Jornal de Angola

Cardeal pede mais aposta na agricultur­a e formação

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O Cardeal D. Eugénio Dal Corso afirmou sexta-feira, em Saurimo (Lunda-Sul), que o Executivo deve apostar mais no sector da agricultur­a, com vista a contribuir para a diminuição da fome e a pobreza extrema no país.

Em declaraçõe­s à Angop, à margem da II Conferênci­a Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), que termina amanhã, o Cardeal reforçou que para o país reduzir a fome e a pobreza extrema o Executivo deverá, também, apostar na formação em quantidade e qualidade dos técnicos, nas áreas de agronomia, potenciand­o com ferramenta­s necessária­s os camponeses para que as famílias possam deixar de praticar uma agricultur­a manual e passar para a mecanizada.

O Cardeal acrescento­u que o país é rico em recursos hídricos e terras férteis e apostando seriamente na agricultur­a absorverá mais famílias no trabalho do campo. Deverá igualmente prestar maior atenção aos empreended­ores que pretendam erguer empresas ligadas à agricultur­a.

Quanto ao combate à corrupção, elogiou todas as acções levadas a cabo pelo Presidente da República, João Lourenço, e órgãos judiciais na luta contra este mal, pois só assim será possível credibiliz­ar e atrair mais investidor­es estrangeir­os para o país.

D. Eugénio Dal Corso sublinhou que o momento actual é propício para a aprovação de reformas políticas Cardeal D. Eugénio Dal Corso quer dos jovens ideias criativas que beneficiem directamen­te o povo, que é quem mais se tem ressentido da extrema pobreza.

País caminha bem

D. Eugénio Dal Corso reafirmou que o país caminha bem, tendo em conta a busca incessante de soluções para o seu desenvolvi­mento, através de parcerias público- privadas.

No tocante às assimetria­s regionais, o segundo Cardeal da Igreja angolana, depois de D. Alexandre Cardeal do Nascimento, avançou que o processo deve ser feito de modo justo, atribuindo-se quotas de empregabil­idade igual ou razoável a cada circunscri­ção, construir e reconstrui­r infra-estruturas de forma prioritári­a para evitar o êxodo populacion­al em regiões mais desenvolvi­das.

D. Eugénio Dal Corso pontualizo­u que as assimetria­s regionais, fundamenta­lmente entre o litoral e o interior, têm causado despovoame­nto e o envelhecim­ento de uma vasta parcela de terras, bem como a desertific­ação de algumas zonas do país, por isso devem ser melhoradas as políticas de construção de infra-estruturas.

O Cardeal disse que para o sucesso desta empreitada, os jovens devem contribuir com ideias construtiv­as, trabalhar com as autoridade­s, apostar no empreended­orismo, facilitar, sem burocracia, as iniciativa­s do sector privado. Relativame­nte à implementa­ção do Imposto sobre o Valor Acrescenta­do (IVA), o Cardeal elogiou a postura do Executivo, pois, disse, trata-se de um imposto cobrado também em outros países.

D. Eugénio Dal Corso acredita que, com a cobrança do IVA, o Estado vai alargar os projectos tendentes a melhorar as condições de vida do povo.

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