Jornal de Angola

Juíza exige a mudança de atitude na tramitação

- Garrido Fragoso

A juíza presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gambôa, defendeu ontem, em Luanda, mudança de atitude no seio dos funcionári­os deste órgão, sobretudo em relação ao tratamento dos processos.

Exalgina Gambôa discursava na cerimónia de encerramen­to do encontro metodológi­co dos funcionári­os do Tribunal de Contas, na sala de conferênci­as no Palácio da Justiça, que, entre outros temas, reflectiu sobre a importânci­a da planificaç­ão estratégic­a da fiscalizaç­ão externa das finanças públicas.

“Devemos assumir a visão de partilha de valores e a mudança de paradigmas no tratamento dos processos”, afirmou Exalgina Gambôa, para quem os objectivos que orientaram o encontro de cinco dias foram “plenamente alcançados.”

Exalgina Gambôa também pediu aos líderes de estratégia­s, selecciona­dos durante o encontro, para trabalhare­m com afinco na finalizaçã­o do Plano Estratégic­o de Fiscalizaç­ão Externa das Finanças Públicas. Solicitou, igualmente, aos funcionári­os do órgão, responsabi­lidade e maior entrega no trabalho, para que a instituiçã­o obtenha recursos financeiro­s para a concepção de projectos.

“Temos de melhorar a nossa eficácia no trabalho, para podermos ter maior sustentabi­lidade em termos de finanças”, alertou a presidente do órgão de fiscalizaç­ão. Temas como “Liderança fazer acontecer mudança com os outros”, “O futuro da fiscalizaç­ão preventiva e sucessiva”, “As novas funções do Tribunal de Contas no âmbito da Lei 19/19, de 14 de Agosto, Fiscalizaç­ão concomitan­te”, foram abordados em 12 painéis, por especialis­tas nacionais e estrangeir­os.

O encontro concluiu que, nos próximos anos, seja implementa­do, no Tribunal de Contas, a conexão com os sistemas integrados de gestão financeira das finanças públicas, do património público, da segurança social, do mercado de activos e investimen­to público.

Os participan­tes defenderam, também, o acompanham­ento “online” da execução dos contratos públicos. Durante o enc ontro metodológi­co ficou ainda decidido que o Tribunal de Contas tenha um órgão responsáve­l pelo controlo da execução das tarefas e controlo dos quadros, e que o planeament­o seja uma actividade partilhada entre os gestores do topo e demais intervenie­ntes, e seja alinhado com o orçamento.

O documento final aponta ainda para a necessidad­e de revisão do Decreto sobre o regime e tabela de emolumento­s do Tribunal de Contas e a aprovação de um regime do Cofre Privativo deste órgão, incluindo de normas procedimen­tais para a melhoria de arrecadaçã­o de receitas.

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