País eleva a capacidade de produção de energia
Presidente do IRSEA realça em reunião de reguladores dos países de língua portuguesa acções do poder público que levaram ao aumento de oferta
A capacidade de produção de energia eléctrica no país, calculada em 12.240 gigawatt-hora (GWH) em 2018, ascende para 13.100 até ao final do ano, segundo previsões apresentadas ontem, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração do Instituto Regulador dos Serviços de Electricidade e de Água (IRSEA).
Luís Mourão, que falava na abertura da 12ª Conferência Anual da Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (RELOP), destacou os avanços registados,nosúltimosseisanos, do mercado de electricidade em Angola em termos de capacidadedeproduçãoenodomínio de expansão do sistema.
Fruto de avultados investimentos públicos realizados no sector, lembrou, a capacidade de produção de electricidade passou de 2.194 megawatts (MW), em 2013, para 5.217, o que revela um incremento na ordem de 3.314 MW.
O número de clientes registados, referiu, evoluiu de 984 mil em 2013, para 1,5 milhão em Dezembro de 2018. Entre os principais impulsionadores de crescimento do sector, Luís Mourão apontou as barragens hidroeléctricas de Laúca, que contribui com 1.670 MW, Cambambe com 960 e o Ciclo Combinado do Soyo com 500 MW.
O crescimento do mercado, de acordo com Luís Mourão, acabou por induzir reformas no sector de electricidade, que deram lugar ao surgimento das empresas públicas de produção, transporte e distribuição de electricidade PRODEL, RNT e ENDE.
Conferência da RELOP
A 12ª Conferência Anual da RELOP reflectiu sobre a transição energética que se apresenta como um importante desafio no combate às alterações climáticas, mas também como uma oportunidade dinamizadora da economia e geradora de possibilidade de investimentos e empregos.
Além da transição energética e alterações climáticas, os participantes reflectiram sobre a igualdade de género no sector, acesso universal à energia e desafios regionais.
Hoje, as 11 organizações reguladoras dos seis Países de Língua Oficial Portuguesa que integram a RELOP realizam a 11ª Assembleia Geral, ainda em Luanda, para apreciar, entre outros assuntos, o pedido de adesão da Agência Nacional de Petróleos, Gás e Biocombustíveis de Angola (ANPG).
A concretizar-se a adesão da ANPG, Angola passa a ser representada na RELOP por três organizações, juntandose aquela aos institutos dos Derivados de Petróleos (IRDP) e Regulador dos Serviços de Electricidade e de Água (IRSEA).
Integram a organização reguladores de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.