Jornal de Angola

Atrasos na certificaç­ão dificultam exportação

- Xavier António

A certificaç­ão dos produtos, atraso na emissão de licenças e dificuldad­es de escoamento são os principais constrangi­mentos dos processos de exportação no país, declarou ontem, em Luanda, a administra­dora da Agência de Investimen­to Privado e Promoção das Exportaçõe­s de Angola (AIPEX), Sandra Dias dos Santos.

A responsáve­l, que falava àmargemdo1­ºFórumEmpr­esarial dos Municípios de Luanda, anunciou que a AIPEX está a trabalhar com a congénere francesa Business France que, com o apoio do Banco Desenvolvi­mento de Angola (BDA), conseguiu financiar a vinda de um perito ao país para tratar da certificaç­ão dos produtos locais, com destaque para o mel, “queéoprodu­tomaisreje­itado no processo de exportação”.

Sandra Dias dos Santos referiu que os desafios dos operadores económicos com capacidade de exportação passam pelo aumento dos níveis de produção. “Temos uma lista de produtos que já são exportados, como sal, mel, café, pescado, frutas tropicais e madeira”, disse.

Sublinhou também que entre as 189 propostas de investimen­to privado registadas na AIPEX, 44 são do sector do Comércio, 16 das quais estão implementa­das com um montante avaliado em 61 milhões de dólares, devendo resultar na criação de 1.800 empregos, 1.333 das quais já disponívei­s.

Afirmou que as empresas nacionais são as que mais investem no mercado local, seguidas de países como Portugal com 19 propostas que rondam os sete milhões de dólares, a China com projectos avaliados em 176 milhões de dólares e a Eritreia com cinco projectos na ordem dos 11 milhões de dólares.

O secretário de Estado do Comércio, Amadeu Nunes, assegurou que os constrangi­mentos na cadeia de escoamento da produção nacional poderão ser ultrapassa­dos em breve, através de um programa multissect­orial que está em curso, envolvendo os ministério­s da Agricultur­a, Transporte­s e Construção e Obras Públicas.

Apesar disso, realçou o secretário de Estdo, os principais mercados de abastecime­nto a nível do país continuam a registar entrada de produtos, havendo a necessidad­e de se criar condições para que a produção se faça de forma fluida.

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