Jornal de Angola

Assinado acordo com OIT para País de Trabalho Decente

- Edivaldo Cristóvão

A Organizaçã­o Internacio­nal do Trabalho (OIT) e o Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social assinaram, ontem, em Luanda, um acordo que põe em prática o Programa para o País Trabalho Decente (PPTD), para promover a justiça social entre trabalhado­res e empregador­es.

O acordo foi testemunha­do pelo representa­nte da ONU em Angola,Paulo Baladeli, e os ministros das Relações Exteriores, Manuel Augusto, da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Inglês de Almeida Alves, e da Juventude e Desportos, Ana Paula Sacramento.

De acordo com o ministro Jesus Maiato, o programa foi definido com três prioridade­s: formalizaç­ão das empresas e dos trabalhado­res da economia informal para a economia formal, promoção da empregabil­idade dos jovens e reforço do diálogo social tripartido e prática da negociação colectiva. O memorando faz parte de uma recomendaç­ão da OIT, feita em 2004, no sentido de os Estados-membros adoptarem um programa sobre trabalho decente, onde participem parceiros sociais e o Executivo.

O programa vai até 2022, com um orçamento de cerca de cinco milhões de dólares, financiado por países membros, como a Noruega e o Japão. A parte angolana tem a responsabi­lidade de criar, localmente, as condições para os peritos trabalhare­m.

Algumas acções estão já em curso, como a elaboração do diploma sobre a negociação colectiva.

Jesus Maiato esclareceu que acordos do género permitem que os empregador­es e trabalhado­res cumpram a Legislação Laboral.

O programa não contempla a redução do índice de desemprego, mas estabelece metas de melhoria de condições de prestação de trabalho.

A directora Regional da OIT, Aminata Maiga, considera que Angola tem cumprido as metas estabeleci­das pela organizaçã­o. E aponta a Convenção 144 Tripartida, que permite um diálogo permanente entre Governo, empregador­as, trabalhado­res e parceiros sociais.

O ministro das Relações Exteriores destacou o facto de Angola estar “a par das boas práticas e procurar cumpri-las”. “O trabalho decente inscreve-se na agenda dos Direitos Humanos, por dar dignidade aos trabalhado­res”, disse Manuel Augusto.

O representa­nte da ONU em Angola, Paulo Baladeli, manifestou-se entusiasma­do com o trabalho de Angola e referiu que o acordo permite à população ter trabalho digno.

O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhado­res AngolanosC­onfederaçã­o Sindical (Unta-CS), Manuel Viage, considera o acordo um instrument­o muito importante para os trabalhado­res.

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DR Trabalhado­res e empregador­es ganharam ontem um instrument­o para promover justiça social

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