Jornal de Angola

Presidente quer Supremo activo contra a corrupção

O Chefe de Estado, João Lourenço, disse esperar que Joel Leonardo consiga colocar-se ao nível das expectativ­as que a sociedade criou, numa altura em que “é preciso combater a corrupção”

- João Dias

O Chefe de Estado, João Lourenço, pediu ontem ao novo juiz do Tribunal Supremo, Joel Leonardo, para cuidar do bom nome dos juízes e da Justiça, combatendo todos os comportame­ntos e atitudes que possam manchá-los, além de participar, de forma activa, no combate à corrupção. Na cerimónia de tomada de posse, no Palácio da Cidade Alta, João Lourenço lembrou que "nunca no país se fez esta luta contra a corrupção de forma tão séria e que ninguém pode dizer que é uma questão de rotina”. Ainda ontem, tomou posse o ministro da Comunicaçã­o Social, Nuno Albino, a quem o Chefe de Estado pediu o contínuo aprofundam­ento da liberdade de expressão. Foram ainda empossados os embaixador­es de Angola no Reino Unido, Geraldo Sachipengo Nunda, e na Polónia, Feliciano António dos Santos.

O Presidente da República, João Lourenço, destacou ontem, em Luanda, o papel que o Tribunal Supremo pode desempenha­r no combate à corrupção, que considerou o grande inimigo de Angola.

Durante um breve discurso, no Salão Nobre do Palácio Presidenci­al da Cidade Alta, após dar posse ao juiz presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo, o Chefe de Estado disse esperar que o magistrado consiga colocar-se ao nível das expectativ­as que a sociedade criou, numa altura em que insistiu que “é preciso combater a corrupção”.

João Lourenço pediu que o novo juiz presidente do Tribunal Supremo cuide, também, do bom nome dos juízes e da Justiça, combatendo todos os comportame­ntos e atitudes que possam manchá-los.

O juiz presidente do Tribunal Supremo, sublinhou João Lourenço, “não vai trabalhar sozinho, mas vai contar com os seus pares, com o vice-presidente, com o plenário e o Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial, com o poder político e com todos nós”. “Estamos todos, aqui, para ajudar, sem interferir, para que, em conjunto, consigamos vencer este grande inimigo de Angola, que se chama corrupção”, salientou o Presidente da República, para quem, com menor ou maior dificuldad­e, tem certeza de que o novo juiz presidente do Supremo conseguirá cumprir a missão.

O Chefe de Estado considerou o processo que conduziu à designação do presidente do Tribunal Supremo “limpo, mas, sobretudo, célere, por ter ocorrido em menos de um mês, reduzindo, assim, a pressão da sociedade sobre o Tribunal”. “Isto é bastante salutar”, acrescento­u João Lourenço, reconhecen­do que o país está numa verdadeira cruzada contra o crime, mas, particular­mente, contra a corrupção, apelando ao empenho de todos para o êxito da missão.

A sociedade civil tem feito a parte que lhe compete, o poder político também, o Ministério Público e, com certeza, os tribunais, sublinhou o Chefe de Estado, reconhecen­do que, à partida, “nada é fácil, ninguém é perfeito e todos nós estamos a aprender”.

O Presidente da República lembrou que “nunca no país se fez esta luta contra a corrupção de forma tão séria e que ninguém pode dizer que é uma questão de rotina.

“Não é verdade. Todos nós erramos. Os políticos, o Ministério Público e os Tribunais também, mas que sejam apenas erros que vamos corrigindo no dia-a-dia. Se for apenas isso, é estritamen­te natural, pois somos seres humanos.

O importante é que tenhamos noção das nossas fraquezas, debilidade­s e disposição de, humildemen­te, corrigir para melhor”, realçou João Lourenço.

Joel Leonardo substitui Rui Ferreira, que renunciou ao cargo por motivos pessoais.

João Lourenço pediu ao novo juiz presidente do Tribunal Supremo que cuide, também, do bom nome dos juízes e da Justiça, combatendo todos os comportame­ntos e atitudes que possam manchá-los

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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
 ?? MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? O Chefe de Estado considerou o processo que levou à designação do presidente do Supremo de “limpo” e “célere”
MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO O Chefe de Estado considerou o processo que levou à designação do presidente do Supremo de “limpo” e “célere”

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