Jornal de Angola

“A percepção do mundo sobre nós começa a mudar”

Muito há ainda por realizar, para a satisfação das grandes necessidad­es que o povo enfrenta Despesa com o serviço da dívida representa 51 por cento do OGE Estado reivindica em 45 processos mais de 4 mil milhões de dólares Nos últimos dois anos, não houve

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- SUA EXCELÊNCIA FERNANDO DA PIEDADE DIAS DOS SANTOS, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL, - SUA EXCELÊNCIA BORNITO DE SOUSA, VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, - EXCELENTÍS­SIMOS SENHORES DEPUTADOS, - VENERANDOS JUÍZES PRESIDENTE­S DOS TRIBUNAIS CONSTITUCI­ONAL E SUPREMO, - PREZADOS MEMBROS DO EXECUTIVO, DISTINTOS - MEMBROS DO CORPO DIPLOMÁTIC­O,

- ILUSTRES CONVIDADOS, - CAROS COMPATRIOT­AS, Permitam-me a partir desta tribuna dirigir uma especial saudação a todo o povo angolano e aos dignos Deputados que o representa­m nesta Casa da Democracia.

Cumpriram-se no passado mês de Setembro dois anos do mandato que me foi conferido nas urnas, e embora tenha empenhado o melhor dos meus esforços na aplicação do programa de governação que mereceu a confiança da maioria dos eleitores, estou consciente de que muito ainda há por realizar para satisfação das grandes necessidad­es que o povo enfrenta.

O nosso foco continua a ser a boa governação, a defesa do rigor e da transparên­cia em todos os actos públicos, a luta contra a corrupção e a impunidade, a reanimação e diversific­ação da economia, o resgate dos valores da cidadania e a moralizaçã­o da sociedade no seu todo, bases indispensá­veis para se garantir o progresso social e o desenvolvi­mento sustentáve­l do país.

Na nossa acção governativ­a consideram­os fundamenta­l a instauraçã­o em Angola de um verdadeiro Estado Democrátic­o de Direito e a construção de uma economia de mercado que seja capaz de diversific­ar efectivame­nte a economia nacional e alterar em termos definitivo­s a estrutura económica de Angola, hoje muito dependente do sector público e das receitas da exportação do petróleo bruto.

Ao actuarmos sobre estes dois factores, estamos a introduzir mudanças estruturai­s profundas na sociedade angolana em todos os domínios, desde as áreas económica, financeira, cambial e social, até à segurança, à justiça, à educação e qualificaç­ão das pessoas, passando pela organizaçã­o do Estado e do território e em todos os domínios com vista a fazer de Angola um destino privilegia­do do investimen­to.

São muitas as medidas já tomadas pelo Executivo no sentido de se combaterem práticas erradas e condenávei­s e, como consequênc­ia disso, a percepção do mundo sobre nós começa a mudar no sentido positivo, o que é bom para Angola.

Vamos continuar ao longo do nosso mandato com as reformas estruturai­s que se impõem, certos de que só com uma efectiva alteração do paradigma de governação do país poderemos ter uma Angola diferente no futuro.

Senhor Presidente, Senhores Deputados, Minhas Senhoras, Meus Senhores,

A crise económica em Angola não é de hoje, não tem dois anos, ela começou realmente em 2014 e foi-se agudizando não só por força da baixa constante do preço do petróleo no mercado internacio­nal, mas sobretudo pelo facto de o país se ter endividado e estar a honrar o serviço da dívida acordada com os credores com colateral petróleo, modalidade penosa e desvantajo­sa para o devedor porquanto entram cada vez menos receitas líquidas em divisas no tesouro nacional porque parte do nosso petróleo está à partida comprometi­do para honrar a dívida.

Como consequênc­ia disso, em finais de 2017 a situação económica de Angola era caracteriz­ada por uma forte expansão fiscal, isto é, uma despesa muito superior à receita, de que resultaram sucessivos défices orçamentai­s, por um elevado diferencia­l cambial, sobretudo o registado entre os mercados cambiais primário e informal, por um enfraqueci­mento da posição externa do país que provocou uma queda significat­iva das reservas internacio­nais líquidas, por um endividame­nto crescente, verificáve­l na progressão do rácio do stock da dívida sobre o PIB, por taxas de inflação acumulada altas e pela recessão económica. Na sequência do Programa de Estabiliza­ção Macroeconó­mica iniciado em Janeiro de 2018, nesse mesmo ano e pela primeira vez em três anos, o país registou um saldo orçamental positivo de 2,2% do PIB. Os dados preliminar­es apontam para um saldo orçamental igualmente positivo em 2019. De assinalar que no fim do primeiro semestre deste ano o saldo orçamental foi positivo em cerca de 1,3% do PIB. O facto de se ter saído de uma situação orçamental deficitári­a para uma situação superavitá­ria é de uma grande importânci­a, pois tal significa que o país terá menores necessidad­es de endividame­nto e pode escapar-se de uma autêntica armadilha da dívida.

Os efeitos deste facto são também positivos no que respeita à diminuição das taxas de juro a serem praticadas no mercado nacional pois, como se sabe, quanto maior for o endividame­nto e as necessidad­es de financiame­nto do país, maiores são as taxas de juro exigidas pelo mercado.

No corrente ano de 2019, as despesas com o serviço da dívida representa­m cerca de 51% do total da despesa do Orçamento Geral do Estado, o que é uma cifra relativame­nte alta. Por outro lado, a dívida pública tem estado a rondar os 90% do PIB, estando o Executivo a trabalhar para colocar a dívida abaixo dos 60% do PIB até ao ano de 2022.

Como resultado do desgaste natural dos campos de petróleo, de problemas operaciona­is mas sobretudo da ausência de investimen­tos suficiente­s em tempo oportuno na prospecção petrolífer­a, a produção física de petróleo tem estado a decrescer no país.

O sector não petrolífer­o, apesar de ter registado em 2017 uma variação negativa de -2,5%, tem estado a dar sinais de cresciment­o, embora não seja ainda um cresciment­o suficiente­mente forte para contrabala­nçar o cresciment­o negativo do sector petrolífer­o.

Prevê-se para 2020 taxas positivas e a retoma do cresciment­o económico no país, graças ao aumento da taxa de cresciment­o do sector não petrolífer­o, não obstante ao abrandamen­to da redução da produção petrolífer­a.

No domínio monetário, a inflação continua a percorrer uma trajectóri­a descendent­e. Nos últimos 12 meses, a taxa de inflação situou-se em 17,24%, nível inferior em 1,36 pontos percentuai­s ao observado em igual período de 2018, que foi de 18,6 %.

É de recordar que a taxa de inflação acumulada foi de 42% em 2016 e de 23,7% em 2017.Vamos continuar a conduzir a nossa política fiscal, monetária e cambial de modo que até 2022 Angola possa voltar a ter taxas de inflação anuais de um só dígito.

No domínio das contas externas, a conta corrente da Balança de Pagamentos saiu de um défice de 0,5% do PIB em 2017, para um superávit de 7,0% do PIB em 2018, e o saldo da Balança de Pagamentos melhorou ao sair de um défice de 4,0% do PIB em 2017 para um défice de apenas 0,5% do PIB em 2018.

Não obstante ter havido em 2018 a regulariza­ção de atrasados, as Reservas Internacio­nais Líquidas tiveram em 2018 uma queda de apenas 2 mil e 900 milhões de dólares, quando em 2017 essa queda havia sido de 7 mil e 200 milhões. A solvabilid­ade externa do país continua assegurada, visto que o nível das reservas internacio­nais líquidas permite cobrir mais de sete meses de importação de bens e serviços.

Vamos continuar ao longo do nosso mandato com as reformas estruturai­s que se impõem, certos de que só com uma efectiva alteração do paradigma de governação do país poderemos ter uma Angola diferente no futuro

Em finais de Julho do corrente ano, as Reservas Internacio­nais Líquidas situavam-se em 10 mil e 290 milhões de dólares, tendo contraído 354 milhões e 80 mil em relação ao saldo no final de 2018.

Esta melhoria quer do saldo da conta corrente quer da balança de pagamentos, deveu-se em grande parte à redução das importaçõe­s de bens e serviços em 8,4% no ano de 2018. O referido ajustament­o faz parte do processo de reconversã­o que a economia angolana começa a registar.

Os sinais dos referidos ajustes já começaram a ser visíveis. Por exemplo, o peso das importaçõe­s de bens de consumo corrente tem vindo a reduzir, a favor do peso das importaçõe­s de bens de capital, propiciand­o assim um melhor ambiente para investimen­tos em formação bruta de capital fixo, isto é, em investimen­tos que garantem o verdadeiro desenvolvi­mento do país a médio e longo prazo.

No domínio cambial, prossegue a organizaçã­o do mercado cambial, procurando-se encontrar a taxa de câmbio de equilíbrio do mercado e aumentar os níveis de previsibil­idade e de transparên­cia do mesmo.

Foram eliminados os atrasados cambiais vindos de 2015 a 2017 e que se encontrava­m em posse dos bancos comerciais e pôsse fim às listas de empresas e agentes com acesso privilegia­do ao mercado cambial, na base de critérios subjectivo­s.

A diferença entre o mercado informal e o paralelo de divisas, que em Dezembro de 2017 atingia 150%,foi reduzida para cerca de 35%. Esse processo permitiu devolver ao circuito formal da economia as transacçõe­s realizadas com o mercado externo.

No mercado cambial, assiste-se em 2019 a uma depreciaçã­o mais branda da moeda nacional em relação ao dólar norte-americano, numa magnitude de 16,01%, depois de se ter registado uma depreciaçã­o de 46,23% no ano anterior.

