Vias degradadas travam crescimento de Calussinga
Comuna do município do Andulo é assolada por muitas dificuldades por ter estradas completamente degradadas
O mau estado das vias rodoviárias que ligam a comuna de Calussinga, município do Andulo, às regiões da Quibala, Musende, no Cuanza-Sul, e Malanje, está a inviabilizar o crescimento económico e social da circunscrição, disse ao Jornal de Angola a administradora local, Elisa Segunda.
A responsável sublinhou que a comuna da Calussinga tem potencial para impulsionar a economia da província, mas a exploração das suas riquezas está condicionada ao mau estado das vias de acesso à localidade.
Elisa Segunda disse que o estado da estrada que liga Calussinga às principais povoações agrícolas, concretamente Chimbinda, Chissole, Tumba, Ulimba, Tchioco e Ndulo Epalanga clamam por obras de restauro há mais de 25 anos e, nos últimos anos degradou-se completamente, ou seja tornou-se intransitável, causando assim enormes embaraços aos habitantes locais.
À espera de mais investimentos
Devido ao mau estado das estradas, o sector agropecuário de Calussinga está longe de proporcionar bem-estar à população, pelo que a comuna enfrenta dificuldades para atrair quadros e investimentos para o relançamento económico da região.
A administradora Elisa da Graça disse que a única saída para inverter este quadro é a reabilitação urgente das estradas secundárias e terciárias e das principais vias que ligam a localidade às regiões limítrofes.
“Muitos produtos acabam por se deteriorar nos campos de cultivo, porque os camponeses não têm como escoar a produção pelas razões aludidas e, deste modo, absorvem grandes prejuízos”, disse a administradora.
Conhecida como placa giratória tradicional, a vila de Calussinga, devido à sua localização geográfica, facilita a circulação de pessoas e bens entre as províncias do Huambo, Cuanza-Sul, Malanje, Luanda e Bié. Calussinga situa-se a oeste do Andulo. Faz ainda fronteira com a comuna de Chivaúlo, o município de Quibala e com a comuna de São Lucas, as três regiões situadas no Cuanza-Sul. Ao sul, faz igualmente fronteira com o Mungo, província do Huambo. Calussinga tem mais de 80 mil habitantes, que se dedicam, maioritariamente à agricultura.
“Muitos produtos acabam por se deteriorar nos campos de cultivo, porque os camponeses não têm como escoar a produção pelas razões aludidas e, deste modo, absorvem grandes prejuízos”