Núcleo de luta antidrogas já em funcionamento
Pelo menos, 300 pessoas, maioritariamente jovens, com idades entre 15 e 45 anos, estão a ser atendidas no Centro de Tratamento de Doentes Mentais, em Malanje, devido ao consumo de drogas, facto que tem preocupado as autoridades, revelou o vicegovernador provincial para o Sector Político, Económico e Social.
Domingos Eduardo falava durante o acto de abertura da unidade local de intervenção do Instituto Nacional de Luta Contra as Drogas (INALUD), que, na quinta-feira, entrou em funcionamento na cidade de Malanje.
“Relativamente à província de Malanje, temos motivos para nos preocuparmos sobremaneira, a julgar pelo número de pessoas com problemas de saúde mental atendidas na província, cerca de 300, na qual mais de metade são jovens, com transtornos associados ao uso de drogas”, disse Domingos Eduardo.
O governante pediu maior envolvimento da sociedade, escolas e órgãos de Justiça, para o combate à produção de liamba, já que a província de Malanje é grande produtora daquele estupefaciente pelo que urge desencorajar o cultivo da planta.
Controlo das fronteiras
O controlo das fronteiras é uma das formas de evitar a entrada de drogas pesadas no país, disse na ocasião o director nacional adjunto do INALUD, Sucami André, lembrando que a luta contra as drogas é tarefa de toda a sociedade angolana.
Sucami André disse que é um problema transversal que requer relações institucionais, com vista à adopção de estratégias concertadas, para se poder alcançar resultados satisfatórios e pôr fim à toxicodependência.
O director do Gabinete Provincial de Saúde, Avantino Sebastião, disse que a abertura da Unidade de Intervenção Local do INALUD vem reforçar as bases de combate às drogas, sobretudo no seio da juventude, defendendo a necessidade de se apostar na vertente preventiva, no que diz respeito ao consumo de drogas, dada a facilidade de aquisição.
O responsável do núcleo local do INALUD, Mateus Lopes, apontou como estratégias de combate às drogas a prevenção primária, identificação dos potenciais consumidores e tóxicodependentes, realização de palestras e encaminhamento dos casos para o centro de tratamento na região, agora aberto.
Mateus Lopes disse que a instituição vai estender as suas actividades aos municípios de Calandula e Cacuso, considerados como grandes produtores de liamba.