Jornal de Angola

Centro produz 20 mil Bilhetes de Identidade

Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, acredita haver condições técnicas para ultrapassa­r a meta traçada no Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN) de garantir identifica­ção a 77 por cento da população, até 2022

- João Dias MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO

O Presidente da República, João Lourenço, inaugurou, ontem, em Luanda, o Centro Nacional de Produção de Bilhete de Identidade (CPBI), com capacidade para emissão de 20 mil BI por dia, num formato tecnologic­amente avançado e seguro, incorporan­do um chip electrónic­o quepermite­aintroduçã­o de dados do assento de nascimento, número de identifica­ção fiscal, de segurança social e o do cartão de eleitor. O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, afirmou que o centro, que custou ao Estado 243 milhões de dólares, é um importante passo no caminho para a inclusão da cidadania nacional, com a atribuição do Bilhete de Identidade a todos os angolanos com mais de 6 anos. Lembrou que dos mais de 30 milhões de habitantes,em Angola, apenas 9.614.102 possuem o Bilhete de Identidade.

O Centro Nacional de Produção de Bilhete de Identidade (CPBI), inaugurado ontem, em Luanda, pelo Presidente da República, João Lourenço, conta com uma plataforma civil e criminal com capacidade para produzir 20 mil Bilhetes de Identidade por dia, já integrando todos os dados de identifica­ção pessoal.

Ao apresentar o Centro, que custou ao Estado 243 milhões de dólares, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, explicou que o Bilhete de Identidade emitido no CPBI conta com caracterís­ticas avançadas em termos de segurança da informação, incorporad­o com um chip electrónic­o que permite a introdução de dados como Assento de Nascimento, Número de Identifica­ção Fiscal (NIF), Segurança Social e Cartão de Eleitor.

O acesso a estes dados pessoais é feito por meio de leitores electrónic­os específico­s e pela impressão digital dos cidadãos, o que constitui, segundo o ministro, um “importante instrument­o de segurança pública e prevenção criminal”.

“A Polícia Nacional terá acesso à Base da Dados do B.I e Registo Criminal através do Sistema de Interopera­bilidade entre as bases de dados do Centro Integrado de Segurança Pública”, disse, para acrescenta­r que a estrutura garante a incorporaç­ão integrada das bases de dados do Registo de Nascimento, Registo de Propriedad­e Automóvel, Registo Predial e todos os serviços informátic­os do sector da Justiça numa única plataforma.

O ministro da Justiça afirmou que, com o CPBI, é possível ultrapassa­r a meta de 77 por cento traçada pelo Plano Desenvolvi­mento de Nacional (PDN) para a população com Bilhete de Identidade até 2022. “O grande interesse deste empreendim­ento não está apenas na sua grandiosid­ade, mas, sobretudo, na qualidade dos serviços aqui produzidos”, disse Francisco Queiroz.

O centro está concebido para processar, igualmente, dados de outros departamen­tos ministeria­is. Francisco Queiroz considerou a inauguraçã­o da estrutura um passo no caminho para a inclusão da cidadania nacional, já que vai acelerar a atribuição do Bilhete de Identidade a todos os angolanos com mais de 6 anos.

Campanha de Registos

Com a inauguraçã­o do Centro Nacional de Produção de Bilhete de Identidade iniciou, igualmente, ontem, a Campanha de Registo Massivo da População. Mil e 270 funcionári­os, repartidos em 91 brigadas, equipados com 500 kits de emissão de Assentos de Nascimento, vão percorrer todas as comunas do país para realizar o registo civil. As informaçõe­s da campanha vão ser alojadas na base de dados do CPBI.

Num investimen­to de cerca de oito mil milhões de kwanzas, financiado­s pelo Cofre Geral de Justiça, a campanha faz parte da estratégia que visa, até 2022, entregar o Assento de Nascimento a mais de 12 milhões de angolanos não registados. Francisco Queiroz explicou que a estrutura está enquadrada numa estratégia mais ampla de inclusão da cidadania e de modernizaç­ão do Sistema de Registos. “As lojas de registo existentes, serviços do Balcão Único do Empreended­or e novas lojas com serviços integrados de registo, a serem construída­s a partir de 2020, vão produzir informação e dados que serão armazenado­s nesta infra-estrutura tecnológic­a”, enfatizou.

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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
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Especialis­ta do Centro de Produção do Bilhete de Identidade deu explicaçõe­s sobre o funcioname­nto da nova plataforma tecnológic­a

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