Obra de Jorge Macedo vai à “Maka”
O escritor e etnomusicólogo Jorge Macedo, falecido há dez anos, é homenageado, hoje, às 17h00, na habitual “Maka à Quarta-feira”, da União dos Escritores Angolanos (UEA), a ter lugar na sede da instituição, em Luanda.
O objectivo do encontro, que tem como principal público os jovens, é honrar os feitos e enaltecer a obra do escritor, cujo trabalho ajudou a desenvolver a cultura nacional, no âmbito dos festejos do 78º aniversário natalício de Jorge Macedo, assinalados na última segunda-feira, dia 14.
Para falar sobre a vida e obra de Jorge Macedo, a organização convidou o escritor Adriano Botelho de Vasconcelos, que, com familiares, amigos e “colegas das artes” vão promover e divulgar a literatura angolana, tendo como premissa os livros do homenageado. Além dos depoimentos, a homenagem vai incluir também momentos de música, a serem garantidos pelo grupo musical Raízes. Nascido em Malanje, a 14 de Outubro de 1941, Jorge Macedo fez os estudos primários e secundários na província de Malanje. Frequentou os seminários menores e maiores de Luanda, onde concluiu o curso de Filosofia.
Formado em Etnomusicologia pela Universidade de Kinshasa, desempenhou, depois da independência, vários cargos no Ministério da Cultura, dos quais o de director nacional de Artes e da Escola de Música. Já fez parte do júri do Prémio Nacional de Cultura e Artes e do Carnaval de Luanda. Além disso, foi consultor do Ministério da Cultura.
A sua actividade literária teve início em 1957, com a publicação do livro de poesia “É Tempo”. Foi um dos estudiosos da marimba, instrumento musical originário de Malanje, assim como publicou, ainda, “Itetembu” (1966), “As Mulheres” (1970), “Pai Ramos” (1971), “Irmã Humanidade” (1973), “Gente do Meu Bairro” (1977), “Clima do Povo” (1977) e “Voz de Tambarino” (1978). Membro fundador da UEA, o ensaísta foi distinguido, em 2005, com o Prémio Nacional de Cultura e Artes.