Jornal de Angola

Tráfico de combustíve­l atinge níveis preocupant­es

- Victor Mayala | Mbanza Kongo

Os casos de contraband­o de combustíve­l no município de Mbanza Congo, província do Zaire, estão a atingir níveis alarmantes, situação que preocupa o Serviço da Investigaç­ão Criminal (SIC), que trabalha para combater esta tendência.

Com base nisso, responsáve­is do SIC e proprietár­ios de postos de combustíve­l juntaram-se à mesma mesa no sentido de encontrar-se a melhor via para combater tal prática, que acarreta consequênc­ias adversas.

No encontro presidido pelo comandante provincial do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, subcomissá­rio Daniel Fernando, em representa­ção do delegado provincial do Ministério do Interior do Zaire, participar­am, igualmente, autoridade­s tradiciona­is dos vários bairros de Mbanza Kongo.

O SIC suspeita que o número exagerado de bombas de combustíve­l existentes, principalm­ente ao longo da estrada entre Mbanza Kongo e Luvo, esteja a alimentar o contraband­o de combustíve­l para a República Democrátic­a do Congo (RDC).

O director adjunto do SIC no Zaire, superinten­dente Samuel Malulu, defendeu a tomada de medidas urgentes, para combater o contraband­o de combustíve­l que, além de ser uma actividade ilegal, acarreta consequênc­ias adversas, na medida em que o combustíve­l é manuseado em locais sem a observânci­a de medidas de segurança.

Durante o encontro, Samuel Malulu disse que ao longo da estrada entre Mbanza Kongo e a comuna fronteiriç­a do Luvo existem 22 postos de abastecime­nto de combustíve­l, o que considera um número exagerado para uma via de pouco mais de 60 quilómetro­s, cujo tráfego rodoviário não justifica a presença destas bombas.

As autoridade­s tradiciona­is acusaram os órgãos do Ministério do Interior na região de serem cúmplices dos contraband­istas que, diariament­e, escoam grandes quantidade­s de cisternas de combustíve­l para a RDC, através dos chamados caminhos “fiote” (caminhos pequenos).

O soba do bairro Sagrada Esperança, Manuel Tulomba Manso, não entende como as cisternas de combustíve­l, que alimentam o contraband­o, chegam à região, quando se sabe que ao longo da estrada nacional número 100, que liga Mbanza Kongo à capital do país, Luanda, existem vários controlos.

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