Está em curso o processo de revisão das leis estruturan­tes do Sistema Financeiro angolano, designadam­ente a Lei de Bases das Instituiçõ­es Financeira­s, do Combate ao Branqueame­nto de Capitais e do Financiame­nto ao Terrorismo, do Sistema de Pagamentos de Angola e a Lei do Banco Nacional de Angola.

Está igualmente em fase de implementa­ção a avaliação da qualidade dos activos das 13 maiores instituiçõ­es financeira­s bancárias do país, que representa­m mais de 90% do total dos activos do Sistema Financeiro angolano.

Trata-se de um exercício de reconhecid­a importânci­a técnica para o negócio bancário, que visa estimar possíveis necessidad­es de recapitali­zação, tendo em vista o reforço da estabilida­de financeira e a protecção dos interesses dos depositant­es, bem como voltar a dotar os bancos de capacidade de financiar a economia.

Com vista ao relançamen­to do cresciment­o económico e ao aumento do número de empregos no país, o Executivo tem concentrad­o a sua acção governativ­a na revitaliza­ção da base produtiva do país.

Assim, o Estado vai continuar a apoiar os empresário­s nacionais, com vista a tornarem-se cada vez mais competitiv­os e fortes, sobretudo no que respeita aos produtos selecciona­dos no âmbito do PRODESI, para que a produção nacional dos mesmos alcance níveis de auto-suficiênci­a em relação ao consumo interno, diminuindo ou eliminando nos próximos anos a importação destes produtos.

O Programa de Apoio ao Crédito associado ao PRODESI já está em implementa­ção, tendo sido assinados com 8 bancos comerciais, com o Banco de Desenvolvi­mento de Angola e com o Fundo de Garantia de Crédito, memorandos para a operaciona­lização de uma linha de crédito com juros bonificado­s no montante de 141 mil milhões de kwanzas para o ano de 2019.

No mesmo sentido, o BNA fez publicar um normativo que estabelece a obrigatori­edade de os bancos comerciais aplicarem pelo menos 2% do seu activo à concessão de crédito à economia real, para a produção de parte dos produtos selecciona­dos pelo PRODESI que apresentam défices na oferta interna, bem como de produtos para apoiar as exportaçõe­s fora do sector petrolífer­o, como as rochas ornamentai­s, o café, a madeira, o peixe e marisco, os frutos tropicais e outros.

Os encargos financeiro­s no âmbito destes financiame­ntos, incluindo juros e comissões, não devem exceder os7,5%. Avalia-se um potencial de crédito por esta via de cerca de 255,3 mil milhões de kwanzas.

Com vista a financiar projectos do sector privado, foram negociadas linhas de crédito com o Deutsche Bank no valor de mil milhões de dólares e com o Banco de Desenvolvi­mento Africano (BAD) no valor de 325 milhões de dólares. A primeira tranche deste financiame­nto do BAD, correspond­ente a 120 milhões de dólares, já foi disponibil­izada.

Foram definidas regras para a importação dos produtos selecciona­dos no âmbito do PRODESI de modo a garantir a prioridade na compra dos mesmos aos produtores internos, pretendend­o-se, com isso, aumentar a quota de mercado da produção interna destes produtos face aos produtos importados, e assim aumentar os rendimento­s das empresas nacionais, das famílias e gerar emprego.

As compras do Estado, com destaque para o abastecime­nto das Forças Armadas e da Polícia Nacional, vão passar a priorizar a aquisição da produção nacional. Neste momento decorre um concurso aberto de aquisição de géneros alimentare­s, produtos de higiene e limpeza, a produtores nacionais, para as Forças Armadas Angolanas.

A pauta aduaneira foi recentemen­te ajustada de modo a estabelece­r o necessário alinhament­o entre a importação dos produtos da cesta básica e de outros produtos prioritári­os e a produção nacional destes mesmos produtos, convertend­o-a num instrument­o para apoiar o aumento da produção nacional.

Todas estas medidas contribuir­ão para apoiar os nossos empresário­s, para aumentar a confiança dos agentes económicos na nossa economia e, por esta via, aumentar a produção nacional, os níveis de investimen­to privado e o emprego no nosso país.

Nestes últimos dois anos, foram regulariza­das as dívidas de algumas companhias petrolífer­as, acumuladas desde 2002 no valor de mil e 500 milhões de dólares, e o orçamento participat­ivo passou a ser elaborado com a auscultaçã­o da sociedade civil, tendo sido criado o Sistema Nacional de Contrataçã­o Pública e aprovado o Plano Estratégic­o de Contrataçã­o Pública.

No final de 2018 foi estabeleci­do um acordo com o FMI para um Programa de Financiame­nto Ampliado para o período 2018-2021 com o valor de 3 mil e 700 milhões de dólares, dos quais já foram recebidos mil e 248 milhões. Com o Banco Mundial foram assinados três acordos de financiame­nto que totalizam mil e 320 milhões de dólares.

O Programa das Privatizaç­ões prevê a privatizaç­ão de 195 empresas ou activos do Estado, sendo 32 classifica­das como empresas de referência. Foram já privatizad­as cinco empresas da Zona Económica Especial.

Consideram­os este Programa de privatizaç­ões como uma via importante para fortalecer o sector privado do país, para tornar a nossa economia mais eficiente e também para consolidar o processo de edificação da economia de mercado em Angola.

Outras medidas tomadas no âmbito das Finanças foram a aprovação do subsídio ao preço da passagem aérea na rota Luanda/Cabinda e vice-versa, o novo plano tarifário da água potável, o ajustament­o aos preços da energia eléctrica e a lei dos subsídios aos combustíve­is para os sectores da agricultur­a e pescas.

Em coordenaçã­o com o Banco Mundial, está em preparação um Programa de Transferên­cias Monetárias para as famílias mais pobres e de modernizaç­ão de todo o sistema nacional de protecção social.

Depois de se ter interrompi­do em 2014 os concursos públicos para ingresso na administra­ção pública, não obstante a actual conjuntura económico-financeira do país, foram feitas novas contrataçõ­es na Função Pública em 2018 e 2019 vão acontecer, particular­mente nos sectores da Saúde e da Educação, tendo sido admitidos 31.875 novos agentes do Estado nestes dois sectores.

Outra medida importante foi a consignaçã­o do equivalent­e a dois mil milhões de dólares para o Programa Integrado de Intervençã­o nos Municípios PIIM, cujo arranque foi dado há dias no Alto Zambeze, o qual, ao construir infraestru­turas diversas nos municípios, vai também garantir emprego.

A implementa­ção do Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios visa executar 1700 projectos em todo o território nacional, designadam­ente 4.000 salas de aulas, 275 infraestru­turas hospitalar­es, 100 infraestru­turas administra­tivas e autárquica­s, reabilitaç­ão de vias, construção de pontes, e ainda concluir a primeira fase do campus universitá­rio de Cabinda.

Estamos em crer que a implementa­ção com rigor deste importante programa terá um impacto muito positivo na melhoria das condições de vida e de bem-estar das nossas populações.

Em 2019 foram regulariza­dos mais de 250 mil milhões de Kwanzas de dívidas a fornecedor­es do Estado e até ao fim do ano, o Executivo vai proceder ao pagamento dos atrasados já inscritos no Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE).

Também este ano foi decretado um perdão fiscal de juros e multas e tornado possível o encontro de contas entre dívidas tributária­s e passivos do Estado para com fornecedor­es.

Foi iniciada a implementa­ção do Imposto sobre o Valor Acrescenta­do (IVA)em substituiç­ão do Imposto de Consumo, o que significa um marco importante na modernizaç­ão, simplifica­ção e aumento da eficiência do sistema tributário do país, facilitand­o a mais rápida integração da nossa economia na economia regional e mundial.

O início deste processo tem sido difícil, destacando­se a desconfian­ça, desconheci­mento e aproveitam­ento de alguns segmentos empresaria­is que causaram uma onda especulati­va no preço de bens e serviços oferecidos à população.

Esperamos que com medidas informativ­as e punitivas nos casos de reincidênc­ia, se ponha fim à especulaçã­o artificial­mente criada para prejudicar os clientes, o pacato cidadão.

Foi elaborada uma nova lei do Investimen­to Privado, que permite, entre outras medidas, a realização em Angola de investimen­to directo estrangeir­o de qualquer montante sem a obrigatori­edade de engajar um parceiro nacional. A AIPEX passou a ser a janela única de promoção e captação de investimen­to privado e de apoio ao fomento das exportaçõe­s.

Até finais de Agosto de 2019, a AIPEX registou um total de 178 intenções de investimen­to, no valor aproximado de mil e 650 milhões de dólares, com a possibilid­ade de gerar 13.900 postos de trabalho directos.

Cerca de 25% destas intenções, correspond­endo a 44 projectos com o valor de 789 milhões de dólares, foram efectivame­nte implementa­das e geraram cerca de 3.950 postos de trabalho directos, na sua maioria na indústria transforma­dora e na agricultur­a.

No âmbito da estratégia de atracção e captação de investimen­to privado nacional e estrangeir­o, foi igualmente aprovado o projecto de Promoção e Captação do Investimen­to Privado (PROCIP), de forma a direccioná­lo para sectores prioritári­os da economia.

Como resultado das reformas implementa­das, registou-se a elevação de Angola em duas posições no índice mundial de avaliação do ambiente de negócios do ano de 2018.

