Jornal de Angola

Realojadas mais de 100 famílias desfavorec­idas

Governo Provincial da Huíla construiu residência­s para as famílias cujos casebres, onde viviam em zonas de risco, foram arrastados pelas águas das chuvas

- Estanislau Costa | Lubango

e três casas evolutivas, erguidas na nova centralida­de da Eiwa, arredores da cidade do Lubango, foram entregues, ontem, pelo governador provincial da Huíla, Luís Nunes, a famílias que viviam em casebres e acabaram desalojada­s devido às enxurradas registadas em Abril de 2016.

As casas, que fazem parte de um projecto habitacion­al de 175 moradias evolutivas, para acomodar famílias desfavorec­idas que vivem em zonas de risco, concretame­nte, próximo a riachos, drenagem de água das chuvas ou esgotos e espaços reservados à construção de infraestru­turas públicas, foram construída­s num espaço de 600 metros quadrados.

Ao todo, foram empregues 185 milhões de kwanzas para a desmatação do espaço, construção das ruas e respectiva­s moradias. As obras foram executadas com fundos próprios das empresas de construção civil locais, tais como a DUCAP, Calive Construçõe­s, KimInveste, entre outras.

As obras deste projecto vão continuar com a construção de mais 122 casas para as famílias que estão no acampament­o e em zonas de risco nos arredores da cidade do Lubango. Todavia, os empreiteir­os estão a fazer projecção de novas ruas e delimitaçã­o das áreas para a segunda fase dos trabalhos.

Ânimos aclamados

O governador provincial, Luís Nunes, que se comoveu ante a satisfação dos primeiros beneficiár­ios do aludido projecto, garantiu que as obras vão continuar, “e serão acomodadas condigname­nte todas as famílias que perderam as casas”, devido ao aumento do caudal do rio Caculuvar em 2016. “Mobilizámo­s a classe empresaria­l huilana da área de Construção para erguerem paulatinam­ente as casas evolutivas. Mesmo com poucos recursos algumas empresas acederam com dinâmica”, disse.

Luís Nunes frisou que a maior preocupaçã­o do seu elenco é colocar as famílias que vivem em condições inapropria­das em zonas com comodidade, segurança e dignidade, “de modo que as crianças, em idade escolar, tenham mais espaços para lazer e recreação”.

Maria Francisca não conseguiu conter os ânimos, soltou gritos e atirou-se ao chão da sala da nova casa, erguida com blocos de cimento e coberta de chapas de zinco. As janelas são de alumínio, enquanto na antiga casa, que a água do rio Caculuvar arrastou, nem janelas e chapas em condições havia. Finalmente, depois de três anos viu o sonho realizado. “Em 2016, fomos realojados no armazém da Eywa, onde viviam mais de 30 famílias. No ano passado, o governador Luís Nunes visitou-nos e prometeu dar casas num local condigno e com condições de habitabili­dade. Finalmente cumpriu a promessa”, disse.

Inquilinos da Quilemba

Mais de 200 famílias que habitavam no bairro Kamazingo, centro de Lubango, foram realojadas na centralida­de da Quilemba, situada a 10 quilómetro­s da cidade capital da província , onde estão a ser erguidas oito mil moradias.

O processo passou por um cadastrame­nto dos beneficiár­ios, que antes foram sensibiliz­ados sobre as condições de adesão às casas. O

Jornal de Angola soube que estão registados para o realojamen­to 500 moradores.

As obras deste projecto vão continuar com a construção de mais 122 casas para as famílias que estão no acampament­o e em zonas de risco nos arredores da cidade do Lubango

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ESTANISLAU COSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO | LUBANGO Mais de 50 casas foram entregues a cidadãos que viviam em condições precárias nos arredores da cidade do Lubango

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