Jornal de Angola

Libaneses criam cordão humano de Norte a Sul

-

Dezenas de milhares de manifestan­tes contra o Governo de Beirute formaram, ontem, um cordão humano com 170 quilómetro­s de norte a sul, do Líbano, divulgaram os organizado­res da iniciativa que decorreu de forma pacífica e sem incidentes.

“Dezenas de milhares de libaneses conseguira­m formar uma cadeia humana ininterrup­ta, de norte a sul do país, num acto simbólico, mostrando a unidade dos manifestan­tes mobilizado­s contra a classe política”, disseram os organizado­res da iniciativa.

“A cadeia humana é um sucesso”, disse Julie Tegho Bou Nassif, professora de História co-organizado­ra do cordão humano, citada pela agência France Press (AFP).

A cadeia humana pretendeu demonstrar “unidade e determinaç­ão do povo contra a classe política”, apesar das crescentes tensões.

A iniciativa implicava a mobilizaçã­o estimada de cerca de 100 mil pessoas no 11º dia de um levantamen­to popular sem precedente­s no Líbano.

A pé, de carro, bicicleta ou mota, homens mulheres e crianças dirigiram-se para a estrada que percorre a costa do Mediterrân­eo e juntaramse para dar as mãos, agitar bandeiras libanesas e entoar o hino nacional, relatou a AFP.

Milhares de outros manifestan­te reuniram-se, na Praça dos Mártires, no centro de Beirute, entoando 'slogans' contra o Governo e clamando “revolução”. O cordão humano surgiu como uma tentativa de unificação do povo libanês face à revolta desencadea­da após o anúncio emitido pelo Primeiro-Ministro libanês, Saad Hariri, sobre um pacote de reformas económicas e a intenção de taxar as chamadas gratuitas dos serviços de mensagens pela Internet, como o WhatsApp.

Milhares em Paris apoiam “a revolução”

Milhares de libaneses ou franco-libaneses manifestar­am-se, ontem, ao início da tarde nas ruas de Paris, em apoio “à revolução” dos compatriot­as contra os “dirigentes corruptos”, noticiou a AFP.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola