Escolas Eiffel formam jovens em Engenharia e Biologia
Pelo menos, 1137 jovens que estudaram em escolas da rede Eiffel, nos últimos dez anos, beneficiaram de bolsas de estudo nas áreas de engenharia, em universidades angolanas e francesas, de acordo com dados revelados ontem, em Luanda. Segundo o coordenador nacional do projecto, que revelou a informação no quadro da visita efectuada pelo director-geral da Missão Laica Francesa, Jean Christophe Deberre, para este ano lectivo estão inscritos 566 alunos nas Escolas Eiffel localizadas em Caxito, N’dalatando, Malanje e Ondjiva. Por turma, realçou, são seleccionados 24 alunos da nona classe, com idades entre os 14 e 16 anos, que reúnem as ferramentas necessárias para seguir uma vida académica de sucesso. Para o próximo ano, cujas inscrições vão de 13 a 14 de Janeiro, estão previstas 48 vagas. De acordo com Filipe dos Santos, os candidatos passam por um rigoroso exame de admissão e apenas os melhores são aceites. O curriculum, disse, está mais direccionado para as áreas de Matemática, Química, Biologia, Física e Ambiente. “O Português e o Francês fazem parte das disciplinas obrigatórias, para assegurar o cumprimento das exigências do mundo académico e de um mercado de trabalho globalizado”, disse o responsável. Acrescentou que 59 alunos obtiveram bolsas para estudar este ano em universidades francesas, 18 na China, Rússia, Brasil e Japão. Internamente as estatísticas apontam para 32 alunos que devem beneficiar de bolsas internas para o Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE).
Novas escolas
A abertura de mais dois estabelecimentos no Huambo e Moxico, com previsões até 2022, vai elevar a rede Eiffel de estabelecimentos. Por este motivo, está desde ontem em visita ao país o director-geral da Missão Laica Francesa, Jean Christophe Deberre, que, pela segunda vez, vem constatar os resultados de uma parceria, assinada há dez anos, entre o Ministério da Educação de Angola, a Total E&P Angola e a Missão Laica Francesa. Jean Christophe Deberre garantiu que os resultados são satisfatórios e os alunos têm sabido dar respostas positivas no aproveitamento de cada ano lectivo. O objectivo, disse, foi criar técnicos com perfil que pudessem ser enquadrados no sector petrolífero. A abertura de perfis no domínio agrícola e das artes é também, para Jean Christophe Deberre, uma possibilidade a ter em conta nos próximos tempos dentro das conquistas importantes do projecto. “Todos os anos, a qualidade destes alunos melhora cada vez mais, graças ao investimento contínuo e às melhorias introduzidas aos programas”, revelou acrescentando que o objectivo da visita é também trabalhar junto das entidades angolanas, para no futuro estender o projecto à capital do país.