Fundo para combater as calamidades
O Governo de Moçambique precisa de 17 milhões de euros para suprir o défice do plano de contingência para a época chuvosa 2019/2020, anunciou ontem o Executivo.
“O orçamento do plano de contingência é de 2,1 mil milhões de meticais (30 milhões de euros) e parte desse valor já foi alocada pelo Banco Mundial, mas há um défice de 1,2 mil milhões de meticais”, disse Carmelita Namashulua, ministra da Administração Estatal e Função Pública de Moçambique citada pela Lusa.
A governante falava no final do conselho coordenador do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), num encontro com o objectivo de discutir a proposta do plano de contingência para a época chuvosa e ciclónica 2019/2020. O INGC espera que o défice seja coberto pelo Governo, parceiros internacionais e pela sociedade civil.
Com cenários de chuva fortes, vendavais, ciclones, cheias e inundações nas vilas e cidades moçambicanas, o Governo prevê que 1,6 milhões de pessoas possam ser afectadas.
As últimas actualizações do INGC indicam que um total de 714 pessoas morreu e outras 2,8 milhões foram afectadas por calamidades naturais durante a época das chuvas de 2018/2019, um período marcado pela passagem de dois ciclones em Moçambique.
Entre Outubro e Abril, Moçambique é ciclicamente atingido por cheias, fenómeno justificado pela sua localização geográfica, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral.