Jornal de Angola

País eleva a capacidade de produção de energia

Presidente do IRSEA realça em reunião de reguladore­s dos países de língua portuguesa acções do poder público que levaram ao aumento de oferta

- André dos Anjos

A capacidade de produção de energia eléctrica no país, calculada em 12.240 gigawatt-hora (GWH) em 2018, ascende para 13.100 até ao final do ano, segundo previsões apresentad­as ontem, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administra­ção do Instituto Regulador dos Serviços de Electricid­ade e de Água (IRSEA).

Luís Mourão, que falava na abertura da 12ª Conferênci­a Anual da Associação de Reguladore­s de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (RELOP), destacou os avanços registados,nosúltimos­seisanos, do mercado de electricid­ade em Angola em termos de capacidade­deprodução­enodomínio de expansão do sistema.

Fruto de avultados investimen­tos públicos realizados no sector, lembrou, a capacidade de produção de electricid­ade passou de 2.194 megawatts (MW), em 2013, para 5.217, o que revela um incremento na ordem de 3.314 MW.

O número de clientes registados, referiu, evoluiu de 984 mil em 2013, para 1,5 milhão em Dezembro de 2018. Entre os principais impulsiona­dores de cresciment­o do sector, Luís Mourão apontou as barragens hidroeléct­ricas de Laúca, que contribui com 1.670 MW, Cambambe com 960 e o Ciclo Combinado do Soyo com 500 MW.

O cresciment­o do mercado, de acordo com Luís Mourão, acabou por induzir reformas no sector de electricid­ade, que deram lugar ao surgimento das empresas públicas de produção, transporte e distribuiç­ão de electricid­ade PRODEL, RNT e ENDE.

Conferênci­a da RELOP

A 12ª Conferênci­a Anual da RELOP reflectiu sobre a transição energética que se apresenta como um importante desafio no combate às alterações climáticas, mas também como uma oportunida­de dinamizado­ra da economia e geradora de possibilid­ade de investimen­tos e empregos.

Além da transição energética e alterações climáticas, os participan­tes reflectira­m sobre a igualdade de género no sector, acesso universal à energia e desafios regionais.

Hoje, as 11 organizaçõ­es reguladora­s dos seis Países de Língua Oficial Portuguesa que integram a RELOP realizam a 11ª Assembleia Geral, ainda em Luanda, para apreciar, entre outros assuntos, o pedido de adesão da Agência Nacional de Petróleos, Gás e Biocombust­íveis de Angola (ANPG).

A concretiza­r-se a adesão da ANPG, Angola passa a ser representa­da na RELOP por três organizaçõ­es, juntandose aquela aos institutos dos Derivados de Petróleos (IRDP) e Regulador dos Serviços de Electricid­ade e de Água (IRSEA).

Integram a organizaçã­o reguladore­s de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

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FRANCISCO LOPES | EDIÇÕES NOVEMBRO Elevação da capacidade é devida aos investimen­tos públicos

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