Executivo pede fim das sanções impostas pela UE ao Zimbabwe
O Governo angolano solicitou, ontem, o fim das sanções económicas impostas ao Zimbabwe pelos Estados Unidos e União Europeia, que têm tido um impacto socioeconómico e financeiro bastante negativo naquele país.
Em nota, o Governo angolano dá conta de que as sanções afectam o desenvolvimento daquele Estado, membro da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), e os meios de subsistência das populações, sobretudo de mulheres, idosos, pessoas portadoras de deficiência e crianças.
A nota, citada pela Angop, adianta que as sanções afectam, também, o crescimento e o desenvolvimento dos países da SADC, considerando os laços comerciais, económicos e financeiros existentes entre os Estadosmembros, pondo em causa os esforços de aprofundamento do processo de integração económica e cooperação regionais.
Na declaração, Angola defende a necessidade de uma estratégia regional e esforços conjugados que incluam, entre outros, esta matéria como um ponto permanente da agenda nos encontros da SADC com os seus parceiros de cooperação internacional e instituições multilaterais.
“A República do Zimbabwe está, há cerca de duas décadas, sob sanções consideradas, pela SADC e pela União Africana, ilegais e injustas, porque têm tido um impacto socioeconómico e financeiro bastante negativo, dificultando os esforços para a recuperação da sua economia”, ressalta o documento.
A reunião ministerial do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana, realizada à margem da Assembleia-Geral da ONU, em Setembro de 2018, apelou a todos os membros da comunidade internacional que impuseram sanções contra o Zimbabwe a procederem ao seu levantamento sem mais demora, de modo a permitir uma recuperação socioeconómica mais célere.
O Governo angolano deu cumprimento à decisão da reunião do Conselho de Ministros da SADC, realizada em Agosto passado, na Tanzânia, no sentido de declarar o dia 25 de Outubro como a data em que os Estadosmembros podem exprimir, colectivamente, numa única voz, o seu desacordo e condenação do regime de sanções através de várias actividades e plataformas até ao seu levantamento, para bem da paz, da segurança e da estabilidade socio-económica
No documento, o Governo apela a todas as instituições públicas e privadas e organizações da sociedade civil a ajudarem na materialização desta decisão do Conselho de Ministros da SADC.