Internautas em mediatecas priorizam as redes sociais
Estudantes perdem muito tempo nas redes sociais e não tiram o devido proveito das tecnologias e dos conteúdos académicos colocados à disposição dos usuários
Cerca de 80 por cento dos internautas que frequentam as mediatecas, em Luanda, buscam o acesso às redes sociais, em detrimento de investigação de conteúdos para elevar o nível de conhecimentos, revelou, quartafeira, Bengui Saúca, director-geral da Rede de Mediatecas (Rema).
Cerca de 80 por cento das pessoas que frequentam as mediatecas, em Luanda, buscam apenas o acesso às redes sociais, ao contrário dos objectivos reais voltados para a investigação de conteúdos de forma a elevar o nível de conhecimentos da população, principalmente estudantes, disse, na quarta-feira, ao Jornal de Angola, o director-geral da Rede de Mediatecas (Rema).
Bengui Saúca disse estar preocupado com a situação, pelo facto de a Rede de Mediatecas de Angola, a nível da província de Luanda, não estar a ser aproveitada da melhor forma, pois o Governo investiu em Internet de banda larga para fins de pesquisas académicas, mas “paradoxalmente, os estudantes passam duas a três horas navegando nas redes sociais.”
“Oitenta por cento dos utentes das mediatecas vêm com interesse de consultar as redes sociais e não são especificamente estudantes em busca de fontes bibliográficas para pesquisar”, afirmou Bengui Saúca.
O director-geral da Rede de Mediatecas deplora o facto de o estudante perder muito tempo nas redes sociais e não tirar o devido proveito das tecnologias e dos conteúdos académicos colocados à disposição dos usuários.
“Temos muitos conteúdos académicos à disposição dos estudantes, nomeadamente vídeo-aulas e repositórios digitais com conteúdos académicos de universidades brasileiras e portuguesas”, frisou o director-geral da Rema.
As mediatecas são centros de informação, cujo objectivo éfacilitaroacessodosestudantes ao conhecimento, ilustrou o responsável, referindo que a necessidade de se divulgar ao máximo os serviços da Rema, sobretudo para as escolas próximas desta infra-estruturas.
Adiantou que, através de um programa denominado “Conheça a Mediateca”, a instituição tem divulgado os seus serviços para motivar os estudantes a frequentarem mais as mediatecas existentes em Luanda e no resto do país.
Para Bengui Saúca, os professores, encarregados de educação, agentes comunitários e outros são chamados a incentivar crianças, estudantes e sociedade em geral a frequentarem as mediatecas, buscando nelas o essencial para o desenvolvimento intelectual.
“Os professores precisam dediversificareactualizarconstantemente as fontes de informação e os estudantes, principalmente aqueles cujos pais não têm recursos financeiros, devem tirar o maior proveito, porque é um investimento enorme que o Governo colocou à disposição da população.”