Jornal de Angola

Angola joga com Nova Zelândia

Vinte e quatro selecções começam a disputar hoje o título mundial numa edição da competição onde Angola é uma das três debutantes

- António Ferreira

A décima oitava edição do Mundial FIFA, categoria Sub17, abre cortinas neste sábado, no Brasil, país que organiza a competição pela primeira vez, com cenários nas cidades de Brasília, Goiânia e Vitória. O Mundial começa com três estreias, mormente de Angola, Senegal e Ilhas Salomão, com Nigéria (5) e Ghana (2) a conquistar­em sete títulos ao longo das dezassete edições.

A Selecção Nacional de Angola, que estreia amanhã de madrugada frente à NovaZelând­ia, chega à fase final do Mundial FIFA Sub-17 com muita humildade e espírito de missão, imbuída de dar o seu melhor e mostrar ao mundo a produtivid­ade das políticas desportiva­s do Governo angolano.

A par do Senegal, outro novato na competição, a zona CAF está no topo - sete títulos -, de um torneio vergado à excelência da Nigéria, a única selecção com cinco conquistas, contra três do Brasil. Os nigerianos, recorde-se, conquistar­am o primeiro mundial em 1985, na China.

Quatro estádios serão palco da compita: o Bezerrão, Serrinha, Kléber Andrade e o Olímpico. Na ronda inaugural sobressai o Nigéria-Hungria, às 21H00 locais, numa prova recheada de curiosidad­es e números, de acordo com dados da entidade reitora do futebol mundial.

A Nigéria, pelos seus feitos, merece a primazia neste mergulho aos números e curiosidad­es do 18º Mundial FIFA de Sub-17. Nenhum país chega aos calcanhare­s dos nigerianos, que somam cinco títulos, o último dos quais há quatro anos, no Chile.

Os nigerianos também chegaram a oito finais.

O anfitrião Brasil foi campeão três vezes e disputou cinco finais. Os brasileiro­s têm 53 triunfos contra 46 dos nigerianos. Também foram campeões, mais de uma vez, o México (2005 e 2011) e Ghana (1991 e 1995). Os mexicanos estão mais uma vez entre os participan­tes, mas os ghanenses e a actual campeã Inglaterra estão fora da disputa, ao não conseguire­m o apuramento.

No cômputo geral, até à data, oitenta e duas (82) federações nacionais participar­am da competição até hoje. Das 24 apuradas apenas uma vez, a Suíça é o único país a conseguir o ouro na única participaç­ão, erguendo o troféu na Nigéria, em 2009.

No que aos goleadores diz respeito, o brasileiro Adriano, o mexicano Carlos Vela e, mais recentemen­te, o nigeriano Victor Osimhen já não estão ao serviço dos Sub-17, por terem atingido o limite de idade. Osimhen estabelece­u o recorde no Chile 2015, com um registo de dez golos.

Quatro jogadores marcaram três golos duas vezes no mesmo torneio: o inglês Rhian Brewster (2017), o costa marfinense Souleymane Coulibaly (2011), o francês Florent Sinama-Pongolle (2001) e o alemão Marcel Witeczek (1985).

Dos dezassete mundiais de Sub-17, saíram 210 jogadores que foram a um Mundial FIFA, uma lista que inclui craques como Carlos Tevez, Neymar e Son Heungmin. Somente um venceu as duas competiçõe­s na história: o brasileiro Ronaldinho.

Os espanhóis Cesc Fàbregas e David Silva chegaram perto de igualar esse feito, mas acabaram vice-campeões do Mundo Sub-17, em 2003, antes de se tornarem campeões mundiais na África do Sul, em 2010.

Na curta lista de jogadores que disputaram um Mundial Sub-17 e depois ganharam o Mundial FIFA não faltam craques: Emmanuel Petit, Gianluigi Buffon, Alessandro Del Piero, Xavi e Toni Kroos conseguira­m o feito.

Fàbregas (2003) e Kroos (2007) foram os melhores marcadores, e receberam a Bola de Ouro Adidas. Entre os vencedores do prémio consta também o norte-americano Landon Donovan (1999), que mais tarde se tornaria o maior marcador dos Estados Unidos. City Phil Foden, do Manchester City, conquistou o troféu na Índia, em 2017.

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M.MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO
 ?? AGOSTINHO NARCISCO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Selecção Nacional estreia amanhã de madrugada frente à similar da Nova Zelândia
AGOSTINHO NARCISCO | EDIÇÕES NOVEMBRO Selecção Nacional estreia amanhã de madrugada frente à similar da Nova Zelândia

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