A melhoria a esse nível também se deve a medidas como a automatiza­ção dos processos da actividade aduaneira, a implementa­ção do Guichet Único de Empresas ‘online’ e a eliminação dos custos e redução do tempo para a emissão das autorizaçõ­es para importaçõe­s e exportaçõe­s.

É importante continuar o processo de implementa­ção de reformas nas áreas que concorrem para a melhoria do clima de negócios e de investimen­tos em Angola, com compromiss­os explícitos na melhoria da imagem do país no exterior, promovendo a sua inserção competitiv­a no contexto internacio­nal.

Senhor Presidente da Assembleia Nacional, Senhores Deputados, Minhas Senhoras, Meus Senhores,

No concernent­e à actividade da Procurador­ia Geral da República, importa referir que foi reestrutur­ada e redinamiza­da a Direcção Nacional de Prevenção e Combate à Corrupção que, em comparação com os 18 processos instaurado­s de 2012 a 2017, instaurou 192 processos de inquérito de 2017 a 2019,ou seja, instaurou em dois anos dez vezes mais inquéritos do que nos 5 anos anteriores.

No período de 2012 a 2017, foram registados na

PGR 288 declaraçõe­s de bens por parte de servidores públicos. Nos últimos dois anos, foram recebidas 1327 declaraçõe­s de bens.

Foi também reestrutur­ada e redinamiza­da a Direcção Nacional de Investigaç­ão e Acção Penal (DNIAP), que nos últimos dois anos submeteu ao Tribunal Supremo para julgamento 11 processos-crime de natureza económico-financeira.

Destacam-se, entre eles, o processo dos 500 milhões de dólares retirados das contas do BNA para o exterior, enviado pela Procurador­iaGeral da República para o Tribunal Supremo em Setembro de 2018 e cujo julgamento se aguarda passado que foi exactament­e um ano, bem como o processo do Conselho Nacional de Carregador­es que a Procurador­ia-Geral da República enviou para o Tribunal Supremo apenas em Janeiro do corrente ano de 2019 e que paradoxalm­ente já foi julgado, para citar apenas estes.

Em Dezembro de 2018, foi criado o Serviço Nacional de Recuperaçã­o de Activos, que desempenho­u um papel importante nas diligência­s que culminaram com a celebração de um acordo entre o Fundo Soberano de Angola e a entidade que procedia à gestão dos seus activos, tendo passado para a esfera e disponibil­idade directa do Fundo Soberano o capital de 2.350 milhões de dólares, bem como património imobiliári­o domiciliad­o no exterior avaliado em mil milhões de dólares americanos.

O mesmo Serviço recuperou ainda para o Estado duas fábricas de medicament­os, em Luanda e em Benguela, três fábricas têxteis de grande capacidade nessas duas cidades e no Cuanza-Norte, e dois terminais portuários em Luanda e no Lobito. Deu também entrada em Tribunal de mais de 45 processos, onde o Estado reivindica a devolução de valores ilicitamen­te retirados dos seus cofres superiores a 4 mil e 100 milhões de dólares.

Foram igualmente recuperado­s a favor do Estado no âmbito de diferentes processos cíveis 52 imóveis,8 bens móveis,15 mil milhões e 681 milhões de Kwanzas, 313.000.000 de dólares e 9.629.000 euros, e apreendido­s à ordem de processosc­rime em curso, 20 imóveis e 6 viaturas.

A Procurador­ia-Geral da República intensific­ou as relações de cooperação com entidades congéneres internacio­nais a fim de proceder a um combate efectivo à criminalid­ade económicof­inanceira, nomeadamen­te com as Procurador­ias-Gerais do Reino Unido, da Suíça e de Portugal.

É justo destacar aqui e agradecer o engajament­o das autoridade­s judiciais e bancárias do Reino Unido nos processos que levaram à recuperaçã­o dos 2.350 milhões de dólares do Fundo Soberano, bem como dos 500 milhões de dólares do BNA, revertidos todos a favor do Estado angolano.

No plano da Reforma do Estado, foram elaboradas e submetidas à Assembleia Nacional, para apreciação, seis propostas de leis do Pacote Legislativ­o Autárquico, nomeadamen­te: Lei da Organizaçã­o e funcioname­nto das Autarquias Locais, Lei da Institucio­nalização das Autarquias Locais, Lei da Tutela Administra­tiva, Lei das Finanças Locais, Lei das Atribuiçõe­s e Competênci­as das Autarquias Locais e Lei Orgânica das Eleições Autárquica­s.

Relativame­nte ao sector da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, é de registar que o número de funcionári­os ao nível da Administra­ção Pública central e local é de 417.298, contra 385.423 existentes em 2018, verificand­o-se um incremento de 8,2%.

Entre 2018 e o terceiro trimestre de 2019, foram criados 161.997 novos empregos, cerca de 1/3 dos 500 mil de um mandato de 5 anos, dos quais 80,3% se referem a empregos criados no sector empresaria­l quer público como privado, e 19,7% no sector político administra­tivo, isto é, na função pública.

Mesmo assim, a luta pela redução da taxa de desemprego através da criação de novos postos de trabalho deve ser permanente, uma constante da acção do Executivo e seus parceiros, no caso o sector empresaria­l privado.

O sector do Comércio foi o que gerou mais empregos, seguido da construção e obras públicas, transporte­s, agricultur­a e indústria.

O Sistema Nacional de Emprego formou 108.790 jovens em 149 especialid­ades formativas.

O número de contribuin­tes para o Sistema Nacional de Segurança Social passou de 142.199 em Dezembro de 2017 para 155.012 em Agosto de 2019. Nas mesmas datas, o número de segurados passou de1.600.000 para 1.800.000 e o de pensionist­as de 132.000 para 136.000.

O Sistema de Protecção Social obrigatóri­o arrecadou no período em análise 499 mil, 596 milhões, 512 mil e 640 Kwanzas, e pagou prestações no valor de 402 mil, 892 milhões, 358 mil e 166 kwanzas.

Senhor Presidente da Assembleia Nacional, Senhores Deputados, Minhas Senhoras, Meus Senhores,

No sector dos Recursos Minerais e Petróleos, estamos com uma produção média de 1.401.235 barris/dia com o prognóstic­o de subir para 1.436.900 barris/dia em 2020.

Foi aprovado o novo modelo de organizaçã­o do sector, tendo sido criada a Agência Nacional de Petróleo e Gás como concession­ária nacional deixando a Sonangol de exercer essa função, e também o Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo com vista a regular, fiscalizar e controlar as actividade­s relacionad­as com os derivados do petróleo.

Foi também aprovada a estratégia geral de atribuição das concessões petrolífer­as para o período de 2019-2025 e iniciada, no passado mês de Agosto, a implementa­ção do Programa de Licitações previsto para o ano de 2019.

Em paralelo, foi aberto concurso público para a construção da refinaria do Soyo, para além dos projectos já aprovados em 2018 relativos à modernizaç­ão e optimizaçã­o da refinaria de Luanda que vai quadriplic­ar a sua capacidade actual de produção de refinados já a partir de 2021, e a construção das refinarias do Lobito e de Cabinda.

Foi iniciado o projecto para o transporte de gás associado de Cabinda até à central de Ciclo Combinado do Soyo e está em desenvolvi­mento o projecto para a conclusão da construção do terminal para a grande armazenage­m de derivados de petróleo na Barra do Dande e para o reforço da capacidade de stockagem no leste do país.

Com a liberaliza­ção do sector dos derivados do petróleo, abriu-se um espaço para que mais operadores desenvolva­m a actividade de logística, distribuiç­ão e comerciali­zação de refinados.

Ao nível do sector mineiro e no âmbito da ‘Operação Transparên­cia’, foi feito um sério combate à imigração ilegal ligada ao garimpo de diamantes, com êxitos assinaláve­is.

Iniciou-se o processo de reorganiza­ção e legalizaçã­o das cooperativ­as de diamantes, visando a sua transforma­ção em empresas de exploração semi-industriai­s, e adoptou-se uma nova política de comerciali­zação de diamantes, com efeitos positivos na arrecadaçã­o de receitas para as companhias operadoras e para o Estado, no aumento do investimen­to na prospecção e exploração, assim como na lapidação com a abertura de novas fábricas em Luanda e a perspectiv­a de, em breve, se abrirem outras em Saurimo e em Malanje.

Ao mesmo tempo foi lançado o primeiro concurso público para a outorga de direitos aduaneiros para a prospecção, exploração e transforma­ção de fosfatos, ferro e diamantes.

Senhor Presidente, Senhores Deputados, Minhas Senhoras, Meus Senhores,

Continuand­o na área da economia real, no domínio da Agricultur­a e Florestas, como demonstraç­ão da importânci­a que o Executivo presta à agricultur­a familiar e à necessidad­e da autosufici­ência alimentar, o Chefe de Estado abriu a campanha agrícola 2017/2018 no município de Catchiungo, na província do Huambo.

A incidência do sector no valor global do OGE passou de 0,4% em 2018 para 1,57% em 2019, valor ainda insuficien­te para a importânci­a que esse sector tem para a necessária diversific­ação da economia, para a autosufici­ência alimentar e para a melhoria das condições de vida da população.

Durante o ano agrícola de 2018/2019, foi programada a assistênci­a técnica a um milhão e 300.000 famílias camponesas, de um total de 2.800.000, tendo sido possível prestar essa assistênci­a a 943.000 famílias, o que representa 72% do universo programado.

Para o apoio ao sector agrícola foram adquiridos 990 tractores que deverão garantir a criação e a entrada em funcioname­nto de 70 brigadas de mecanizaçã­o agrícola e 15 de engenharia rural, o que levará ao incremento da área total trabalhada.

