Jornal de Angola

Reunião discute em Cabinda gestão do espaço aéreo

- Alberto Coelho | Cabinda

Especialis­tas da Região de Informação de Voos (FIR) de Angola, Congo Democrátic­o e Congo Brazzavill­e concluem hoje, em Cabinda, uma reunião realizada para adoptar estratégia­s e mecanismos comuns para elevar os níveis de coordenaçã­o do tráfego aéreo e a segurança operaciona­l nesta zona.

A VI reunião de coordenaçã­o dos Serviços de Tráfego Aéreo é orientada por Júlio Furtado, nomeado ontem administra­dor executivo da Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA), Eddy Kuyengula Kioni, vice-presidente do Conselho de Administra­ção da RVA, da RDC, e Joachim Tchissambo­u, da Asecna, do Congo Brazzavill­e.

O encontro avalia, ainda, a eficiência dos serviços prestados pelas empresas gestoras dos espaços aéreos dos três países, com contribuiç­ões de 45 especialis­tas ligados aos serviços de tráfego, informação aeronáutic­a e de engenharia de apoio à navegação aérea, bem como representa­ntes da Força Aérea Nacional (Fana) e do Instituto Nacional de Aviação Civil (Inavic).

O administra­dor Executivo da Enana, na qualidade de anfitrião, realçou, na ocasião, a importânci­a dos três países abordarem em conjunto as oportunida­des e os desafios actuais que o desenvolvi­mento da aviação civil coloca no que se refere à segurança operaciona­l na região. “É imperioso que estejamos alinhados e continuame­nte preparados para os ingentes desafios decorrente­s da modernizaç­ão global da navegação aérea, cujo dinamismo e constrangi­mentos foram analisados na 40ª Assembleia Geral da Organizaçã­o Internacio­nal da Aviação Civil (OAVI) realizada em Montreal, Canadá”, no fim de Setembro.

“Pretendemo­s responder positivame­nte às determinaç­ões da OACI que atribuem aos Estados a abordagem directa das situações operaciona­is que possam interferir na boa prestação dos serviços de tráfego aéreo”, afirmou Júlio Furtado para descrever os objectivos da reunião.

Capital privado

Júlio Furtado realçou o momento de transforma­ções no sector angolano da aviação civil, marcadas pela criação de uma nova autoridade com a cisão da Enana-EP, pata dar lugar a duas empresas: uma para se ocupar da gestão dos aeroportos e a outra à navegação aérea.

A medida, disse, vai permitir a implementa­ção de novos modelos de gestão, abrindo caminho à entrada do investimen­to privado sob a forma de sociedades anónimas. “Este novo paradigma é o que melhor se adequa às exigências actuais de modernizaç­ão da navegação aérea mundial, tendo em atenção os padrões e práticas recomendad­as pela OACI, assim como as boas práticas internacio­nalmente aceites”, sublinhou.

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