Casa Branca pede acordo às partes
Os EUA ameaçaram, ontem, sancionar os dirigentes do Sudão do Sul se não chegarem a acordo até 12 de Novembro, data-chave para conseguir a paz neste país, em guerra desde o final de 2013, noticiou a Reuters.
Em meados de Setembro, o Presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e o chefe rebelde Riek Machar, cuja inimizade esteve na origem do conflito que começou dois anos depois da independência do Sudão do Sul, e já fez mais de 380 mil mortos, reafirmaram o compromisso em respeitar o prazo.
O Governo transitório de união nacional, designadamente com Riek Machar, como primeiro vice-Presidente, previsto no acordo de paz, assinado em Setembro de 2018, deveria ter sido formado em Maio.
Bryan Hunt, encarregado do dossiê sobre o Sudão do Sul no Departamento de Estado dos EUA, preveniu que os ocidentais não aceitarão mais adiamentos. “Não temos a intenção de continuar a ouvir esta ou aquela razão para justificar o adiamento. Francamente, pensamos que já é altura destes dirigentes se sentarem à mesma mesa e começarem a procurar um meio de avançarem”, disse aos jornalistas, durante uma reunião organizada pelo Instituto da Paz dos EUA (United States Institute of Peace), um círculo de reflexão em Washington.
“Se o Governo não for formado até 12 de Novembro, vamos ter de reexaminar as relações entre os EUA e o Sudão do Sul”, avisou Bryan Hunt. Questionado sobre as medidas a tomar, Hunt explicou que as sanções, visando os dirigentes sul-sudaneses ou restrições às suas deslocações aos EUA estavam sobre a mesa.