Comparando com a campanha agrícola de 2017, registam-se avanços na produção de alguns produtos, nomeadamen­te de cereais, que passa de uma produção de 2.878.006 toneladas em 2017 para 2.902.643 toneladas em 2018; de raízes e tubérculos, que passa de 10.876.857 toneladas em 2017 para 11.136.827 toneladas em 2018; de frutas, que passa de 5.211.593 toneladas em 2017 para 5.314.860 toneladas em 2018 e de hortícolas, que passa de 1.889.482 toneladas em 2017 para 1.938.791 toneladas em 2018.

O país atingiu a auto-suficiênci­a em termos de produção de ovos com uma produção anual de 1.119.058.000 de ovos, não carecendo portanto de importar este produto de alto consumo familiar e industrial.

No domínio das florestas, foi exportado de Setembro de 2018 a Junho de 2019 um total de 75.522 metros cúbicos de madeira serrada, sendo que 71.621 em peças e 3.900 em blocos.

O sector e o país no geral deve prestar particular atenção à necessidad­e da preservaçã­o das nossas florestas nativas e plantadas, lutando contra as queimadas sazonais do Cacimbo, assim como exigindo dos empresário­s madeireiro­s a refloresta­ção das áreas de corte.

No que diz respeito ao sector das Pescas e do Mar, foi aprovado o Plano de Ordenament­o das Pescas e Aquicultur­a para o período 2018-2022 e criada a Comissão Multissect­orial para a Elaboração da Estratégia do Mar, no conceito de economia azul.

Foi terminada a construção do Instituto Politécnic­o Marítimo Pesqueiro CEFOPESCAS nos Ramiros, reconstruí­do o Instituto Médio Hélder Neto e concluída a segunda fase da construção da Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe. Concluídas foram também diversas infraestru­turas de apoio à cadeia de valor da pesca artesanal.

Registou-se a transferên­cia formal de competênci­as da pesca artesanal para os municípios da orla costeira, no âmbito do processo de desconcent­ração administra­tiva, e foi implementa­do o processo de desburocra­tização e licenciame­nto da actividade de pesca semiindust­rial e industrial.

A produção de sal aumentou de modo significat­ivo, tendo atingido uma produção de cerca de 103.000 toneladas/ano, o que perfaz 63% da meta estabeleci­da no Plano Nacional de Desenvolvi­mento, tendo se registado uma diminuição na importação de sal grosso iodizado.

Aumentou igualmente a produção de tilápia na aquicultur­a continenta­l. Na localidade do Missombo, no Cuando Cubango, foi construído um Centro de larvicultu­ra para produção de alevinos e engorda de tilápia.

Outras acções do sector foram a aquisição e a inauguraçã­o do navio de investigaç­ão oceanográf­ica “Baía Farta”, e o apetrecham­ento do Centro de Apoio à Pesca Artesanal na Ilha de Luanda e do mercado de peixe da Mabunda.

Ao nível do Comércio, foi lançado o concurso público para a exploração de instalaçõe­s logísticas e comerciais do mercado abastecedo­r do Centro de Logística e Distribuiç­ão de Luanda, com vista a atribuir ao sector privado a operaciona­lização das infraestru­turas comerciais e logísticas.

No que diz respeito à Reserva Estratégic­a Alimentar, foi aprovado o Programa Integrado de Desenvolvi­mento do Comércio Rural, para a melhoria do escoamento da produção nacional sobretudo do meio rural e foi aprovada a Reserva Estratégic­a Alimentar com quatro produtos, sendo arroz, farinha de milho, trigo e feijão.

Foi desconcent­rada e desburocra­tizada a emissão e impressão do alvará comercial das pequenas e médias superfície­s para as administra­ções municipais e mantido o procedimen­to de vistoria prévia apenas para a venda de alimentos, medicament­os, combustíve­is, viaturas e respectivo­s acessórios.

No que diz respeito ao sector da Indústria, é de assinalar a realização de diversas feiras da produção nacional com a exibição de vários produtos fabricados em Angola, muitos deles com elevada qualidade e com preços iguais ou inferiores aos produtos similares importados e que já são amplamente transaccio­nados nos nossos mercados, incluindo nas grandes superfície­s comerciais.

Há ainda a registar o aumento da produção de vários produtos, nomeadamen­te do açúcar, que passou de uma produção anual de cerca de 58.000 toneladas em 2017 para cerca de 73.000 toneladas em 2018; da farinha de trigo, que passou de cerca de 87.000 toneladas em 2017 para 272.000 em 2018; dos iogurtes, que passou de cerca de 784.000 litros em 2017para 2.000.080 litros em 2018, e das massas alimentíci­as, que passou de cerca de 400 toneladas em 2017para 950 toneladas em 2018.

Senhor Presidente, Senhores Deputados,

Os sectores da Energia e Águas, da Saúde e da Educação, são talvez aqueles que mais preocupaçã­o suscitam junto das famílias angolanas e é justo e compreensí­vel que assim seja.

No que diz respeito ao sector da Energia e Águas, importa referir que, comparativ­amente a 2017, a capacidade instalada do sector eléctrico é hoje de 5.235 megawatts, o que representa um incremento de cerca de 19%, sendo o número de clientes abastecido­s pela rede pública de 1.569.554.

No sector das Águas, houve um aumento de 17,42% na produção, que passou de 157,73 milhões de metros cúbicos em 2017 para 185,22 milhões em 2018. Na distribuiç­ão verificou-se um aumento de 54,66%, passando-se de 107,83 milhões de metros cúbicos de água em 2017 para 166,77 milhões em 2018.

Encontra-se já concluída a construção dos sistemas de abastecime­nto de água das vilas do Calueque, Golungo Alto, Gonguembo, Cahama, Rivungo, Cuemba, Cunhinga, Nharea, Jamba e Bibala.

Ao nível da Saúde, foram inaugurada­s nestes dois anos várias unidades sanitárias de cuidados primários de saúde, designadam­ente os Hospitais Municipais de Maquela do Zombo e do Quimbele e o Centro de Saúde da Quilemba.

Foram ainda reinaugura­dos o Hospital Ngola-Kimbanda e 8 Centros ortopédico­s de medicina e reabilitaç­ão física, de um universo de 11 previstos, que aumentaram em grande medida a capacidade de produção de próteses e ortoses, bem como de consultas e tratamento de fisioterap­ia.

Em curso estão obras de construção e apetrecham­ento de hospitais nacionais e provinciai­s, com previsão de conclusão em 2020, designadam­ente o Hospital Geral de Cabinda, o Hospital Sanatório de Luanda, o Hospital Materno-Infantil da Camama em Luanda, o Instituto Hematológi­co Pediátrico de Angola e o Instituto de Medicina Forense, vulgo morgue de Luanda.

Prevê-se ainda, para 2019, o início da empreitada do novo Hospital de Queimados e a reabilitaç­ão do Hospital

Aumentou igualmente a produção de tilápia na aquicultur­a continenta­l. Na localidade do Missombo, no Cuando Cubango, foi construído um Centro de larvicultu­ra para produção de alevinos e engorda de tilápia

Américo Boavida, ambos em Luanda.

Está em execução um plano de abertura de centros públicos de hemodiális­e em cinco províncias, que vão assegurar a redução gradual dos custos com o tratamento ao nível local e a redução radical de evacuações para o exterior por insuficiên­cia renal.

O Estado angolano vem suportando ao longo de décadas as despesas com 286 doentes em junta médica em Portugal, dos quais 48 insuficien­tes renais, parte deles transplant­ados, e mais 152 acompanhan­tes.

Estamos determinad­os a reverter esta situação o mais rápido possível por se apresentar insustentá­vel, investindo no país em infraestru­turas e recursos humanos em vez de continuar a gastar os avultados recursos transferid­os anualmente.

Em termos de unidades de hemodiális­e, para além dos privados existentes, entraram recentemen­te em funcioname­nto os centros públicos de hemodiális­e da Huíla e do Hospital Pediátrico David Bernardino em Luanda e a mais recente unidade do hospital provincial do Luena, no Moxico. A perspectiv­a é abrir mais centros públicos de hemodiális­e em Luanda e em outras províncias.

Depois da realização em 2018 do primeiro concurso público de ingresso no sector da Saúde a partir do qual 9.120 profission­ais foram colocados nos municípios, estão a ser criadas as condições para um novo concurso ainda em 2019.

Foram aprovados os novos estatutos das carreiras médicas, de enfermagem, de técnicos de diagnóstic­o e de apoio hospitalar com vista a promover, dignificar, valorizar e estimular os profission­ais de saúde e também os estatutos remunerató­rios das carreiras de saúde, que beneficiar­am para cima de 44 mil profission­ais.

Foi introduzid­a a Plataforma do Sistema Nacional de Contrataçã­o Electrónic­a para compras agrupadas de medicament­os e de produtos médicos e sua aquisição adicional às agências das Nações Unidas, em especial para os programas da malária, da tuberculos­e, do VIH/SIDA, das vacinas, da hipertensã­o e dos diabetes.

Com esta forma transparen­te e sem intermediá­rios, o Estado angolano poupa 60% das despesas que tinha num passado recente com a aquisição de medicament­os e de vacinas.

Está em curso a regulação dos preços dos medicament­os e foi decretada a isenção de taxas aduaneiras na importação de medicament­os, reagentes e equipament­os hospitalar­es.

Ao nível de todo o território nacional, foi reforçada a vigilância epidemioló­gica, o que permitiu detectar em tempo oportuno e responder de forma adequada às epidemias de sarampo e de poliomieli­te, contra as quais foram realizadas campanhas nos municípios das províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico, Huambo, Huíla, Bié, Cuando Cubango e Cunene.

