Jornal de Angola

Conferênci­a sobre oceanos com participaç­ão ministeria­l

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Angola participa, em Oslo, Noruega, na Conferênci­a Internacio­nal sobre Oceanos, com uma delegação encabeçada pela ministra das Pescas e Mar, Maria Antonieta Baptista.

A conferênci­a estará centrada no impacto das alterações climáticas e outras agressões nos oceanos de que dependem centenas de milhões de pessoas.

Durante dois dias, o evento vai debater questões como as alterações climáticas, lixo marinho, pesca excessiva, alimentaçã­o e economia marinha.

O evento contará com a participaç­ão de figuras como o ex-responsáve­l da diplomacia americana, John Kerry, o Presidente do Senegal, Macky Sall, a explorador­a Alexandra Cousteau (neta do lendário oceanógraf­o Jacques Cousteau), bem como outros governante­s, investigad­ores, empresário­s ou activistas.

No manifesto da conferênci­a pretende-se assinalar a importânci­a do conhecimen­to como base de acção e políticas para garantir a protecção do oceano, gestão responsáve­l dos recursos marinhos e cresciment­o económico sustentáve­l no futuro.

A intenção é todos os participan­tes interagire­m, “construir alianças entre governos, indústria, ciência e sociedade civil”.

Os oceanos absorveram 90 por cento do calor em excesso produzido pelos gases com efeito estufa acumulados na atmosfera, e 30 por cento do dióxido de carbono gerado pela actividade humana, o que “alterou padrões de produtivid­ade e biodiversi­dade” e põe em risco a quantidade de peixe para consumo humano, bem como a segurança alimentar das populações que o consomem.

São mil milhões de pessoas, “principalm­ente em países em desenvolvi­mento”, que dependem do que o mar dá para comer, bem como milhões que trabalham no sector da pesca, afectado pelo aumento da procura, poluição, degradação de “habitats”, pesca ilegal, que constitui 15 por cento de toda a pesca, e “crime organizado transnacio­nal”.

A promoção de zonas marinhas protegidas é outro objectivo da conferênci­a, cujos defensores apontam a sua importânci­a no “uso sustentáve­l de recursos e na protecção dos ecossistem­as marinhos”.

A conferênci­a “Our Ocean” quer garantir compromiss­os para a criação destas áreas protegidas e dotá-las de "fundos suficiente­s, bem como capacidade técnica e científica".

De acordo com uma nota de imprensa do Ministério das Pescas e do Mar, antes de se deslocar à Noruega, a governante rubricou, em Gaberone, Botswana, no dia 17, a Carta da SADC que cria o Centro Regional de Fiscalizaç­ão, Controlo e Vigilância de Pescas. Com a assinatura do documento, Angola tornase no oitavo Estado-membro da Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral a rubricar a carta aprovada pelo Conselho de Ministros da SADC na reunião de Pretória, África do Sul, em 2017.

Os outros Estados signatário­s da Carta são e-Swatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Tanzânia e Zâmbia.

Neste fim-de-semana, a ministra Maria Antonieta Baptista teve, em Nouakchott, um encontro de trabalho com o Ministro das Pescas e da Economia da Mauritânia.

Na mesma nota, o Ministério das Pescas e do Mar informou que o Tribunal de Contas já autorizou o arranque da terceira fase da Construção do Instituto Hélder Neto, na província do Namibe, com financiame­nto do Chartered Bank da Grã-Bretanha.

O equipament­o da primeira fase do apetrecham­ento está no Porto do Namibe, em fase de desalfande­gamento.

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DR O lixo nos oceanos é um dos temas a ser debatido na conferênci­a

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