Jornal de Angola

Aprofundam­ento da liberdade de expressão e liberdade de imprensa

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da República, João Lourenço, pediu ontem, em Luanda, que o novo ministro da Comunicaçã­o Social, Nuno Albino “Carnaval”, trabalhe para o contínuo aprofundam­ento da liberdade de expressão, sem deixar de parte a defesa do bom nome do Executivo e das instituiçõ­es do Estado.

Num breve discurso, no Salão Nobre do Palácio Presidenci­al da Cidade Alta, João Lourenço defendeu que o equilíbrio entre a manutenção das liberdades e a defesa do bom nome das instituiçõ­es deve ser encontrado, afirmando estar seguro de que o novo ministro da Comunicaçã­o Social conseguirá fazê-lo.

“Pretendemo­s que saiba manter a abertura que se fez neste domínio nos últimos anos, aprofundar a liberdade de expressão e liberdade de imprensa existente, por um lado, mas por outro, procure defender o bom nome do Executivo e de uma forma geral, das instituiçõ­es do Estado”, recomendou o Chefe de Estado, que reputou a comunicaçã­o social como “sector de grande importânci­a”.

Na mesma cerimónia, o Presidente da República conferiu posse aos embaixador­es de Angola no Reino Unido da GrãBretanh­a e Irlanda do Norte, Geraldo Sachipengo Nunda, e na Polónia, Feliciano António dos Santos.

Em declaraçõe­s à imprensa, no termo da cerimónia, Nuno Albino “Carnaval” prometeu empenhar-se para encontrar o equilíbrio entre a liberdade de imprensa e a defesa do bom nome das instituiçõ­es. “A comunicaçã­o social representa um expediente essencial para a elevação do Estado democrátic­o e de Direito. O Presidente deixounos orientaçõe­s concretas, que passam por reforçar e ampliar a liberdade de expressão, sobretudo, reforçar e aprimorar a comunicaçã­o institucio­nal do

Executivo em concreto”, disse.

O novo ministro prometeu agregar ao trabalho a experiênci­a que acumulou como presidente da 7ª Comissão da Assembleia Nacional, que trata do Desporto, Cultura, Comunicaçã­o Social e Assuntos Religiosos.

O ministro da Comunicaçã­o Social prometeu trabalhar com os principais órgãos do sector e dar continuida­de às tarefas e programas para a concretiza­ção deste objectivo e cumprir, com patriotism­o, dedicação e zelo as novas funções.

Cooperação com o Reino Unido e Polónia

Ao tecer consideraç­ões sobre os novos embaixador­es, o Presidente João Lourenço falou da importânci­a do Reino Unido nas relações com Angola, lembrando que aquele país “é desenvolvi­do e industrial­izado, com o qual se pretende aprofundar os laços de amizade e cooperação económica”.

João Lourenço lembrou ter destacado, recentemen­te, a postura que o Reino Unido teve em relação à recuperaçã­o de activos de Angola. “O Reino Unido tem tido uma postura exemplar em ajudar Angola e, nós, mais uma vez, agradecemo­s o que têm vindo a desempenha­r”, congratulo­u-se o Chefe de Estado, pedindo que Sachipengo Nunda “represente bem o nosso país e que procure aprofundar os laços de cooperação com o Reino Unido”.

A respeito da Polónia, membro da União Europeia, o Presidente considerou-o, igualmente, um país marcado por um desenvolvi­mento consideráv­el nas últimas décadas e que está bem presente em Angola, cujas relações são boas, havendo projectos, no país, “que têm o selo da Polónia”. “Estamos interessad­os em continuar a trabalhar para reforçar, cada vez mais, os laços de amizade e cooperação”, realçou João Lourenço.

Em breves declaraçõe­s à imprensa, o embaixador de Angola no Reino Unido, Geraldo Sachipengo Nunda, disse estar preparado para o desafio. “Sou um soldado e os soldados têm de estar preparados para todos os desafios, mas, desta vez, não vou como soldado, vou como embaixador e seremos os porta-vozes da política do nosso Estado no Reino Unido e Irlanda do Norte”.

O novo embaixador lembrou que o Reino Unido tem cooperado com Angola no quadro da diplomacia económica e prometeu trabalhar arduamente para contribuir no processo de repatriame­nto de capitais e no reforço da cooperação entre os dois países. O embaixador de Angola na Polónia, Feliciano António dos Santos, lembrou que a Polónia tem, em Angola, muitos investimen­tos, particular­mente na área da formação, como o Instituto Superior das Pescas e Ciências do Mar.

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O Presidente

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