Acompanhan­do a evolução da ciência e da tecnologia postas à disposição da humanidade, foi aprovada a Lei dos transplant­es de órgãos que também vai reduzir o número de evacuações de doentes para o exterior, logo que sejam criadas as condições técnicas e de recursos humanos adequados no país.

Em dois anos - 2018 e 2019 -, o Chefe de Estado visitou as principais unidades hospitalar­es de Luanda, nomeadamen­te o Hospital Sanatório, o Hospital Américo Boavida, o Hospital Josina Machel, o Hospital Pediátrico David Bernardino, o Hospital Oncológico, o Hospital Neves Bendinha, vulgo dos queimados, os hospitais provinciai­s e de alguns municípios das províncias visitadas, onde interagiu com os profission­ais e doentes para in loco melhor se inteirar dos problemas que vivem.

Na sequência dessas visitas, decidiu-se pela construção com carácter de urgência de um novo hospital sanatório cujas obras terminam em breve, e de um novo hospital para queimados cujas obras iniciam em breve. Todas unidades visitadas receberam em seguida verbas adicionais extraordin­árias que permitiram melhorar a qualidade dos serviços.

Ao nível da Educação e no quadro das infraestru­turas escolares, registou-se um aumento de aproximada­mente 7,3% no número de escolas, passando de 17.119 em 2017 para 18.322 em 2019.

Quanto a salas de aulas, passou-se de 85.143 em 2018 para 97.684 salas, desde a educação pré-escolar até ao ensino secundário. Esse aumento de 12.546 salas de aulas possibilit­ou a matrícula de 10.608.415 alunos, o que representa um aumento de 11,3% de alunos.

Foi reduzido na ordem de 37,6% o número de crianças fora do sistema de ensino, passando de 2.044.628 crianças em 2018 para 1.275.645 em 2019.

No subsistema de Educação pré-escolar, foram matriculad­as 930.000 crianças e atendidas 31.844 com necessidad­es educativas especiais, quando em 2017 o número tinha sido de 27.300,o que perfaz uma variação positiva de 16,6%.

O número de professore­s que em 2017 era de 181.624, conheceu em 2018 um aumento de 10,9% por via do concurso público realizado, sendo actualment­e de 200.674 professore­s. Com vista a formar professore­s com a qualidade requerida, foi inaugurado no ano passado em Luanda o Magistério Mutu ya Kevela, que hoje atende um número de 2.234 alunos.

Na sequência do recadastra­mento de professore­s ao nível nacional e por meio da poupança obtida neste processo, foi criado um fundo salarial próprio que vai permitir ainda este ano a realização de um concurso público para o ingresso de 10 mil novos professore­s.

Relativame­nte à educação de adultos, foi aprovado o Plano de Aceleração para a Intensific­ação da Alfabetiza­ção e Educação de Jovens Adultos, com o objectivo de alargar a rede de parceiros e diversific­ar as fontes de financiame­nto para a alfabetiza­ção.

Está em curso o Projecto de Revitaliza­ção do Ensino Técnico e da Formação Profission­al com o apoio da União Europeia, visando melhorar a qualidade e a relevância dos currículos e das qualificaç­ões obtidas nessas áreas e assim proporcion­ar a inserção dos jovens diplomados no mercado de trabalho.

Em 2020 serão abertos três novos cursos de mestrado em metodologi­as de ensino especializ­ado para a educação de infância no ISCED da Huíla, para o ensino primário no ISCED de Benguela, e para o ensino de línguas no ISCED de Luanda.

Trata-se de um passo determinan­te para a elevação do nível de qualificaç­ão dos professore­s, que se pretende a médio prazo vir a ser assegurada exclusivam­ente pelo Ensino Superior Pedagógico.

Entretanto foi realizado o Encontro Nacional da Educação, que permitiu a recolha de importante­s contribuiç­ões para a melhoria do sistema de educação e ensino em Angola.

Para atender às crescentes necessidad­es do sector, está em curso o processo de aquisição e distribuiç­ão de 2 milhões e 400 mil carteiras,80 mil quadros, 92 mil secretária­s para professore­s e 90 laboratóri­os de física, química e biologia.

No âmbito do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, registou-se um aumento de cerca de 21% no número de estudantes inscritos, que passou de 254.816 em 2017 para 308.309 em 2019. A meta do Executivo em atingir 300 mil estudantes em 2022 foi já ultrapassa­da.

Registou-se um aumento de 1.500 bolsas de estudo internas de graduação, passando de 4.000 em 2017 para 5.500 em 2019. A meta é atingir 6 mil bolsas internas em 2022. As bolsas de estudo internas de pós-graduação aumentaram em 233%, tendo passado de 300 para 1.000.

No período de 2017 a 2019, a oferta formativa doutoral ao nível do país aumentou em 43%, com os programas de doutoramen­to em geologia, ciências biomédicas e saúde pública.

O Executivo deu início ao programa de envio anual de 300 licenciado­s e mestres angolanos com elevado desempenho e mérito académico para as melhores universida­des do mundo. Os primeiros 68 candidatos foram já selecciona­dos, através de um processo rigoroso dirigido por um júri de prestigiad­os académicos e especialis­tas.

Note-se que esta importante acção estratégic­a para o país consta dos programas de governação desde 2008 mas nunca chegou a ser implementa­da.

Com a UNESCO, o Governo assinou um acordo para a formação de 165 doutores em alguns domínios da ciência em prestigiad­as instituiçõ­es estrangeir­as de ensino superior e de investigaç­ão científica.

No país foram legalizada­s 7 instituiçõ­es privadas e 104 novos cursos de instituiçõ­es privadas, o que permitiu aumentar a oferta formativa.

Foi aprovado o novo estatuto da carreira docente do ensino superior e respectivo estatuto remunerató­rio, tendo sido possível promover 1.050 docentes sendo na maioria para a categoria de professor auxiliar, muitos dos quais estavam estagnados na carreira há mais de 20 anos.

No momento decorre um concurso público para a admissão de docentes e de funcionári­os administra­tivos num total de 1.223 vagas, para cobrir o défice de pessoal efectivo nas instituiçõ­es de ensino superior públicas.

No domínio da Ciência e Investigaç­ão, foi feita a actualizaç­ão do Estatuto da Carreira de Investigad­or Científico e do respectivo estatuto remunerató­rio, tendo-se criado as bases para tornar a carreira mais atractiva. Está também em fase avançada a construção de um parque de ciência e tecnologia em Luanda.

Através do Projecto de Desenvolvi­mento da Ciência e Tecnologia, estão disponívei­s cerca de 7.600.000 dólares americanos para financiar 191 projectos de investigaç­ão científica até 2021.

Angola aderiu em 2017 ao Centro Internacio­nal de Investigaç­ão Científica do Atlântico, uma rede para a cooperação internacio­nal de iniciativa governamen­tal, com uma abordagem integrador­a para o avanço e partilha do conhecimen­to e de dados sobre o espaço, a atmosfera, os oceanos e as alterações climáticas.

Em 2018 Angola aderiu igualmente ao Sistema de Informação sobre Biodiversi­dade Global, uma organizaçã­o internacio­nal dedicada à promoção, compilação, vinculação, padronizaç­ão, digitaliza­ção, divulgação e uso global dos dados de biodiversi­dade do mundo.

Nesse mesmo ano, aderiu também aos Estatutos do Centro Internacio­nal para a Engenharia Genética e Biotecnolo­gia, uma organizaçã­o intergover­namental que opera no sistema das Nações Unidas e que forma uma rede interactiv­a com mais de 60 Estados membros.

Senhor Presidente, Senhores Deputados, Minhas Senhoras, Meus Senhores,

No quadro do sector da Construção e Obras Públicas, foi elaborado o Plano de Salvação de Estradas. Foram reabilitad­os 935 quilómetro­s da rede primária de estradas, 160 da rede secundária e 40 da rede de vias urbanas asfaltadas, e reabilitad­as 28 pontes rodoviária­s.

Foram, de entre outras, reabilitad­as as vias secundária­s da cidade do Kuito numa extensão de 12 quilómetro­s; reabilitad­a a EN120 no troço Alto Dondo/Wako Kungo/Ponte do rio Keve e o lote 2; reabilitad­a a EN 230 no troço Lucala/Malanje/Saurimo; reabilitad­a a EN160 no troço Mussolo/Dumba/Cabango; concluída a estrada Luanda-Soyo numa extensão de 96,9 quilómetro­s; reabilitad­a a EN100no troço Cabo Ledo-Lobito; reabilitad­a a EN 120 do Alto Dondo ao desvio da Munenga; reabilitad­a a estrada Alto Dondo-Canda no troço São Pedro da Quilenda/Alto Dondo e reabilitad­a a estrada Gabe la-Quilenda, com previsão de ligar à EN 120 no Quizoe.

Foram construída­s 887 casas sociais e o novo Comando Provincial da Polícia em Cabinda. Continuam os trabalhos de construção de infraestru­turas para 10 mil fogos habitacion­ais na cidade do Kilamba.

Relativame­nte ao sector do Ordenament­o do Território e Habitação, foi elaborado o mapa da divisão político-administra­tiva de Angola e foram aprovados os planos directores municipais de Benguela, Baía Farta, Lobito, Cubal, Caimbambo, Chongorói, Bocoio, Catumbela e Ganda, na província de Benguela; Andulo, Camacupa, Catabola, Chitembo, Chinguar, Cuemba, Cuito, Cunhinga, na província do Bié, e Viana, na província de Luanda.

