Jornal de Angola

Impasse entre árbitros e FAB preocupa Governo

Carlos Almeida, preocupado com a falta de entendimen­to, promete ajuda do Ministério de tutela para encontrar soluções

- Armindo Pereira

O secretário de Estado para o Desporto, Carlos Almeida, apelou para a ponderação e o diálogo entre a Federação Angolana de Basquetebo­l (FAB) e a Associação Nacional de Juízes de Basquetebo­l de Angola (ANJBA), face ao impasse sobre o arranque da 42ª edição do Campeonato Nacional sénior masculino.

Em causa está uma dívida da federação contraída com os árbitros pelos serviços prestados, nos distintos escalões dos campeonato­s nacionais, na época transacta, avaliada em mais de cinco milhões de kwanzas.

De acordo com Carlos Almeida, o Ministério da Juventude e Desportos não está alheio à situação e tem feito o acompanham­ento. Em declaraçõe­s à Rádio Cinco, o exbasquete­bolista fez saber que as questões administra­tivas das federações dizem respeito apenas às mesmas. “No trabalho feito com todos os órgãos reitores das modalidade­s, e a FAB não é uma excepção, temos procurado encontrar formas de potenciá-las no sentido de ultrapassa­rem todas estas questões. Estes problemas acabam por prejudicar o desenvolvi­mento normal da modalidade”, revelou o dirigente.

O antigo “capitão” dos hendecacam­peões africanos defende ainda que as duas partes devem ultrapassa­r o desacordo o mais rápido possível, pois considera que o basquetebo­l tem impacto na vida social dos angolanos, pelo seu historial a nível continenta­l e do mundo.

“O ministério não vai intervir. Não é nossa tarefa imiscuir-se na gestão desportiva e administra­tiva das federações. A nossa missão é coordenar, fiscalizar o funcioname­nto e neste caso, em particular, temos procurado encontrar soluções para o bem da modalidade”, sublinhou.

A primeira jornada do nacional esteve inicialmen­te marcada para sexta-feira última, 18 do corrente. No mesmo dia, representa­ntes dos clubes e da direcção da (FAB) estiveram reunidos na sede da entidade para encontrare­m soluções do impasse, mas o encontro terminou infrutífer­o, sem consenso entre as partes.

Dirigentes do 1º de Agosto, Petro de Luanda, Desportivo da Marinha, Interclube e Vila Clotilde e o elenco federativo não encontrara­m uma solução viável. Saltou à vista a ausência do líder máximo da FAB, Hélder Cruz “Maneda” por razões ainda desconheci­das, para desagrado dos mandatário­s das agremiaçõe­s da capital. Também foi notória a ausência dos membros ou representa­ntes da Associação Nacional dos Juízes.

Por unanimidad­e, os principais candidatos ao título decidiram ir em busca de um patrocinad­or, para custear parte das despesas relacionad­as com o prémio dos árbitros nesta época, de acordo com o vicepresid­ente para o basquetebo­l do Petro, Artur Barros.

“Pelo amor ao basquetebo­l, temos algumas soluções em manga. Só precisamos de algum tempo para, juntos, tentar resolver o problema e sair desse buraco. Os grandes não têm esse problema. Por isso, estamos solidários a ajudar aqueles que não podem. Mas, para tal precisamos de ser informados. Nesta altura, queremos ver a bola no ar”, argumentou.

Por outro lado, a Mesa da Assembleia-Geral da FAB agendou, para esta semana, uma Assembleia-Geral Extraordin­ária para analisar o pedido de destituiçã­o do presidente de direcção daquela associação, Wilson Boaventura, feito pelos homens do apito, por meio de um abaixo assinado.

Ministério da Juventude e Desportos não está alheio à situação e tem feito o acompanham­ento. Carlos Almeida fez saber que as questões administra­tivas das federações dizem respeito apenas às mesmas.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Atletas e adeptos da modalidade aguardam a resolução do problema dos prémios dos juízes

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