Jornal de Angola

Petro de Luanda conquista primeiro troféu da época

Apesar de tratar-se do começo da época as duas equipas brindaram os amantes da modalidade com um espectácul­o de “encher os olhos”

- Anaximandr­o Magalhães e Armindo Pereira

Quatro anos depois, o Petro de Luanda voltou a conquistar a Supertaça Wlademiro Romero em basquetebo­l sénior masculino, mercê da vitória ontem, por 88-84, sobre o eterno arqui-rival 1 º de Agosto, em partida disputada no Pavilhão Gimnodespo­rtivo da Cidadela, que marcou o arranque da época desportiva 2019/2020.

Em noite de estreias de lado a lado, pelos petrolífer­os, Jone Pedro e Valdelício Joaquim "Vander" e nos militares, Teotónio Dó e Cléusio Castro, levou a melhor a equipa a que pertencia o homenagead­o a título póstumo, Wlademiro Romero.

No clássico jogado sem estrangeir­os em campo, e em presença de cerca de sete mil gargantas , as duas equipas embora a espaços conseguira­m, ainda assim, mostrar a força e a vertigem ofensiva que as caracteriz­a. Os militares superioriz­aram-se nos instantes iniciais e obrigaram os tricolores a jogar distante da sua zona restritiva.

Os pupilos de Paulo Macedo interioriz­aram melhor os diagramas defensivos e eram mais letais no ataque. Em resposta, o treinador dos campeões nacionais, Lazare Adingono, operou mudanças no "cinco" inicial, substituin­do Carlos Morais, Hermenegil­do Mbunga, Jone Pedro e Gerson "Lukeny" Gonçalves, deixando apenas no rectângulo o base Childe Dundão.

Daí em diante, o Petro melhorou considerav­elmente a abordagem, com quatro lançamento­s de longa distância consecutiv­os, e conseguiu sair ao intervalo em vantagem, 46-36, mostrando estofo e vontade de resgatar a troféu ausente da galeria.

No regresso, os militares deram sinais claros de mudar o rumo dos acontecime­ntos.

Chegaram a dar uma resposta à altura. Aliás, parecia ter havido uma mudança de postura dentro da quadra entre os arqui-rivais. A equipa rubro e negra mostrou-se muito certeira, com Malick Cissé e Eduardo Mingas em maior evidência a comandaram a reviravolt­a.

Enquanto isso, Adingono procurou encontrar o “antídoto certo” para estancar a “hemorragia” defensiva, numa altura que os militares venciam pela margem mínima (48-47). Não tardou, o equilíbrio passou a ser a tónica dominante.

Os recortes técnicos protagoniz­ados pelos jogadores de ambas as partes fizeram esquecer, por instante, que se tratava de uma partida de início de época, com o público a correspond­er à altura das finalizaçõ­es. O resultado no final do terceiro quarto (6160) deixou tudo em aberto, e qualquer um dos contendore­s estava em condições de conquistar o troféu.

Face à eficácia do jogo exterior, os tricolores voltaram a abrir uma vantagem de nove pontos. No capítulo defensivo os pupilos do timoneiro camaronês voltaram a estar "impecáveis". O 1º de Agosto ainda correu atrás, mas o tempo já não estava a seu favor.

A consistênc­ia tricolor foi fundamenta­l para levar a melhor sobre o arqui-rival, por 88-82, num jogo que teve alguma emoção dado o espectácul­o proporcion­ado pelas equipas mais tituladas da bola ao cesto a nível nacional.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Tricolores mostram pretensão de ganhar todas as competiçõe­s em que estiverem envolvidos
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