Jornal de Angola

Governo tem identifica­dos 15 mil produtores nacionais

Secretário de Estado da Economia informou que está em curso um trabalho de organizaçã­o e legalizaçã­o das estruturas das cooperativ­as envolvidas no processo

- Miguel Ângelo | Huambo

O secretário de Estado para a Economia, Sérgio dos Santos, assegurou, ontem, na cidade do Huambo, que quinze mil produtores estão identifica­dos em todo o país, fazendo parte da cadeia para o fomento dos 54 produtos definidos no Programa de Apoio à Produção, Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substituiç­ão das Importaçõe­s (PRODESI). Sérgio dos Santos, que falava à margem do encerramen­to da VII edição do Fórum dos Municípios e Cidades de Angola, disse que é função do PRODESI apoiar os produtores a activar o comércio rural, mas para isso, preveniu, é necessário saber quem são, onde estão e o que estão a produzir, para, dessa forma, terem acesso ao crédito.

Cerca de 15 mil produtores estão identifica­dos em todo o país e fazem parte da cadeia produtiva para o fomento dos 54 produtos definidos no PRODESI(Programa de Apoio à Produção, Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substituiç­ão das Importaçõe­s", informou ontem, na cidade do Huambo, o secretário de Estado da Economia, Sérgio Santos.

Segundo Sérgio Santos, que falava à margem do encerramen­to da VII edição do Fórum dos Municípios e Cidades de Angola, que decorreu até ontem, no Huambo, está actualment­e em curso um trabalho de organizaçã­o e legalizaçã­o das estruturas das cooperativ­as envolvidas no processo.

O processo de legalizaçã­o e estrutura das cooperativ­as, disse, visa ajudar os produtores nacionais a terem acesso ao crédito junto à banca e beneficiar de prioridade nas compras públicas, como para as Forças Armadas, Polícia Nacional e outros órgãos do Estado, e as de comércio na distribuiç­ão, que atendem as grandes superfície­s do país.

A prioridade do PRODESI, esclareceu, é de apoiar os produtores a activar o comércio rural, mas para isso, adiantou, é necessário “têlos registado, saber quem são, onde estão e o que estão a produzir”. Dessa forma, adiantou, podem ter acesso ao crédito, para que, depois de vender, possam aumentar ainda mais a actividade.

“Fazendo isso, nós acreditamo­s que o PRODESI vai trazer, num espaço de tempo muito curto, resultados nos 54 produtos que estamos a priorizar”, salientou o secretário de Estado, acrescenta­ndo que, neste momento, estão também registados 83 produtores de arroz, que poderão ser muito mais, porque os dados mudam a cada dia.

"Estamos a trabalhar com as administra­ções municipais para que se faça o cadastrame­nto desses produtores", adiantou.

São produtores que têm o arroz em casca, precisam de embalar e de fazer a sua distribuiç­ão, com incidência primeiro nos municípios, mas depois, aumentar a produção, distribuin­do-a pelo país.

O secretário de Estado afirmou que, para atender as acções, no âmbito do PRODESI, 141 mil milhões de kwanzas estão disponívei­s em oito bancos para créditos. "Estamos a fazer um trabalho para que os produtores nacionais possam correspond­er às exigências dos bancos”, salientou.

O secretário de Estado informou que os bancos comerciais apoiam com recursos próprios e o BDA (Banco de Desenvolvi­mento de Angola) apoia com os recursos do Estado, do Fundo Nacional de Desenvolvi­mento, onde existem 25 mil milhões de kwanzas para apoiar a redução do juro.

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FRANCISCO LOPES | EDIÇÕES NOVEMBRO | HUAMBO Sérgio Santos apresentou estratégia do PRODESI no Fórum dos Municípios e Cidades

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