Angola e Zâmbia negoceiam oleoduto
Angola está a negociar com a Zâmbia a construção de uma conduta que vai ligar o município do Lobito, Benguela, àquele país vizinho, para o transporte de combustível.
A informação foi avançada, quinta-feira, pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino de Azevedo, quando falava para investidores que assistiram à apresentação técnica do projecto de construção da futura Refinaria do Soyo, que deverá estar concluída em 2023.
Segundo Diamantino de Azevedo, Angola está a trabalhar também com os outros países da região, nomeadamente as vizinhas República Democrática do Congo (RDC) e República do Congo, no âmbito da integração regional que se pretende.
“Com a Zâmbia, especificamente, estamos a trabalhar num projecto interessante, para a construção de um ‘pipeline' do Lobito até à Zâmbia”, referiu o ministro, numa alusão às negociações para o possível fornecimento de produtos refinados a estes países.
O embaixador da Zâmbia em Angola, Lawrence Chalungumana, presente na cerimónia, elogiou o projecto, salientando que o seu país gasta acima de mil milhões de dólares com a importação de combustível, sendo por isso uma mais-valia este acordo que está a negociar com o país.
O governante angolano frisou que também foi aberta a possibilidade aos países da região para serem accionistas nas futuras refinarias que Angola pretende construir nos próximos anos, nomeadamente no Lobito, Soyo e Cabinda. “Com agrado, temos estado a receber respostas positivas”, frisou.
Com a RDC e a República do Congo, prosseguiu o ministro, Angola está também empenhada em realizar projectos conjuntos, ressaltando a existência de um campo de produção conjunto de petróleo com o Congo, no campo Lianzi.
“E estamos a trabalhar com a RDC também no sentido de fornecimento de derivados a partir do nosso país”, disse.