Reunião discute em Cabinda gestão do espaço aéreo
Especialistas da Região de Informação de Voos (FIR) de Angola, Congo Democrático e Congo Brazzaville concluem hoje, em Cabinda, uma reunião realizada para adoptar estratégias e mecanismos comuns para elevar os níveis de coordenação do tráfego aéreo e a segurança operacional nesta zona.
A VI reunião de coordenação dos Serviços de Tráfego Aéreo é orientada por Júlio Furtado, nomeado ontem administrador executivo da Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA), Eddy Kuyengula Kioni, vice-presidente do Conselho de Administração da RVA, da RDC, e Joachim Tchissambou, da Asecna, do Congo Brazzaville.
O encontro avalia, ainda, a eficiência dos serviços prestados pelas empresas gestoras dos espaços aéreos dos três países, com contribuições de 45 especialistas ligados aos serviços de tráfego, informação aeronáutica e de engenharia de apoio à navegação aérea, bem como representantes da Força Aérea Nacional (Fana) e do Instituto Nacional de Aviação Civil (Inavic).
O administrador Executivo da Enana, na qualidade de anfitrião, realçou, na ocasião, a importância dos três países abordarem em conjunto as oportunidades e os desafios actuais que o desenvolvimento da aviação civil coloca no que se refere à segurança operacional na região. “É imperioso que estejamos alinhados e continuamente preparados para os ingentes desafios decorrentes da modernização global da navegação aérea, cujo dinamismo e constrangimentos foram analisados na 40ª Assembleia Geral da Organização Internacional da Aviação Civil (OAVI) realizada em Montreal, Canadá”, no fim de Setembro.
“Pretendemos responder positivamente às determinações da OACI que atribuem aos Estados a abordagem directa das situações operacionais que possam interferir na boa prestação dos serviços de tráfego aéreo”, afirmou Júlio Furtado para descrever os objectivos da reunião.
Capital privado
Júlio Furtado realçou o momento de transformações no sector angolano da aviação civil, marcadas pela criação de uma nova autoridade com a cisão da Enana-EP, pata dar lugar a duas empresas: uma para se ocupar da gestão dos aeroportos e a outra à navegação aérea.
A medida, disse, vai permitir a implementação de novos modelos de gestão, abrindo caminho à entrada do investimento privado sob a forma de sociedades anónimas. “Este novo paradigma é o que melhor se adequa às exigências actuais de modernização da navegação aérea mundial, tendo em atenção os padrões e práticas recomendadas pela OACI, assim como as boas práticas internacionalmente aceites”, sublinhou.