Propostas separadas, problemas iguais
onde os Chefes de Estado e de Governo africanos tiveram a oportunidade de expor as ideias e estratégias para ampliar a cooperação, o Presidente russo realizou encontros bilaterais com os principais parceiros.
Além do Presidente angolano, que agradeceu o convite e garantiu empenho na materialização dos compromissos assumidos, o Presidente Vladimir Putin reuniu, entre outros, com os homólogos do Egipto, África do Sul, Nigéria, Sudão, Etiópia, Namíbia, República Democrática do Congo, Uganda, República CentroAfricana e Burkina Faso.
Atacar o terrorismo
O Presidente do Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, que também lidera o G5 da região do Sahel, pediu à Rússia apoio para a luta contra o terrorismo na região (Níger, Burkina Faso, Mauritânia, Chade, Mali), uma das mais instáveis do continente e palco de várias acções terroristas.
Roch Kaboré pediu apoios para reforçar os serviços de inteligência e lembrou que a organização precisa mobilizar mil milhões de dólares para a luta contra o terrorismo, que já matou mais de 500 pessoas e fez acima de 450 mil deslocados, desde 2015.
Recentemente, ataques a duas bases militares, no centro do Mali, mataram 40 pessoas, incluindo 25 membros das Forças Armadas do Mali, além de 60 soldados ainda desaparecidos na sequência dos atentados.
A força conjunta G5Sahel composta por cerca de cinco mil militares de cinco países da região (Mali, Níger, Burkina Faso, Chade, Mauritânia) tem falta de material e enfrenta dificuldades financeiras, apesar do apoio da França.
Os ataques terroristas afectam o Mali desde 2012, na sequência de um golpe de Estado, que deixou o Norte do país nas mãos de grupos rebeldes tuaregues, apoiados por células terroristas.
Quem também reforçou o apelo a apoio para pacificar a região é FaustinArchange Touadéra, da República Centro Africana. O Presidente da RCA garantiu, também, o apoio dos países africanos aos esforços de Moscovo para desenvolver o continente e manter a segurança.
O Primeiro-Ministro da Líbia manifestou a esperança de que a Rússia apoie os esforços para estabelecer a paz no seu país, e o Presidente do Chade chamou ao homólogo “o principal parceiro na luta contra o terrorismo”.