Biocom anuncia a pretensão de exportar energia eléctrica
A Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom) anunciou, em Luanda, a pretensão de produzir, até 2022, um total de 155 mil megawatts de energia eléctrica para ser exportada.
O coordenador de Comunicação e Relações Institucionais da Biocom, Gerri Vissapa, que fez o anúncio quando falava ao Jornal de Angola na ExpoIndústria, a decorrer até hoje, na Zona Económica Especial (ZEE) LuandaBengo, em Viana, disse que o objectivo é alcançar o grau de maturidade dentro daquilo que é o plano de negócio.
No plano de negócio, a Biocom aspira alcançar, relativamente ao grau de maturidade, a produção final de cerca de 250 mil toneladas de açúcar, anualmente, e 36 mil metros cúbicos de etanol.
A safra deste ano prevê a produção de 110 mil toneladas de açúcar, 19 mil metros cúbicos de etanol e 55 mil megawatts de energia eléctrica, a partir da biomassa, que é o bagaço da cana-de-açúcar.
Gerri Vissapa adiantou que foram feitas modificações na planta industrial, o que facilitou o ajuste na qualidade que a marca apresenta.
“Do processo industrial, resultam três produtos principais: o açúcar, a energia eléctrica e o etanol”, explicou o coordenador de Comunicação e Relações Institucionais da Biocom, empresa que dispõe de 2.800 funcionários, 740 dos quais recrutados entre Fevereiro e Abril deste ano.
Em Angola, a Biocom é a única empresa que produz açúcar, etanol e energia a partir da biomassa. Em 2014, o Estado negociou a compra, po periodo de 20 anos, da energia eléctrica produzida pela Biocom, contrato cancelado este ano.
Um despacho Presidencial justifica a decisão com o fim dos subsídios aos preços de electricidade e, já que o tempo do contrato inviabilizava o equilíbrio necessário na sua execução e por ser insustentável para a Rede Nacional de Transportes.