País recupera peças museológicas
Recuperadas mais duas peças de arte no exterior
Duas obras de arte com valor histórico, nomeadamente um mata-moscas e uma máscara cihongo, saídas ilegalmente do país durante o conflito armado e recuperadas após vários anos de negociação com coleccionadores europeus, encontram-se, finalmente, na Embaixada de Angola em Bruxelas, na Bélgica.
Recuperadas pela Fundação Sindika Dokolo, que procedeu, recentemente, à entrega oficial das mesmas à Embaixada de Angola em Bruxelas, as duas obras das colecções de museus nacionais aguardam o retorno ao país, garantiu, ontem, ao Jornal de Angola, uma fonte do Ministério da Cultura. “Até ao momento, as duas peças estão na Embaixada de Angola em Bruxelas, aguardando o procedimento para o regresso a Angola”, disse a fonte ao Jornal de Angola.
As duas obras de arte recuperadas, que vão ser entregues ao Ministério da Cultura, estiveram expostas vários meses no Palácio das Belas Artes, em Bruxelas (Bozar), no âmbito de um documentário no qual são assinaladas as pesquisas conduzidas pela Fundação Sindika Dokolo.
O projecto da fundação arrancou em 2014, visando a recuperação de peças desaparecidas do Museu do Dundo durante a guerra civil, tendo, ainda, permitido o repatriamento de 13 obras das colecções nacionais.
A exposição das obras de arte despertou o interesse dos visitantes, os quais contribuíram para um vasto e emocionante debate de perguntas relativas à restituição das obras de arte africanas e na comunicação social internacional, tendo sido, por diversas vezes, referidas em importantes notícias sobre a actualidade da cultura internacional.
No ano passado, uma máscara em madeira vermelha maciça, um cadeirão de chefe tribal, um cachimbo com cabeça esculpida, uma taça para cozinhar mandioca e um pequeno banco redondo, que faziam parte da colecção nacional à guarda do Museu do Dundo, foram restituídas ao Estado angolano.