Jornal de Angola

Executivo e movimento indígena iniciam diálogo

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O Governo do Equador e o movimento indígena deram, ontem, início ao diálogo, após 11 dias de protestos contra as medidas de austeridad­e económica do Executivo, anunciou a ONU e a Igreja Católica.

A ONU e a Igreja Católica “informam que, após contactos com o Governo e organizaçõ­es do movimento indígena, a primeira reunião foi convocada para o dia 13 de Outubro (ontem), em Quito”, lê-se num comunicado conjunto publicado no Twitter.

Ao fim de quase duas semanas de protestos, que se espalharam pelo país, provocando diversos motins, o movimento indígena aceitou, no sábado, sentar-se à mesa com o Presidente, depois de várias recusas.

Moreno eliminou um subsídio do preço dos combustíve­is, em 2 de Outubro, elevando a variedade mais popular de gasolina para preços recorde, o que provocou de forma rápida operações de especulaçã­o comercial e a subida de preços de diversos produtos essenciais.

A subida do preço dos combustíve­is foi uma das exigências do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI), como contrapart­ida do resgate financeiro ao país, que se viu profundame­nte endividado após uma década de elevados défices e de queda do preço do petróleo, uma das principais fontes de receita económica do Equador.

No sábado, a Confederaç­ão das Nacionalid­ades Indígenas do Equador (Conaie), indicou que aceitou negociar com Lenín Moreno, num comunicado onde referiu que a mudança de posição ocorreu após “um processo de consultas às comunidade­s e organizaçõ­es sociais”.

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