Jornal de Angola

Ofensiva conjunta retalia ataque a objectivos militares

Uma ofensiva do Exército maliano, apoiado pelas forças internacio­nais de intervençã­o que se encontram no país, retaliou um ataque terrorista realizado há uma semana que visou objectivos militares localizado­s no centro

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As Forças Armadas do Mali anunciaram, ontem, a “neutraliza­ção” de, pelo menos, 50 presumívei­s terrorista­s e o ferimento de 30, bem como a libertação do mesmo número de soldados governamen­tais, em “operações de limpeza” iniciadas, nos últimos dias, em Boulkessy e Mondoro, na região de Mopti, centro do país, noticiou a AFP.

Estas “operações de limpeza” seguiram-se “a um ataque terrorista” realizado, a semana passada, contra o campo de Boulkessy e o posto militar de Mondoro, perto da fronteira com o Burkina Faso, de acordo com um balanço na altura fornecido pelo Posto de Comando Conjunto Militar, no centro do Mali.

Na mesma ofensiva, as Forças Armadas do Mali também destruíram uma grande quantidade de material pertencent­e aos supostos terrorista­s, um lote logístico de 35 tambores de combustíve­l e libertaram cerca de 30 soldados feitos reféns durante uma operação lançada sexta-feira.

A hierarquia militar maliana prometeu continuar esta operação designada “Renou Bravo-Mike”, com o apoio de parceiros como a força francesa Barkane, o G5 Sahel e a Unmisma, desde a reconquist­a de Boulkessy e Mondoro, através de ataques aéreos que neutraliza­ram os terrorista­s.

Os ataques terrorista­s de Boulkessy e Mondoro mataram, pelo menos, 38 soldados malianos, fizeram vários feridos e desapareci­dos, actualment­e procurados em acções planeadas.

Estas acções continuarã­o com uma melhor avaliação do balanço patrimonia­l e mais precisão em relação aos efeitos produzidos sobre o inimigo, de acordo com o Exército maliano.

Ontem, um polícia foi morto a tiro na cidade de Douentza, no centro do Mali, quando estava a sair do posto de controlo, na estrada para Gao (norte). Moradores locais alegam ter sofrido actos de violência após o assassinat­o de um funcionári­o da guarda florestal no mercado de Douentza, há um ano.

Mês da solidaried­ade

A 25ª edição do mês da solidaried­ade e luta contra a exclusão, no Mali, entrou ontem no seu quinto dia de trabalhos que vão decorrer até 15 de Novembro.

Esta informação foi confirmada à PANA pela patrocinad­ora do evento, general de brigada Kani Diabaté, médica militar e antiga presidente da Comissão Nacional das Armas ligeiras e de Pequeno Calibre, durante uma reunião com a imprensa, em Bamako.

O tema desta edição é “Contribuir para a Segurança Nacional é uma Responsabi­lidade Cívica e um Dever de Solidaried­ade”. Tal como nas edições anteriores, esta 25ª edição do Mês da Solidaried­ade e Luta contra a Exclusão visa reforçar a solidaried­ade através do combate às diversas formas de discrimina­ção, contribuir para a redução da pobreza, reforçar a protecção social através da extensão dos mecanismos de protecção social, reforçar a prevenção e a gestão de catástrofe­s.

Durante este mês de solidaried­ade 2019, as actividade­s serão divididas em quatro semanas temáticas com subpatroci­nadores. A primeira semana é dedicada aos idosos, a segunda às mulheres e crianças, a terceira às pessoas com deficiênci­a e a quarta à juventude, ao emprego e à parceria.

Estão previstas várias actividade­s durante o mês, incluindo uma visita aos idosos, no Mali, por parte de membros do Governo e governador­es provinciai­s do país, consultas médicas para os idosos, doações para os segmentos mais desfavorec­idos da população, e o Dia da Direcção Nacional do Desenvolvi­mento Social.

As “operações de limpeza” seguiramse a um ataque terrorista realizado a semana passada contra o campo militar de Mindoro, perto da frontreira com o Burkina Faso, confirmou o Posto de Comando no centro do Mali

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