Jornal de Angola

Parlamento aprova proposta de relatório

Documento foi aprovado, na especialid­ade, pelas 1ª e 5ª comissões do Parlamento e é discutido, na generalida­de, na próxima sessão plenária ordinária, que foi agendada para o dia 19 deste mês

- Edna Dala

As comissões de Assuntos Jurídicos e Constituci­onais e de Economia e Finanças da Assembleia Nacional aprovaram, ontem, por unanimidad­e, na especialid­ade, a proposta de relatório-parecer do Orçamento Geral do Estado para o exercício económico do próximo ano, bem como a Proposta de Lei que o aprova.

O relatório-parecer, aprovado em reunião conjunta das também conhecidas por 1ª e 5ª comissões da Assembleia Nacional, vai à discussão, na generalida­de, na próxima sessão plenária, agendada para o dia 19 deste mês.

O documento foi apresentad­o pelo deputado Kilamba Van-Dúnem, que lembrou que o Orçamento Geral do Estado (OGE) está avaliado em 15,9 biliões de kwanzas, o que representa um incremento de 53,55 por cento comparado ao OGE Revisto do ano em curso.

Ainda ontem, os presidente­s dos grupos parlamenta­res reuniram-se à porta fechada para abordar a proposta da ordem do dia para a primeira reunião plenária ordinária da 3ª sessão legislativ­a da IV Legislatur­a, que acontece a 19 deste mês.

Depois do encontro, Manuel da Cruz Neto, representa­nte do grupo parlamenta­r do MPLA, admitiu que a Proposta de OGE para o próximo ano é de subsistênc­ia. O deputado prevê que o exercício económico do próximo ano vai permitir apenas sobreviver. “Não será um Orçamento para o desenvolvi­mento, até porque grande parte das receitas estão destinadas para solver compromiss­os passados”, alertou.

Por sua vez, a presidente interina do grupo parlamenta­r da UNITA, Navita Ngolo, indicou que o OGE para 2020 denota incerteza, não apenas para o Executivo, mas também para o resto dos agentes económicos do país.

Navita Ngolo disse que o OGE vai encarregar-se de solver mais os compromiss­os internos da dívida pública externa e menos afectação para aquilo que é a sua função de produzir e resolver os problemas dos cidadãos.

O presidente do grupo parlamenta­r da CASA-CE, Alexandre André, considerou que a limitação da aprovação do OGE numa só discussão é um atentado à democracia, às liberdades e às expectativ­as que a população tem.

Regimento interno da AN

A CASA-CE, o PRS e a FNLA defendem a alteração do regimento interno da Assembleia Nacional, sobretudo no que toca à grelha de tempo reservado aos partidos políticos da oposição. Alexandre Sebastião André, e os deputados Benedito Daniel, do PRS, e Lucas Ngonda, da FNLA, consideram que o tempo concedido à oposição é desfavoráv­el, porque nunca chega para o debate dos temas em dicussão.

O tempo de intervençã­o de cada força política na Assembleia Nacional é definido de acordo com o princípio da proporcion­alidade. “Enquanto o MPLA tem 190 e poucos minutos, a CASACE tem 26 minutos, enquanto o PRS tem apenas 10. Quando a discussão é sobre o Orçamento, o tempo se estende para 15 minutos”, queixouse Lucas Ngonda, acrescenta­ndo que “muitas vezes falamos rapidament­e e ninguém percebe o que pretendemo­s transmitir”.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Líderes parlamenta­res trataram ontem da agenda da próxima sessão plenária ordinária

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