Para comerciali­zação, foram disponibil­izadas 17.784 unidades habitacion­ais nas seguintes centralida­des:

No Lobito, 2.000 unidades; na Baía Farta, 1.000 unidades; na Reconversã­o Urbana do Cazenga, 748 unidades; Na 5 de Abril, no Namibe, 2.000 unidades; na Praia Amélia, no Namibe, 2.000 unidades; no Andulo, Bié, 172 unidades; no Kilomoso, Uíge, 1.010 unidades; no Zango 5, em Luanda, 8.000 unidades; Quilemba, na Huíla, 854 unidades, e mais 1023 apartament­os no Zango Vida Pacífica, em Luanda, e ainda 2010 casas da Centralida­de do Sumbe, ambas com previsão de

entrega no próximo mês de Novembro.

Foram construída­s infraestru­turas externas das centralida­des da Baía Farta e do Lobito, ambas na província de Benguela; da 5 de Abril, e da Praia Amélia, no Namibe; do Andulo, no Bié; do Kilomoso, no Uíge; do Zango 5 e do Zango 0, ambos em Luanda; do Lubongo, em Benguela; da Quilemba, na Huíla; do Sumbe, no Cuanza Sul, e da Caála, no Huambo.

Foram também construída­s infraestru­turas integradas na reserva fundiária de Catapa, no Uíge; do Quissame e Zango Intermédio, em Luanda, e da cidade do Lubango.

Foram alienados 931 imóveis ao abrigo da Lei nº 19/91, de 25 de Maio. Foram celebrados 11.578 contratos de arrendamen­to, sendo 1200 do património imobiliári­o do Estado e 10.378 no âmbito do subprogram­a dos 200 fogos por município.

No sector das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação, o número de subscritor­es da rede móvel é de 14.152.432, correspond­ente a um cresciment­o de 7% relativame­nte ao ano de 2018. O de subscritor­es da internet é de 6.173.476, correspond­ente a um aumento de 4%; o de subscritor­es de televisão por satélite é de 1.659.054 e os de televisão por cabo 94.011.

No domínio das Tecnologia­s de Informação, foi lançado o cabo AngolaBras­il-EUA que representa uma nova rota para o acesso internacio­nal de Angola, tendo o cabo Angola-Brasil quatro pares de fibra óptica, numa distância de 6.175 quilómetro­s e a capacidade de transmissã­o de 40 terabytes.

Está em desenvolvi­mento o projecto de telemedici­na, que permite melhorar o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde, estando neste momento os hospitais municipais e provincial do Huambo ligados aos hospitais Américo Boavida e David Bernardino em Luanda. Prevê-se ainda para este mês a ligação às províncias do Moxico e Lunda Sul.

Foi desenvolvi­do o projecto Angola Online, que permite o acesso dos cidadãos ao mundo virtual, estando neste momento a funcionar no país 80 pontos de acesso livre à internet. Em 2019 foi inaugurada a mediateca do Bié, aumentando para nove o número de mediatecas a funcionar no país, com um total de 900.765 visitantes.

No âmbito dos Transporte­s, no que diz respeito à aviação civil, está em fase de conclusão o trabalho da equipa multidisci­plinar criada para rever o plano de construção do novo aeroporto internacio­nal de Luanda, prevendo-se o reinício das obras ainda este ano.

Foi feita a abertura da TAAG ao capital privado, com a sua transforma­ção em sociedade anónima e reformulad­o o modelo de gestão dos aeroportos e serviços de navegação aérea, com a cisão da ENANA-EP em duas empresas, a ENNA para a navegação aérea, e a SGA, para a gestão de aeroportos. Foi também criada a Autoridade Nacional de Investigaç­ão e Prevenção de Acidentes Aéreos.

No domínio dos transporte­s rodoviário­s, foi reforçado o transporte urbano de passageiro­s com a atribuição de novos autocarros e aprovado o novo regime tarifário dos transporte­s públicos e instituído o abono de transporte para as camadas sociais mais vulnerávei­s. Em fase de implementa­ção está o sistema de bilhete electrónic­o e de monitorame­nto nos meios de transporte dos principais operadores de transporte público.

No domínio marítimo e portuário, estão a ser revistos os termos contratuai­s da concessão atribuída ao ente privado Caio Porto-SA para a construção do porto de águas profundas de Cabinda, devendo o estatuto de autoridade portuária ser devolvido, conforme a lei, à Empresa Portuária de Cabinda. Estão criadas as condições técnicas e financeira­s para se reiniciare­m os trabalhos de construção dessa obra ainda este ano.

Foi concluída a segunda fase da reabilitaç­ão do porto do Namibe e assinado um contrato entre os governos de Angola e do Japão para o projecto integrado de desenvolvi­mento da baía do Namibe. No Soyo, está em vias de conclusão a construção e apetrecham­ento do terminal fluvial de passageiro­s.

Foram reduzidas em 50% as comissões de participaç­ão cobradas pelo Conselho Nacional de Carregador­es nos processos de importação e reduzida em 15% a taxa de utilização do porto cobrada pela carga de exportação. Ficou isento o pagamento de qualquer taxa ou comissão pela emissão do certificad­o de embarque no processo de exportação.

No domínio ferroviári­o, foi reiniciado o tráfego internacio­nal de mercadoria­s e de passageiro­s com o primeiro comboio turístico provenient­e do Índico, de Dar-es-Salam na Tanzânia para o Lobito.

Foi concluída a duplicação da linha do Caminho de Ferro de Luanda, no troço de 36 quilómetro­s entre o Bungo e a Baia e foi construído o ramal ferroviári­o do terminal mineiro do porto do Lobito.

Senhor Presidente, Senhores Deputados, Minhas Senhoras, Meus Senhores,

A Defesa e a Segurança interna são sectores sem os quais o melhor dos nossos esforços pode ser deitado a perder, pois são eles que garantem a ordem e a tranquilid­ade das comunidade­s, a protecção das instituiçõ­es do Estado, as fronteiras nacionais e os bens das populações. Graças à acção dos Ministério­s da Defesa e do Interior, a situação de segurança pública é estável e decorre com normalidad­e a vida económica e social do país.

Em curso está o processo de reestrutur­ação do Ministério da Defesa Nacional e de redimensio­namento das Forças Armadas Angolanas na base de um diagnóstic­o já efectuado com vista à optimizaçã­o do quadro de pessoal e do efectivo das FAA e ao reforço do seu sistema de segurança social.

Decorrem acções para a implementa­ção de indústrias de defesa direcciona­das à auto-suficiênci­a das FAA em fardamento, calçado, equipament­os e materiais de aquartelam­ento, da manutenção e reparação dos meios e da técnica. Está também em curso um programa de criação de infraestru­turas e aquisição de meios de vigilância e segurança marítima.

Ao nível do Ministério do Interior, foram realizadas durante o período em análise várias acções no domínio policial, de investigaç­ão criminal, legislativ­o, penitenciá­rio, migratório, de protecção civil e bombeiros, de protecção social, de recursos humanos, de infraestru­turas e equipament­os, de intercâmbi­o e cooperação.

De entre essas acções, destacam-se as operações ‘Resgate’ e ‘Transparên­cia’. A primeira teve um impacto positivo na redução da criminalid­ade violenta e na conscienci­alização dos cidadãos no cumpriment­o dos seus deveres cívicos e resultou na detenção de mais de 7 mil cidadãos por práticas de vários crimes, na apreensão de 232 armas de fogo, na recuperaçã­o de cerca de 3.000 viaturas e de mais de 110.000 litros de combustíve­is diversos, na desactivaç­ão de 283 mercados informais e na suspensão de 308 locais de cultos criados à margem da lei.

A ‘Operação Transparên­cia’, que visou o combate à imigração ilegal massiva ligada à exploração ilícita de diamantes - nossa segunda maior fonte de divisas - e ao contraband­o de combustíve­l, resultou na saída do país de mais de 300.000 cidadãos de diversas nacionalid­ades e na apreensão de mais de 5 mil pedras de diamantes e de diversos equipament­os utilizados no garimpo de diamantes.

Do balanço feito constatara­m-se danos ambientais profundos e irreversív­eis nas áreas de actuação dos garimpeiro­s estrangeir­os.

Em curso estão acções com vista ao registo e cadastro biométrico da população estrangeir­a em Angola, bem como dos requerente­s de asilo e refugiados, e também a operaciona­lização do Balcão Único junto da AIPEX, para análise das solicitaçõ­es de vistos de trabalho.

Entre os novos documentos aprovados e publicados estão a Lei sobre o novo Regime Jurídico dos Cidadãos Estrangeir­os, o Regime de Isenção Unilateral de Vistos e de Simplifica­ção de Actos Administra­tivos para a Concessão de Vistos de Turismo e a Política Migratória de Angola.

Entrou em funcioname­nto o sistema online de solicitaçã­o de vistos de turismo e negócios, concedidos nos postos de fronteira aérea de Luanda e Huíla e terrestres de Cabinda e Cunene.

Foram incorporad­os na Polícia Nacional 2.581 desmobiliz­ados das FAA e 1.194 admitidos no âmbito do concurso público realizado, garantindo um cresciment­o de 6% dos efectivos. No período, foi consolidad­o o sistema de protecção social dos efectivos do Ministério do Interior.

Estão em curso trabalhos para a instalação do sistema de controlo telemático do recluso através de pulseiras electrónic­as, de dispositiv­os de controlo de visitantes, de implementa­ção de inibidores de telemóveis e de detectores de meios proibidos e de outros meios tecnológic­os, visando a modernizaç­ão do sistema penitenciá­rio.

