Académicos debatem ensino da Ciência Política
“As práticas do ensino e modelo de curso de Ciência Política na SADC e além região” foi tema de uma conferência realizada, ontem, em Luanda, pela Associação Angolana de Ciência Política.
O presidente da referida Associação, Paulo Faria, disse que a conferência serviu para analisar os vários modelos curriculares de ensino da Ciência Política nos países da SADC e fora da região.
Paulo Faria defendeu a necessidade de se compreender o que os outros fazem no domínio da Ciência Política, numa altura em que esta área está em constante desenvolvimento.
Eurídice Monteiro, professora de Ciência Política em Cabo Verde, entende que se deve continuar a discutir os modelos de ensino da Ciência Política, que permitam a formação de profissionais competentes, que possam produzir resultados válidos para a sociedade.
Segundo a académica, na Universidade não deve haver interferências políticas, porque a Universidade é um espaço de produção de conhecimento. “Em Cabo Verde, o pluralismo é algo que saudamos. Não se pode ter democracia sem a liberdade política”, disse.
O professor sul-africano de Ciência Política Christopher Isike apelou aos estudantes da área a abandonarem a “ideia errada”, muito disseminada nas sociedades, de que “a política é suja”. Christopher Isike disse que ao longo da sua experiência académica concluiu que algumas pessoas que fazem política é que são sujas.
A académica queniana Leah Barasa apelou aos estudantes de Ciência Política a dominarem as línguas internacionais, para que se insiram na comunidade académica internacional.
A conferência, com o apoio da União Europeia, decorreu no Centro de Extensão da Universidade Católica de Angola, ao Largo das Escolas, com a participação de académicos angolanos, caboverdianos, quenianos, sul-africanos e nigerianos.