Selecção Nacional Sub-17 está motivada
Técnico Pedro Gonçalves faz últimos acertos tácticos tendo em vista a partida de estreia, amanhã, frente à Nova Zelândia
A Selecção Nacional Sub-17 de futebol realiza hoje o habitual treino de adaptação ao relvado do Estádio Walmir Campelo Bezerra “Bezerrão”, na capital do Brasil, Brasília, palco do jogo de estreia na madrugada de domingo (00h00, em Angola), 20h00 de sábado, frente à similar da Nova Zelândia, desafio pontuável para o Grupo A da primeira fase do Campeonato do Mundo da categoria, a decorrer de 26 a 17 de Novembro.
Como é costume, antes do início dos trabalhos, o técnico Pedro Gonçalves mantém a habitual conversa de 20 minutos com os jogadores, no centro do terreno para abordar o plano de preparação da equipa nacional.
A seguir à comunicação, Pedro Gonçalves e adjuntos cuidam do físico dos atletas, trabalhando os alongamentos, abdominais, corridas de flexibilidade, potência, coordenação e resistência motora.
Na vertente técnica, o treinador português privilegia o passe, recepção, circulação de bola, livres de bola parada, jogadas combinadas à entrada da área, finalização e marcação de grandes penalidades.
Depois,oseleccionadorSub17 divide o grupo de jogadores para a habitual “peladinha”, que serve para corrigir imperfeições, definir a táctica do jogo e potenciais candidatos para o desafio com os neozelandeses.
Antes da tão aguardada estreia na competição, o “onze” angolano efectuou quatro amistosos em terras brasileiras, com saldo de três vitórias e uma derrota. Marcou oito golos e consentiu apenas um. A defesa e o ataque cumpriram com o seu papel, que passavam por marcar e não sofrer muitos golos.
Estágio proveitoso
Durante o estágio na cidade de Goiânia, os Sub-17 perderam o primeiro desafio, por 0-1, diante do Equador. Na segunda partida, Angola derrotou o Flamengo, por idêntico resultado. Depois bateu sem apelo nem agravo, o Vila FC, por 6-0, fechando o ciclo de particulares com triunfo sobre o Aparecida FC (1-0).
O técnico Pedro Gonçalves aproveitou os quatro jogos, com o objectivo de formatar a equipa base, visando os três encontros da primeira fase do Mundial diante das selecções da Nova Zelândia, Canadá e Brasil.
Sendo assim, o treinador luso deve utilizar a seguinte equipa diante da Selecção Europeia, com Geovani na baliza. Afonso, na direita, Gegé, na esquerda. No centro da defesa, Mimo e Pablo. Três unidades no meio campo, Beny, Domingos e Netinho. As despesas de ataque são entregues a Zito Luvumbo, Zine e Abdoul ou Capita, num claro 4-3-3 desdobrável.
Apesar de escassa às informações sobre a selecção adversária, a Selecção Nacional pretende começar da melhor forma a prova mundial diante da Nova Zelândia, como salienta o seleccionador nacional. “Penso que estamos em condições de fazer uma boa estreia. Reconhecemos algumas informações da Nova Zelândia. Sabemos que é uma Selecção que joga em transições rápidas. Fisicamente, os jogadores são bem dotados e tem bom toque de bola. Respeitamos o adversário, mas não o tememos. Temos os nossos triunfos para contrapormos o oponente”, garantiu ao Jornal de Angola o treinador.
Questionado sobre os propósitos do combinado nacional, Pedro Gonçalves referiu que “definimos como primeira prioridade a passagem para a segunda fase da competição. Para que tal aconteça, temos de vencer pelo menos dois jogos. Estamos num grupo, onde temos probabilidades de passarmos”, sublinhando que o estágio realizado no local do Mundial foi bastante proveitoso. “A equipa cumpriu com o plano de preparação. Fizemos os jogos que tínhamos perspectivado. Quando assim é, consideramos proveitoso o estágio”, considerou.
Para a “Operação Brasil”, o também técnico interino dos Palancas Negras elegeu 21 jogadores, sendo três guarda-redes, seis defesas, sete médios e cinco avançados.
Geovani, Cambila e Vicente (guarda-redes); Porfírio, Mimo, Tino, Afonso, Pablo e Gegé (defesas); Maestro, Domingos, Manilson, Pedro, Beni, Netinho e Zine Salvador (médios); Osvaldo Capemba “Capita”, Nelinho, David, Zito Luvumbo e Abdoul (avançados).