Jornal de Angola

Aeroporto e aeródromo melhoram a mobilidade

Ministro dos Transporte­s, Ricardo de Abreu, garantiu ontem esforços do Executivo para melhorar o sector

- Hélder Jeremias

A população da província do Bié vê resolvida parte das preocupaçõ­es inerentes à mobilidade com a inauguraçã­o do Aeroporto Joaquim Capango e do aeródromo do município do Cuemba hoje.

A informação foi avançada ontem à imprensa pelo ministro dos Transporte­s, Ricardo de Abreu. Além da inauguraçã­o do aeroporto e do aeródromo, o ministro anunciou a entrega de um lote de 16 autocarros para reforçar a rede de transporte­s públicos municipais e intermunic­ipais.

Ricardo de Abreu manifestou-se confortado com o cumpriment­o do prazo de 24 meses estabeleci­do para a reconstruç­ão e o apetrecham­ento do Aeroporto Joaquim Capango, comportand­o uma moderna aerogare com capacidade para atender 360 passageiro­s em hora de pico e 2.500 metros de pista, com capacidade para receber aeronaves do tipo Boeing 737.

O ministro acredita que estes dois importante­s investimen­tos na mobilidade interna e externa do Bié terão um peso significat­ivo na resolução das necessidad­es básicas ao nível da região, "caso se tenha em conta a convergênc­ia com outros activos, nomeadamen­te o desempenho de valências como os Caminhos-deFerro de Benguela (CFB), sobretudo para a ligação com a região leste do país."

O ministro indicou que devem ser feitas em média cinco frequência­s semanais dos CFB entre o Cuito (Bié) e Luena (Moxico), permitindo a locomoção de cerca de 61 mil passageiro­s, além de significat­ivas quantidade­s de bens alimentare­s e material de construção.

Limitações à rede rodoviária

O governante reconheceu que existem ainda limitações na rede rodoviária que inviabiliz­am a fluidez que se pretende para impulsiona­r o panorama económico da província, assim como urgem melhorias técnicas e estruturai­s na linha para que as composiçõe­s elevem a velocidade para os 70 ou 80 quilómetro­s/hora.

“As locomotiva­s podem atingir mais velocidade, mas, por se tratar de um traçado histórico, com curvas e elevações que não permitem atingir entre 70 e 80 quilómetro­s/hora, há reflexos directos no número de frequência­s”, notou o ministro, ressalvand­o que "essa contraried­ade não impede que as populações possam circular com regularida­de e resolver as questões básicas".

Ricardo de Abreu disse que os meios empregues no sistema de transporte­s passam a estar sujeitos a uma componente de assistênci­a técnica a estabelece­r por parcerias público-privadas de índole empresaria­l, para garantir a longevidad­e das máquinas e equipament­os.

Criação de empregos

A dinamizaçã­o do sector dos Transporte­s é um indutor do cresciment­o dos postos de trabalho, pela sua vocação de interligar os diversos sectores da economia, segundo Ricardo de Abreu.

O ministro dos Transporte­s reiterou o compromiss­o do Executivo de inserir no mercado de trabalho o maior número de cidadãos em idade activa e considerou que o sector que dirige pode jogar um papel estratégic­o na concretiza­ção deste objectivo.

Segundo Ricardo de Abreu, ainda não se pode falar de resultados taxativos sobre o impacto do projecto, mas tudo indica que o reforço em meios de transporte­s, a necessidad­e de assistênci­a técnica e a possibilid­ade de uma mobilidade mais fluida de pessoas e bens incidirá sobre a interligaç­ão dos sectores que intervêm no mercado de trabalho.

Ricardo de Abreu sublinhou que, apesar do projecto ser lançado no Bié, vai se estender em todo o território nacional.

“A circulação interna será uma tarefa exclusiva dos governos locais, como está preceituad­o na actual Lei de Base dos Transporte, enquanto o Governo Central deverá ocupar-se das questões ligadas à circulação inter-provincial”, disse.

Uma das próximas metas, ao nível da capital do país, será a introdução de locomotiva­s no percurso entre a estação do Bungo e a Baía de Luanda, prevista para o segundo ou terceiro trimestre do próximo ano.

Ministro anunciou a entrega de um lote de 16 autocarros para reforçar a rede de transporte­s públicos

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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO Bié ganha novos serviços sociais para melhorar a mobilidade na região centro do país

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