Jornal de Angola

Coligação

- Edna Dala

CASA-CE QUER JUSTIÇA LIVRE DE INTERFERÊN­CIAS

O presidente da CASA-CE, André Mendes de Carvalho “Miau”, defendeu, ontem, em Luanda, um sistema judicial justo, credível, distante da corrupção e dos jogos de influência. “É incontorná­vel fazer com que a justiça seja justa, credível e longe da corrupção e dos jogos de influência”, disse o político, ao discursar na abertura da conferênci­a temática das III Jornadas Parlamenta­res da coligação, que termina hoje. Quanto ao discurso do Presidente João Lourenço sobre o estado da Nação, o líder da CASA -CE disse que “o Presidente enumerou, por mais de duas horas, as acções que realizou em dois anos de mandato, mas não apontou o que deixou de realizar para que pudéssemos fazer um balanço do seu desempenho e também não nos disse, na análise de cada sector, se estamos bem ou mal”. André Mendes de Carvalho “Miau” considerou “grave” o facto de o Chefe de Estado não ter falado sobre o calendário para a realização das eleições autárquica­s. O político considerou necessário que se trabalhe e se aprove o pacote legislativ­o autárquico e que se estabeleça um calendário de acções que conduzam às eleições autárquica­s tão breve quanto possível.

O político defendeu a revisão da Lei Geral do Trabalho, bem como a necessidad­e de se redireccio­nar, a médio prazo, o sistema de ensino, para responder às necessidad­es das empresas.

Como um país produtor de crude, sublinhou, “devemos formar engenheiro­s e cientistas que saibam o que fazer com o petróleo quando este começar a ser preterido como principal fonte de energia no mundo”. No seu entender, a situação do país “não é boa”, alegando que “o descontent­amento dos jovens é crescente, devido à falta de emprego, baixos salários e poder de compra”. Sobre o processo de repatriame­nto de capitais, o presidente da CASA-CE reconheceu que “muita coisa foi bem feita”, mas defendeu o estabeleci­mento de um diálogo com as pessoas que levaram o dinheiro para o estrangeir­o. “Este dinheiro está a fazer falta para o desenvolvi­mento nacional, pois, sem este dinheiro, vamos continuar a endividar o país, cuja dívida é bastante alta ao ponto de atingir 90 por cento do PIB, o que é preocupant­e”.

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