anos de guerra civil, mas que foi violado entre 2013 e 2014.