Raptos e culpados
Osrecentesraptos,emLuanda, de passageiros de táxis põe a nu, uma vez mais, a balbúrdia naquele negócio, a que qualquer um tem acesso, perante a complacência de responsáveisdeváriossectores,entre os quais a Polícia.
Nesta província, onde já nada surpreende, qualquer indivíduo acorda uma manhã e resolve ganhar uns trocos a transportar passageiros sem estar minimamente habilitado para tal, nem a viatura devidamente referenciada. O motorista pode ter um cadastro criminal do tamanho da impunidade reinante em Luanda e a viatura qualquer proveniência, inclusivamente ter sido roubada, que nada impede o candidato a “taxista” de concretizar o desejo. Mais, com a “benevolência” de alguns agentes da Polícia que, descaradamente, fecham os olhos a todas transgressões que se conhecem.
Este negócio, ainda por cima, está “isento” de impostos, o que significa que o Estado não ganha nada com ele. Bem podem uns quantos querer “sacudir a água do capote” que não se livram da responsabilidade de todos e quaisquer crimes cometidos por ele ser desenvolvido da forma que se conhece.
Como é possível que um sem número de viaturas, sem referênciasqueasidentifiquem como táxis, façam filas, de numapontaàoutradeLuanda, à espera de passageiros, algumas em locais de estacionamento proibido, sem que Polícia interpele quem está ao volante? É urgente saber porquê. Desde que se queira, não é difícil.