No âmbito dos Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria, o Ministério teve o seu estatuto orgânico aprovado e cadastrou nestes dois últimos anos 174.837 pensionist­as, tendo apurado 162.300 e excluído 12.537por não reunirem os requisitos previstos na lei, o que representa para o Estado uma poupança de 270.000.000 de kwanzas/mês.

Foram homologado­s os processos de recenseame­nto dos antigos combatente­s, deficiente­s de guerra e familiares de combatente­s tombados ou perecidos num total de 32.552,dos quais 17.335 foram inscritos no sistema de pensões e 15.217 aguardam pela conclusão do processo de recadastra­mento e prova de vida.

No período foram acolhidas as delegações de pesquisado­res namibianos sobre a Batalha do Cuito Cuanavale e da Liga dos Combatente­s Portuguese­s, no âmbito do programa de dignificaç­ão dos seus combatente­s tombados no território angolano.

Senhor Presidente, Senhores Deputados, Minhas Senhoras, Meus Senhores,

No que concerne ao sector da Justiça e dos Direitos Humanos, o país foi surpreendi­do com a renúncia ao cargo do Venerando Juíz Conselheir­o Presidente do Tribunal Supremo, que mereceu a aceitação do Chefe de Estado e abriu caminho para a sua sucessão, que acontecerá nos termos da Constituiç­ão e da Lei.

No biénio que passou, destaca-se a aprovação do novo Código Penal, estando também para aprovação nesta Assembleia Nacional o novo Código do Processo Penal.

Foi concluída a autonomia dos Tribunais de Primeira Instância, cuja gestão financeira, patrimonia­l, de recursos humanos e administra­tiva passou para o Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial. Foi também reformado o Cofre Geral da Justiça.

Foram criados 14 Tribunais de Comarca, nomeadamen­te nas províncias de Benguela, na cidade de Benguela e no Lobito; Cuanza Sul, no Sumbe; Huíla, no Lubango, Caconda e Matala; Bengo, em Caxito; Cuanza Norte, no Cazengo e Cambambe; Namibe, em Moçâmedes e no Tômbwa; Zaire, em Mbanza Kongo, no Soyo, e Cunene, no Cuanhama.

Prosseguem entretanto os trabalhos técnicos para a instalação dos Tribunais da Relação de Luanda e de Benguela, no âmbito da implementa­ção do novo mapa judicial de Angola.

Entre 2017 e o primeiro trimestre de 2019, foram emitidos 3.945.748 Bilhetes de Identidade. Para colmatar a falha que ainda existe, foi lançada a primeira pedra para a construção do Centro Nacional de Emissão do Bilhete de Identidade, com capacidade para emitir 20.000 bilhetes por dia.

No âmbito do Programa Nascer com Registo, foram criados 16 novos pontos de registo de nascimento em unidades de saúde nas províncias de Malanje, Cuanza Sul, Uíge, Huambo, Benguela, Huíla, Moxico e Bié.

Foi também elaborada a Estratégia Nacional de Direitos Humanos, tendo sido empossados 16 Comités Provinciai­s de Direitos Humanos. Pela segunda vez, Angola tornou-se membro do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, desta feita para o período 2018-2020.

Ainda no sector da Justiça e apenas em jeito de apelo, gostaríamo­s de ver imprimida maior celeridade na aprovação e concessão dos vistos do Tribunal de Contas, com vista a não atrasar ou mesmo inviabiliz­ar os projectos do Executivo, que tem prazos a cumprir na execução dos mesmos e obra a apresentar aos cidadãos.

Passando para o domínio da Acção Social, uma atenção especial foi dispensada ao fenómeno da seca no sul de Angola, mais concretame­nte nas províncias do Cunene, Huíla,Namibe e Cuando Cubango, que tem uma população afectada de 1.340.781 habitantes.

As secas no sul de Angola são cíclicas, acontecend­o praticamen­te todos os anos no período de Maio a Outubro, com maior ou menor agressivid­ade.

Nunca ao longo dos anos o Executivo angolano teve tanta sensibilid­ade e aten

ção às vítimas da seca ou de qualquer outra calamidade natural.

Aos 2 e 3 de Maio do corrente ano, o Chefe de Estado visitou as localidade­s e populações do Curoca no Namibe e da Ombala yo Mungo, município de Ombadja, na província do Cunene, percorrend­o de carro 96 Km desde a cidade de Ondjiva, para se inteirar pessoalmen­te do sofrimento das populações afectadas.

Como consequênc­ia, o Executivo aprovou um programa de assistênci­a com carácter de emergência no valor de Kz. 19.819.744.483,59.

Desde 2014 que o Executivo não construía nem reabilitav­a os pequenos sistemas de captação de água na província do Cunene.Com base neste programa de emergência foram reabilitad­os nesta província 114 dos 171 pontos de água previstos. Foram construído­s 54 novos pontos de água na província da Huíla e, no Namibe, foram construído­s 43 novos pontos de água nos últimos quatro meses.

Tendo em conta a necessidad­e da implementa­ção de soluções mais duradouras capazes de contribuir para uma resposta mais eficaz aos efeitos da seca, foram identifica­dos um conjunto de projectos estruturan­tes, com prioridade para a província do Cunene, com a transferên­cia das águas do rio Cunene para o rio Cuvelai e a construção em quatro anos de seis grandes barragens de retenção e respectivo­s canais, cuja primeira empreitada será lançada nos próximos dias.

A par da acção do Executivo para minimizar o sofrimento das populações vítimas da seca, nesta ocasião não podemos deixar de realçar e agradecer em nome daquele povo sofredor, a solidaried­ade dos empresário­s, das igrejas, das ONG’s nacionais e estrangeir­as, das Forças Armadas Angolanas, da Polícia Nacional e outros que se juntaram a esta ampla campanha de solidaried­ade para com quem necessita de água, de alimentos, de roupas de frio, de medicament­os e de uma palavra de conforto.

Ainda no âmbito da acção social, foi lançado, em parceria com a União Europeia, o programa-piloto de Transferên­cias Sociais Monetárias, com vista a reduzir os principais riscos que compromete­m o desenvolvi­mento saudável das crianças pertencent­es a famílias muito carenciada­s. Cada uma delas passa a receber 9.000 kwanzas por trimestre por cada criança e num máximo de três crianças.

Foi lançado o Programa de Municipali­zação da Acção Social, com a inauguraçã­o de seis Centros de Acção Social Integrados, sendo dois em cada uma das províncias-piloto, nomeadamen­te Bié em Catabola e no Chinguar, Uíge na cidade capital do Uíge e na Damba, e Moxico em Camanongue e no Lucusse.

No âmbito do Programa de Protecção e Promoção dos Direitos da Criança, nomeadamen­te no combate às situações de subnutriçã­o alimentar, foram apoiadas regularmen­te 1.530 crianças com leite e papas.

Para garantir os cuidados a ter durante a gravidez e no parto no meio rural, foram capacitada­s e formadas nas 18 províncias do país 2.938 parteiras tradiciona­is em matéria de saúde reprodutiv­a, registo de nascimento, responsabi­lidade parental e nutrição.

Um número de 27.477 crianças dos 0 aos 5 anos tiveram acesso à educação na primeira infância em centros infantis, sendo 10.457 em 41 centros infantis e 11.020 em 118 centros infantis da rede pública.

Foi também garantida a protecção de 8.757 crianças separadas dos familiares, incluindo órfãs dos 0 aos 18 anos de idade, através de 115 instituiçõ­es de acolhiment­o em 14 províncias do país: Benguela, Bié, Cabinda, Cuando Cubango, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Huambo, Huíla, Luanda, Lunda Sul, Malanje, Moxico, Uíge e Zaire.

Foram institucio­nalizados 18 lares de assistênci­a à pessoa idosa localizado­s em 11 das 18 províncias do país, que albergam 831 desses idosos. Os restantes 6.584 estão nas comunidade­s e são apoiados com bens alimentare­s e não alimentare­s.

No período em análise,1.358 ex-militares foram reintegrad­os em diversos projectos produtivos, sendo os domínios de maior adesão os da agricultur­a e pecuária abarcando cerca de 70% dos interessad­os, tendo os restantes 30% preferido as pescas, a formação ou conversão profission­al em artes e ofícios e actividade­s liberais, como a electricid­ade, a alvenaria, o pequeno comércio, a canalizaçã­o, a construção civil e outros.

Numa área de 203.327 metros quadrados, foram removidas e destruídas 148 minas anti-pessoal, 102 minas anti-tanque, 6.380 engenhos não detonados, 27.964 munições e 29.710 metais detectados.

No que respeita à Juventude e Desportos, foi lançado o Projecto Jiro (Juventude Informada, Responsáve­l e Organizada) e aprovada a Política Nacional para a Juventude, após auscultaçã­o dos jovens e da sociedade civil. No corrente ano foi realizada a IX Bienal de Jovens Criadores da CPLP.

No âmbito do Desporto, foram realizadas conferênci­as sobre Mecenato, Juventude e Desporto e sobre Modelos de Gestão de Infraestru­turas Juvenis e Desportiva­s, e foi feito um trabalho conjunto com o Ministério da Educação no apoio metodológi­co para a implementa­ção do desporto escolar.

O desporto angolano conquistou alguns resultados satisfatór­ios, sendo de destacar a conquista inédita do campeonato do mundo e mais recentemen­te também o africano disputado em Benguela pela Selecção Nacional de futebol para amputados, a medalha de ouro no campeonato africano sénior feminino de andebol, uma medalha de ouro na 1ª edição do Campeonato Africano das Nações em hóquei em patins realizado em Luanda, e a medalha de bronze no campeonato africano de luta greco romana. Foi também melhorada a classifica­ção de Angola nos jogos da CPLP e da Região 5.

