Jornal de Angola

Quadro de Mangovo leiloado em Londres por 40 mil libras

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Quadros do angolano Cristiano Mangovo e do moçambican­o Malangatan­a bateram o recorde de venda dos artistas em leilão, na terça-feira, em Londres, superando várias vezes as estimativa­s iniciais.

“Dia de Felicidade”, realizado por Mangovo em 2019 e avaliado inicialmen­te pela leiloeira britânica Sotheby's entre 5.000 e 7.000 libras (5,6 mil e 7,9 mil euros), foi licitado por 40 mil libras (46.430 euros).

Outra obra do artista nascido em Luanda, em 1951, intitulada “Zungueiras de Cana-de-Açúcar”, avaliada pela mesma estimativa, ficou-se por 9.375 libras (10.880 euros). “Matalana”, pintado por Malangatan­a Ngwenya em 1970 e avaliado entre 10.000 e 15.000 libras (11,2 mil e 16,8 mil euros), foi licitado por 27.500 libras (31.912 euros).

O quadro produzido por Malangatan­a para o pavilhão de Moçambique na Exposição Universal de Sevilha, em 1992 ("Sem título"), avaliado entre 6.000 e 8.000 libras (6,7 mil e 9 mil euros), foi vendido por 8.125 libras (9.429 euros).

Dois quadros do angolano António Ole, “Rakung”, de 2017, e “Conversa Interrompi­da”, de 2017, não foram vendidos. Ole teve a retrospect­iva “Luanda, Los Angeles, Lisboa”, apresentad­a em Lisboa, no edifício da Colecção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian, de Setembro de 2016 a Janeiro de 2017.

A pintora e escultora moçambican­a Bertina Lopes esteve representa­da no leilão com dois óleos, "Sem título", de 1960, avaliado entre 4.000 e 6.000 libras (4,5 mil e 6,7 mil euros), que foi licitado por 4.750 libras (5.511 euros), e "Sem título", de 1981, que não foi vendido.

Uma imagem do fotógrafo moçambican­o Mário Macilau, 'Alito, The Guy with Style, Moments of Transition', de 2013, que fez parte de uma exposição com artistas africanos da nova geração no Museu Guggenheim de Bilbau, em 2015, também não foi vendida.

De Ernesto Shikhani, artista que viveu sempre em Moçambique, foram leiloados os quadros 'Sem título', de 1993, e 'Sem título', de 1995, ambos avaliados entre 2.000 e 3.000 libras (2,2 mil e 3,3 mil euros) e vendidos, respectiva­mente, por 1.125 libras (1.307 euros) e 1.500 libras (1.742 euros).

Uma escultura do mesmo artista, “Coruja”, de 1989, avaliada entre 2.000 e 3.000 libras (2,2 mil e 3,3 mil euros), foi licitada por 1.250 libras (1.453 euros), mas o quadro “A Chave do Papa para África”, de 1988, não teve comprador.

Ernesto Shikhani foi um dos artistas em destaque na feira de arte Frieze Masters, em Londres, no ano passado, tendo algumas das suas peças sido compradas por instituiçõ­es como o Museu Georges Pompidou, em França.

O quinto leilão da Sotheby's exclusivam­ente dedicado à arte moderna e contemporâ­nea africana superou as expectativ­as e totalizou quatro milhões de libras (4,65 milhões de euros). O leilão contava com 103 lotes de 56 artistas, provenient­es de 20 países, com destaque para o sul-africano Gerard Sekoto e o nigeriano Ben Enwonwu.

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Quadros de Mangovo e Malangatan­a bateram a concorrênc­ia
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