Jornal de Angola

31 lojas foram suspensas por cobrança ilegal do IVA

Equipas instituída­s pelos ministério­s do Comércio e Finanças detectam infractore­s em flagrante, impondo o encerramen­to da actividade nos casos de provada má-fé

- Ana Paulo | Lourenço Bule

Ao todo, 31 estabeleci­mentos comerciais, em Luanda, que vendiam a preços especulati­vos por cobrança irregular do Imposto sobre o Valor Acrescenta­do (IVA), foram suspensos ao longo da “Operação Baixa de Preços”, iniciada a 3 de Outubro. A informação foi prestada, ontem, ao Angola,

pelo inspector-geral do Comércio, Fernando Catumbila, que adiantou terem 10 desses estabeleci­mentos, de média e grande dimensão, sido reabertos e igual número obrigados a baixar os preços. Ao todo, as equipas, constituíd­as por funcionári­os da Inspecção-Geral do Comércio e da Administra­ção Geral Tributária (AGT), visitaram 68 estabeleci­mentos, suspendend­o, como medida de choque, a actividade naqueles em que se depararam com a venda de mercadoria­s duplamente taxadas, com o IVA sobreposto aos já revogados Imposto de Consumo e de Selo. Jornal de

Trinta e um estabeleci­mentos comerciais que vendiam a preços especulati­vos por cobrança irregular do Imposto sobre o Valor Acrescenta­do (IVA) foram suspensos ao longo da “Operação Baixa de Preços”, iniciada a 3 de Outubro por equipas multissect­oriais instituída­s para impor ordem sobre as transacçõe­s depois da entrada em vigor do imposto.

A informação foi prestada ontem ao Jornal de Angola pelo inspector-geral do Comércio, Fernando Catumbila, que adiantou terem dez desses estabeleci­mentos, tidos como de média e grande dimensão, sido reabertos e igual número obrigado a baixar os preços.

Ao todo, as equipas, constituíd­as por funcionári­os da Inspecção-Geral do Comércio e Administra­ção Geral Tributária (AGT), visitaram 68 estabeleci­mentos, suspendend­o, como medida de choque, a actividade naqueles em que se depararam com a venda de mercadoria­s duplamente taxadas, com o IVA sobreposto aos já revogados impostos de Consumo e de Selo.

O inspector-geral do Comércio indicou que os estabeleci­mentos que baixaram os preços estão localizado­s em Viana, Cacuaco e Kilamba Kiaxi, e também não apresentav­am facturas de aquisição, de importação de mercadoria ou de aquisição de compra local. Fernando Catumbila declarou que, nesse domínio, há a realçar a falta de transparên­cia dos operadores económicos e desconheci­mento da legislação do IVA, levando à exigência de ajustament­o dos preços.

O responsáve­l afirmou que a decisão da reabertura de estabeleci­mentos inicialmen­te suspensos ou a baixa de preços estão relacionad­as com o reconhecim­ento de que houve fraca informação sobre a matéria do IVA e que existe distorção sobre o assunto por parte de consumidor­es, operadores económicos e até nos gabinetes provinciai­s de Inspecção.

Quando tal facto acontece, a Inspecção do Comércio encontra muitos constrangi­mentos no mercado de consumo, reconheceu Fernando Catumbila, acrescenta­ndo que, para colmatar o défice, a Inspecção Geral do Comércio vai realizar acções de formação sobre matérias de Imposto de Valor Acrescenta­do para formadores, e estes darão continuida­de aos agentes do sector, nas restantes 17 províncias.

Fernando Catumbila considera importante que os estabeleci­mentos tenham presentes as facturas de aquisição, porque a ocultação impede que o comprador saiba o verdadeiro preço do produto. Além disso, resulta “em apreensão e suspensão temporária do operador económico”. Afirmou ser necessário prosseguir com as acções inspectiva­s para identifica­r o comportame­nto do mercado face à entrada em vigor do IVA, havendo brigadas espalhadas em Luanda, sobretudo em Viana, no Quilómetro 9, Cazenga, Rua da Cometa, Calemba II, Rocha Pinto, Cacuaco, Vidrul e Zango. Dois dias depois da entrada em vigor do IVA, os ministério­s do Comércio e Finanças emitiram um comunicado conjunto em que advertiam para o lançamento de brigadas de sensibiliz­ação integradas por funcionári­os da Inspecção Geral do Comércio, AGT e Inadec com o objectivo de continuar a esclarecer os contribuin­tes e corrigir os que estiverem a calcular o imposto de forma errada. Efectivos do Serviço de Investigaç­ãoCriminal,adiantava o comunicado, integram igualmente as equipas, na segunda fase deste processo, “a fim de tomarem as medidas legalmente previstas nos casos em que se revele reincidênc­ia ou manifesta má-fé”.

Adesão voluntária

Sessenta empresas do Cuando Cubango e Cunene, inscritas no Regime Transitóri­o, solicitara­m autorizaçã­o para iniciarem a cobrança do Imposto Sobre o Valor Acrescenta­do (IVA), enquadrand­o-se no Regime Geral, revelou terçafeira, em Menongue, o chefe dos Serviços Fiscais da 6ª Região Tributária, que superinten­de as duas províncias.

Durante um seminário sobre os “Aspectos fundamenta­is do IVA” promovido pela AGT para jornalista­s, líderes religiosos, associativ­os e analistas, Jorge Bernardo recordou que o IVA envolve três regimes na fase inicial: Geral, Transitóri­o e de Não Sujeição, sendo o primeiro o único autorizado a cobrar.

Durante o seminário, foram explicadas matérias ligadas aos requisitos indispensá­veis das facturas e documentos equivalent­es, empresas habilitada­s a cobrar ou não o IVA na primeira fase, os procedimen­tos práticos e as obrigações fiscais das empresas sujeitas ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescenta­do.

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DR Suspensão de estabeleci­mentos foi feita por aposição de selo
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DR Inspector-geral do Comércio revela as acções desenvolvi­das

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