Funcionários cumpriram jornada laboral normal
Bombas de combustíveis, supermercados, armazéns de venda de produtos alimentares e mercados funcionaram
há 14 anos, elogiou o gesto do governador de Luanda, tendo o governante aproveitado para conhecer de perto alguns problemas enfrentados todos os dias pelos integrantes da classe.
A cidadã Madó MC Fina, que se encontrava no mesmo transporte em que seguia Rescova, disse ter aproveitado a oportunidade para abordar com o governador da província, alguns assuntos da actualidade.
“Se eu ficar em casa, os meus filhos vão comer o quê?”, questionou Luzia Nguendelelo, tendo acrescentado que os mesmos dependem completamente do que produz diariamente. Zungueira de ocupação, a cidadã disse ter tomado conhecimento da manifestação na quarta-feira, mas, em momento algum ponderou a possibilidade de participar no referido acto.
A cidadã Sandra Carvalho disse que todos “dependemos do nosso ganha-pão”. Se ninguém sair de casa para os seus locais de trabalho, o país pára, e, com isso, reduz a economia. “Todos nós temos famílias para alimentar e, ficando em casa, não estaremos a fazer nada”, aclarou.
Funcionários do sector público e privado no município do Soyo, província do Zaire, compareceram, ontem, em massa aos locais de serviço, como de costume, constatou o Jornal de Angola, através de uma ronda efectuada a várias instituições.
Nzinga Nvica António, professor do I Ciclo do Ensino Secundário no município do Soyo, província do Zaire, compareceu no local de trabalho, convencido de que os cidadãos se podem manifestar, mas em respeito à Constituição da República.
Para aquele jovem professor, a culpa dos problemas socioeconómicos que o país vive hoje, não pode ser atribuída apenas ao actual Executivo. A juventude, em particular e o povo, no geral, têm que dar o seu contributo para o engrandecimento nacional, através do trabalho árduo e diário.
O Serviço de Identificação Civil no município do Soyo, abriu normalmente as portas ao público ontem e a funcionária Benvinda Pemba foi o rosto visível daquela instituição, argumentando que o país constrói-se trabalhando e considera-se uma cidadã comprometida com a causa da Nação.
Nito António Bengui, outro funcionário público, disse que não teve razões para ficar em casa no dia de ontem, porque para o desenvolvimento harmonioso do país, cada cidadão deve contribuir na sua área de saber.
O funcionário da Administração Municipal do Soyo, João Nenkamba, além de condenar a ideia de paralisação geral das actividades laborais, disse que o país está em crise e requer esforço de todos para o processo de estabilização económica, aspecto que só se alcança com trabalho e união para produzir bens e serviços para a Nação.