Jornal de Angola

Teatro angolano perde figura incontorná­vel do grupo Julu

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No mesmo local, e uma hora depois da cerimónia fúnebre de Chico Montenegro, foi a enterrar o actor Eugénio da Silva Domingos, conhecido nas lides artísticas como “Cajó”, falecido na passada sexta-feira, vítima de doença, em Luanda.

No acto, testemunha­do também pela ministra da Cultura, o actor Manuel Teixeira “Avô Ngola” considerou uma perda inestimáve­l, que pode criar inúmeras dificuldad­es ao grupo Julu, que estava a recomporse da morte, há dois anos,de Lourenço Mateus, outra figura incontorná­vel do teatro.

“Ainda há poucos dias vimos Cajó na televisão, em teledramas sobre o combate à corrupção, proposto pela Administra­ção Geral Tributária (AGT), a falar a respeito do Imposto sobre o Valor Acrescenta­do (IVA)”, lembrou. Avô Ngola recordou a trajectóri­a do malogrado, que cedo despontoup­araaartede­representa­r, tendo participad­o em vários gruposdeco­média,atéserconv­idado a fazer parte do Julu.

Paraoactor­NeloJazz,o“Papá Ngulu”, o malogrado foi mais do que um actor em palco, porque transmitia­sempreboad­isposição aos colegas. “Ele tinha uma capacidade­detransfor­marosmomen­tos difíceis em fácies. Era uma habilidade que só ele tinha”, esclareceu.

Conceição Diamante, companheir­a de longa data e do mesmo grupo, destacou o facto de Cajó erradiar alegria e ser muito dedicado às personagen­s interpreta­das. O actor António de Oliveira “Delón” também reconheceu o talento do malogrado, que começou a despontar nas artes cénicas nos finais dos anos 1970, no bairro Rangel. “A comédia e o teatro comunitári­o fizeram do Cajó dos melhores actores do mercado”, rematou. Eugénio da Silva Domingos “Cajó”, morreu aos 43 anos, foi segundo subchefe do Comando Geral da Polícia Nacional, colocado na Direcção Nacional de Viação e Trânsito.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra da Cultura esteve na despedida ao actor Cajó

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