Abastecimento de água
O abastecimento
de água à população melhorou nos últimos dias em muitas localidades da comuna do Chiedi, com a reabilitação de vários furos inoperantes e o reforço da distribuição do precioso líquido através de tractores equipados com tanques de plástico.
Ao longo da via que liga a sede de Namacunde ao Chiedi, é possível observar o jorrar da água dos furos na aldeia de Omutaku, na povoação de Okawe e na sede comunal. Os tanques de plástico, com capacidade para cinco mil litros, estão distribuídos em alguns pontos da via.
O administrador da comuna disse terem sido já reabilitados seis dos onze furos nas localidades de Okadweia, Chiedi sede, Okawe, Oshana Ombala, Omulemba e Ôngwe. José Graciano Hikelwa disse que a comuna recebeu dois tractores de tracção, com os respectivos atrelados, que facilitam o transporte de água para o interior do Chiedi, caracterizado por solos arenosos. O administrador destacou também a disponibilidade de cerca de 30 tanques de cinco e dez mil litros, instalados nas comunidades onde não existem furos de água.
Vias de acesso
A falta de vias de acesso ao interior da comuna atrasam o desenvolvimento do Chiedi. Chegar à sede comunal é difícil. A viagem entre as duas localidades, separadas por 24 quilómetros, dura cerca de uma hora, num percurso que, em condições normais, seria feito em 15 ou 20 minutos. O quadro agrava-se no período das chuvas.
A circulação rodoviária é feita apenas com carros com tracção a quatro rodas e, ainda assim, não é qualquer veículo 4x4 que se atreve a enfrentar o desafio. Devido a essa situação, disse o administrador, muitas localidades, como Okadweia, Ôngwe, Omulemba, Oshana Shanadile e Omulunga Washikongo, na fronteira com a Namíbia, estão isoladas, o que faz com que muitos habitantes procurem quase todos os serviços no país vizinho.
Muitas empresas que ganham obras de construção ou reabilitação de infra-estruturas sociais naquelas localidades acabam por as abandonar, devido às vias intransitáveis.
Muitas famílias, quando morre um ente querido no hospital municipal, vêem-se obrigadas a realizar funerais em Namacunde, devido às dificuldades de regressarem às zonas de origem.