Inspector assassinado num táxi na via é sepultado hoje
O inspector da Polícia Nacional Zeferino Barroso António, morto, terça-feira, à noite durante um assalto no interior de uma viatura roubada, que fazia serviço de táxi, na Via Expresso, no sentido Benfica-Cacuaco, em Luanda, é sepultado, hoje, no cemitério da Sant’Ana, onde vai ser lida uma ordem de promoção, a título póstumo, ao grau de inspector-chefe.
No funeral de Zeferino Barroso António, que deixa 11 filhos, vão estar presentes altas patentes da Polícia Nacional, entre as quais o comandante provincial de Luanda, comissário-chefe Eduardo Fernando Cerqueira, afirmou, ontem, ao Jornal de Angola, o novo porta-voz da corporação em Luanda, intendente Hermenegildo de Brito.
“Está tudo preparado para um funeral condigno”, garantiu Hermenegildo de Brito, que disse estar o corpo de Zeferino Barroso António, de 39 anos, a ser velado na Casa de Velório da Polícia Nacional, situada junto à Tourada, na Calemba, de onde parte o cortejo fúnebre, às 8h45, para o cemitério da Sant’Ana.
O inspector Zeferino Barroso António estava no interior da viatura assaltada e foi morto, quando tentava impedir a realização do crime por um grupo de seis indivíduos, depois de um deles ter disparado à queima-roupa contra um passageiro, que teve morte imediata.
O pânico ficou instalado entre os passageiros, altura em que o oficial da Polícia
Nacional disparou mortalmente contra o meliante que conduzia a viatura, e, em resposta, um outro elemento do grupo alvejou-o mortalmente.
No dia seguinte, foi encontrado um cadáver, junto ao condomínio Boavida, tendo a Polícia Nacional confirmado tratar-se de um indivíduo que fazia parte do grupo e abandonado pelos comparsas na fuga, depois de ter perdido a vida, na sequência dos disparos feitos pelo malogrado inspector para salvar a vida dos passageiros da viatura assaltada.
Sobre a reacção que o inspector Zeferino Barroso António teve durante o assalto, o porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional disse que, “apesar de não ter estado propriamente em serviço, consideramos como se estivesse, pois perdeu a vida a salvar outras vidas”.
Hermenegildo de Brito salientou que o polícia, onde quer que esteja, “deve desempenhar a acção sempre que verificar a alteração da ordem e da tranquilidade públicas”.