Mudança de consciência para desenvolver o país
Os vários problemas que o país atravessa podem ser resolvidos sem a utilização de dinheiro, se o cidadão tiver uma comunicação virada para o desenvolvimento comum, defendeu, ontem, em Luanda, o ministro da Comunicação Social.
João Melo, que falava no encerramento do segundo curso de formação sobre “Liderança e Gestão de Comunicação para a Mudança de Comportamento”, destinado a directores de gabinetes institucionais e imprensa ministerial e provincial, advogou a necessidade de se afastar a ideia de que para tudo é preciso dinheiro.
A política do Estado angolano em relação à produção nacional e do novo rumo que o país procura atingir, lembrou o ministro, devem estar assentes numa comunicação voltada para a mudança de consciência e de comportamento dos gestores de imprensa e da população em geral, capaz de proporcionar desenvolvimento.
As matérias transmitidas durante cinco dias, para mais de 40 directores de gabinetes ministeriais e não só, disse João Melo, são uma ferramenta que vai ajudar a atingir vários objectivos, nomeadamente no diálogo com e entre as comunidades, a disseminação sobre as políticas públicas e a reorientação de novos comportamentos culturais da população.
No entender de João Melo, o Ministério da Comunicação Social pode desempenhar um papel importante e abrangente na mudança de comportamento cultural da população, aparentemente incontornável, e conduzir para uma nova forma de encarar o futuro comum.
A segunda formação nacional em Liderança e Gestão de Comunicação para a Mudança de Comportamento, sublinhou João Melo, é uma iniciativa que confirma a visão que o Ministério da Comunicação Social tem para Angola e retira a ideia de muitos de tratar-se de um “mero órgão de actividade jornalística”.
“A formação dos quadros ligados à comunicação institucional em Angola deve ser feita de forma responsável, contínua e comprometida com o desenvolvimento da Nação”, afirmou o ministro da Comunicação Social.
A representante adjunta do Unicef Patrícia de Sousa, disse que a formação em “Liderança e Gestão de Comunicação para a Mudança de Comportamento” torna-se relevante, numa altura em que o país optou pela descentralização das políticas.