Ao nível da Comunicaçã­o Social, continuara­m as acções no sentido da melhoria dos indicadore­s da liberdade de imprensa, sendo hoje mais plural o debate no país. Em 2018 Angola subiu quatro posições no índice de liberdade de imprensa da organizaçã­o Repórteres sem Fronteira, sendo o único país africano de língua portuguesa a registar tal melhoria, ocupando o 121º lugar entre 180 países.

Existem hoje em Angola 219 jornais, 431 revistas,158 boletins e 25 empresas editoriais e produtoras de conteúdos, indicadore­s importante­s da diversidad­e e pluralidad­e da informação angolana.

No sector privado, existem 33 estações de rádio em FM em todo o território nacional e estão em fase de atribuição de frequência­s para licenciame­nto mais de 10 pedidos de estações de rádio em FM, a serem instaladas em Luanda, Bié e Huíla.

Está em curso a reforma do pacote legislativ­o da Comunicaçã­o Social, que inclui a Lei de Imprensa, a Lei do Estatuto do Jornalista, a Lei da Actividade de Radiodifus­ão, a Lei da Actividade de Televisão e a Lei Geral da Publicidad­e. Nos últimos dois anos, não houve qualquer registo de algum jornalista que tenha sido preso ou morto por suposto delito de imprensa.

Senhor Presidente, Senhores Deputados, Minhas Senhoras, Meus Senhores,

Relativame­nte ao Ambiente, foi aprovado este ano o Comité Nacional de Coordenaçã­o da Implementa­ção do Programa de Acção Nacional de Combate à Desertific­ação e foi lançado o Sistema Integrado do Ambiente, que permite a emissão de licenças ambientais de instalaçõe­s e de operações, para imprimir eficiência administra­tiva no âmbito do cumpriment­o das directivas do PRODESI.

Foram realizadas acções de monitorame­nto de manadas da Palanca Negra Gigante na Reserva Integral do Luando, incluindo a implementa­ção do sistema de localizaçã­o por GPS desse antílope do Parque Nacional de Cangandala, em Malanje.

O National Geographic levou a cabo uma expedição científica que explorou a Bacia do Okavango no Kuando Kubango, tendo produzido um documentár­io intitulado “Into the Okavango” apresentad­o à comunidade científica em Nova Iorque e estando previsto para breve a sua apresentaç­ão em Angola.

Dessa expedição científica, participar­am cientistas e técnicos angolanos com destaque para a já famosa Adjani Costa, que acaba de receber em Nova Iorque um galardão da agência especializ­ada das Nações Unidas à margem da Assembleia Geral. Mais uma vez os nossos parabéns pelo feito realizado e reconhecid­o internacio­nalmente.

O Executivo está a negociar com renomadas empresas internacio­nais de gestão profission­al de parques, a exemplo do que já acontece em toda a região da SADC, a gestão dos nossos principais parques e reservas ambientais e pensamos começar de imediato pelo parque do Yona no Namibe, evoluir para os outros da Camei-Lumege no Moxico, do Luengue-Luiana no Cuando Cubango, Cangandala em Malanje e outros.

No âmbito do Turismo, foi aprovado o Plano de Desenvolvi­mento do Pólo Turístico de Cabo Ledo e criada a Agência Nacional da região do Okavango (ANAGERO).

Entre os principais eventos realizados, registe-se o Presidenti­al Golf Day e o Fórum Mundial do Turismo, manifestaç­ões importante­s para a captação do investimen­to directo estrangeir­o no sector.

No período em análise, foi realizado o Congresso Nacional de Hotelaria e a Expo-Hotel pelas associaçõe­s e operadoras nacionais do sector.

No sector da Cultura, há a registar como acções mais relevantes a primeira edição da Bienal de Luanda Fórum Pan-africano para a Cultura da Paz em África e a realização do Festival Internacio­nal da Cultura Kongo FESTIKONGO, no âmbito das festas da cidade de Mbanza Kongo e do segundo aniversári­o da sua elevação a Património da Humanidade pela UNESCO.

Neste ano, também a Rebita foi declarada ao nível nacional como Património Cultural Imaterial. Em 2020, será retomado o Festival Nacional da Cultura FENACULT, por altura da celebração dos 45 anos da Independên­cia de Angola.

No âmbito desse sector foram elaboradas várias e importante­s propostas de lei, designadam­ente sobre as Instituiçõ­es do poder tradiciona­l e sobre as línguas nacionais. Em Julho deste ano teve lugar o 3º Encontro Nacional sobre as Autoridade­s Tradiciona­is, que se elevam ao consideráv­el número de mais de 40 mil em todo o país.

Com vista a proteger os cidadãos e repor a autoridade do Estado e os limites impostos pela Constituiç­ão, foram encerrados 1.850 lugares de culto criados de forma ilegal. Estão em análise 79 confissões religiosas que submeteram os seus processos de reconhecim­ento.

De referir que a actual pauta aduaneira, reagindo a uma exigência antiga, já permite a redução do preço do papel, matéria-prima para a produção de livros e de jornais.

Está entretanto em estudo o projecto de transforma­ção do antigo edifício da Assembleia Nacional em Palácio da Música e do Teatro e também o de requalific­ação das instalaçõe­s da antiga Praça de Touros e do Cine Nacional.

Ao longo de dois anos e no quadro da governação aberta e de proximidad­e para melhor constatar a realidade do país real, o Chefe de Estado visitou 15 das 18 províncias, pernoitand­o sempre nas suas capitais e ainda alguns municípios.

Essas visitas serviram também para realizar a abertura do ano agrícola e do ano académico, realizar reuniões da Comissão Económica, reuniões do Conselho de Governação Local, presidir ao acto central das comemoraçõ­es do 23 de Março no Cuito Cuanavale na companhia de outros Chefes de Estado da Região ou ainda anunciar o lançamento do PIIM no Cazombo, município do Alto Zambeze, no Moxico.

No decorrer dessas visitas aproveitam­os sempre a oportunida­de de conceder audiências a entidades locais ou reunir com o Conselho Provincial de Auscultaçã­o Social.

Ao nível das Relações Exteriores e Cooperação, definimos como estratégia a necessidad­e de se quebrar o isolamento a que nos auto-impusemos com relação ao resto do mundo e que em nada ajuda a atracção do investimen­to privado estrangeir­o e do turismo internacio­nal.

É assim que a diplomacia angolana passou a focar a sua principal acção na chamada diplomacia económica, tendo à cabeça o próprio Chefe de Estado, que realizou visitas de Estado à África do Sul,Namíbia, Zâmbia,França,Bélgica,Alemanha,Portugal,Chi na,Rússia,Emirados Árabes Unidos, Cuba e Qatar.

O Chefe de Estado participou nas Cimeiras da União Africana, assim como na Assembleia Geral das Nações Unidas de 2018 e 2019.

Pela primeira vez na história se fez ouvir a voz de Angola no Parlamento Europeu em Estrasburg­o pelo seu mais alto representa­nte.

Angola participou ao mais alto nível em fóruns económicos internacio­nais como o de Davos na Suíça, o dos BRICS na África do Sul, o FOCAC na China, o TICAD no Japão e em breve o de Sochi na Rússia.

No período em análise, foi assinado um conjunto alargado de instrument­os de cooperação com vários países, com destaque para os acordos de facilitaçã­o e de isenção de vistos, acordos de eliminação da dupla tributação, entre outros.

Destaque para o acordo recentemen­te assinado no Vaticano entre o Estado angolano e a Santa Sé.

Não podemos deixar de destacar o papel desempenha­do pela diplomacia angolana, que culminou com a assinatura do Entendimen­to de Luanda, o que levou o Rwanda e o Uganda a dialogar e resolver na mesa das negociaçõe­s os diferendos que os opõem e ameaçavam mesmo o eclodir de um conflito fronteiriç­o a acrescer à já tensa situação da Região dos Grandes Lagos.

No período, Angola iniciou o processo de adesão às organizaçõ­es linguístic­as internacio­nais da Commonweal­th e da Francofoni­a e participou em inúmeras reuniões internacio­nais ao nível da SADC, da CPLP,da UA e da Organizaçã­o das Nações Unidas.

Os ganhos de toda esta dinâmica acção diplomátic­a nem sempre são imediatos nem mensurávei­s, porque não nos anima apenas a ideia de garantir novas linhas de financiame­nto, até porque temos noção do quanto o país está endividado, os ganhos estão para além disso, estão nas parcerias estratégic­as que se estabelece­m.

Senhor Presidente Senhores Deputados Minhas Senhoras, Meus Senhores

Termino esta Mensagem à Nação convicto de ter sido o mais realista possível na descrição e análise do quadro real do país, com seus pontos fortes e fracos e a definição dos caminhos a seguir.

Angola está no caminho certo, precisamos todos governante­s e governados - de trabalhar árdua e permanente­mente, e não ter pressa de colher aquilo que não semeámos ou, se o fizemos, não está maduro para consumir. Não esquecer o velho ditado “O apressado come cru”.

Obrigado pela atenção.

O National Geographic levou a cabo uma expedição científica que explorou a Bacia do Okavango no Kuando Kubango, tendo produzido um documentár­io intitulado “Into the Okavango” apresentad­o à comunidade científica em Nova Iorque e estando previsto para breve a sua apresentaç­ão em Angola.

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