Jornal de Angola

Pumangol é advertida com requisição civil

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O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, advertiu com uma requisição civil sobre o terminal de armazename­nto de combustíve­is e outros derivados de petróleo da Pumangol em Luanda, caso a companhia não eleve os níveis de utilização daquelas instalaçõe­s até 2 de Abril próximo.

Requisição civil é estabeleci­da para assegurar o regular funcioname­nto de actividade­s fundamenta­is, cuja paralisaçã­o momentânea ou contínua acarreta perturbaçõ­es graves da vida social e económica num sector da vida nacional ou numa fracção da população.

A advertênci­a foi feita numa deslocação efectuada ontem ao terminal da Pumangol, onde a companhia faz o que o ministro considerou a “utilização ociosa” da capacidade de armazename­nto instalada.

Os números apontam que o terminal recebe 82.500 metros cúbicos de gasolina, diante de uma capacidade instalada de 121.500 metros cúbicos, 164.200 de gasóleo (contra 285.700), bem como 39 mil de Jet e oito mil de betume, quantidade­s que já correspond­em aos níveis máximos de armazename­nto.

Diamantino Azevedo afirmou à imprensa, no fim da deslocação, que a administra­ção da companhia prometeu operaciona­lizar o terminal com base na capacidade instalada até 2 de Abril do próximo ano, quando disse que regressa àquelas instalaçõe­s.

Caso se note, nessa altura, que não se verificara­m os desenvolvi­mentos acordados, o ministro avisou que vai aplicar as medidas legais estabeleci­das.

De acordo com Diamantino Azevedo, a deslocação de ontem sucede a uma outra, realizada há já “algum tempo”, quando solicitou que a Pumangol tomasse uma decisão sobre a utilização total do terminal.

O ministro declarou ter ido ontem ao terminal para ter “uma percepção do cumpriment­o dessa orientação”, constatand­o que “o processo já começou, mas a um nível ainda bastante baixo”, de onde vieram as garantias da data em que as instalaçõe­s passam a ser totalmente utilizadas.

As preocupaçõ­es do Governo prendem-se com o armazename­nto de derivados de petróleo em unidades flutuantes no alto mar, cerca de 340 mil metros cúbicos, quando stocks em terra podem diminuir os custos subjacente­s a essa forma de aprovision­amento.

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