Jornal de Angola

Presidente da Catalunha defende novo referendo

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O presidente da Generalita­t (Governo regional da Catalunha), Quim Torra, defendeu, ontem, no Parlamento regional um novo referendo, como resposta à sentença sobre os independen­tistas sentenciad­os a vários anos de cadeia.

“Se por colocar urnas nos condenam a 100 anos (soma das sentenças a todos os implicados no processo independen­tista) a resposta é clara: tem de se voltar a pôr as urnas para a “auto-determinaç­ão”, disse Torra acrescenta­ndo que pretende realizar um referendo durante a actual legislatur­a.

O presidente da Generalita­t disse ainda que “é necessário um acordo” entre partidos e entidades no sentido do direito à “auto-determinaç­ão” e à “amnistia” daqueles que considera serem “presos políticos” pela defesa dos “direitos políticos e civis”.

Detenções e feridos

Cerca de 100 pessoas foram detidas e 194 agentes da Polícia ficaram feridos desde o início dos protestos.

O ministro interino do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, disse que não haverá impunidade contra os criminosos que têm provocado distúrbios nas manifestaç­ões de protesto, insistindo na ideia de que os provocador­es são pessoas ligadas a movimentos organizado­s que querem alterar a ordem pública.

O ministro referiu que foram feitas 97 detenções, desde o início dos protestos, e que 194 agentes dos Mossos d'Esquadra e da Polícia nacional ficaram feridos, alguns com gravidade, durante as manifestaç­ões.

Entre cerca de centena de detenções efectuadas contase de 20 jovens, em Vitoria, acusados de cortar a linha do caminho de- ferro, no final de uma manifestaç­ão convocada por uma organizaçã­o juvenil independen­tista.

O Governo espanhol estima em 627 mil euros os prejuízos em material urbano já causados pelos distúrbios nas ruas e praças de várias cidades catalãs.

A estes prejuízos acumulam-se os danos de paralisaçõ­es em alguns sectores económicos.

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